Estão confundindo as coisas. Quando o presidente Lula advertiu que era preciso olhar o currículo de quem se estava acusando, Sarney, Ranan Calheiros, Collor de Mello, Paulo Maluf e até Fernandinho Beira-Mar ficaram ouriçados com a perspectiva de alguma privilégio. Esqueceram que Lula não tem rigor vernacular e falou currículo quando queria dizer vida pregressa, mais adequado para o caso a que se referia: as falcatruas de Sarney no Senado & outros. A gafe de Lula foi a deixa para reações como a de Collor de Mello na reabertura do Senado contra o senador Pedro Simon. Com o rosto crispado (ou encrespado) Collor mandou Simon engulir (ou seria socar, que significa guardar algo espremendo em espaço exíguo) quando tivesse que citar seu nome. Por momentos breves voltou aquele mesmo homem irado que renunciou ao Planalto por corrupção (ou melhor, por amadorismo) embora não impedindo o impeachment. Quem viu a matéria nos jornais televisivos e nos jornais ficou assustado. O psiquiatra da novela Caminho das Índias explicaria aquela reação.
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