sábado, 30 de junho de 2012

O ROLO COMPRESSOR DAS OLIGARQUIAS E A EQUIDADE


Formalmente, as eleições ainda nem começaram. Somente a partir de 6 de julho próximo pode-se dizer iniciado o pleito que vai escolher os novos prefeitos das cidades brasileiras. Mas já está todo mundo arranjado. Todos os políticos escolheram seu lado. Alguns, atendendo a apelos do dinheiro, de forma direta ou indireta, como aconteceu com o DEM de Maracanaú (é só um exemplo) mudaram de lado na última hora. Outros, foram traídos e perderam (foi tomado) o partido ao apagar das luzes das convenções, como também aconteceu em Maracanaú, que terá uma eleição marcada pelo jogo pesado, como Fortaleza, que viverá um pleito diferente, com 10 candidatos, sete deles competitivos, mas que será marcada pelo uso abusivo dos meio$, principalmente pelos candidaturas bancadas pelos poder instituído, ao arrepio da cega justiça eleitoral.
Não só os partidos, os políticos, escolheram seus lados. As aparelhadas instituições e entidades de classe também, por mais que finjam indiferença. Até a maioria dos veículos de comunicação não conseguem disfarçar suas predileções bem pagas. Basta ver as charges, matérias e notas de colunas, adocicadas com uns candidatos, caústicas e até discriminatórias com outros. De qualquer forma,o time já está em campo e com as regras, boas ou más, definidas. Nenhuma  eleição é igual a outra. Pode até carregar semelhanças diversas, mas nunca será igual, nem nos procedimentos e tampouco no resultado. A prepotência das oligarquias, seja qual for o matiz, sempre uma abjeta oligarquia, mostra as armas em grupo (o rolo compressor)  em tom de ameaça, o que, por si só, ao olhar de equidade da lei, já representaria crime. São três meses de luta, quase sempre desigual, mas que, ao final, poderá mudar o mapa da prosperidade no Ceará e mesmo no Brasil.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

OS PAUS DE GALINHEIRO DA POLÍTICA


A eleição deste ano acena com situações inusitadas, que aparecem empurradas pela lei (Ficha Limpa) e pelo julgamento do "mensalão". A primeira  consequência já influi no perfil dos candidatos que estão sendo lançados: VERIFICA-SE UMA RENOVAÇÃO ÍMPAR. É que os nomes tradicionais estão com a ficha suja ou na iminência de entrar. Por via das dúvidas, e para não ter de passar a campanha inteira se justificando, é melhor lançar alguém novo, de ficha limpa. Quem teimar, vai pagar o preço com  uma derrota.

Outra condicionante que surgiu e que preocupa as velhas raposas, mais sujas do que pau de galinheiro, é o JULGAMENTO DO MENSALÃO. Integrantes do PT, principalmente, mas, em verdade de todos os partidos (uns mais, outros menos) estão com as barbas de molho porque o tema será predominante na campanha, claro, onde puder ser abordado, pois em casa de enforcado não se fala em corda. E preste atenção que o julgamento começa no dia 02 de agosto, pouco antes do horário gratuito da TV e do rádio. Haja munição. Nega Lula!

Aqui na Fortaleza, desposada do sol, quem é da turma do MENSALÃO ou FICHA SUJA? Se puxar no ligação direta ou na consanguinidade, sobra pouco. O Ficha Suja tem uma relação de mais de 4 mil nomes e o  processo do MENSALÃO possui 38 réus (veja abaixo a relação dos que serão julgados pelo STF), sem esquecer que estão em outros processos o pessoal da cueca, os sanguessugas, Pessoal do envolvido no mensalão de Brasília (José Roberto Arruda), o pessoal do Cachoeira e do senador Demóstenes, o pessoal do DNIT, o pessoal da m..., digo, dos kits sanitários, dos consignados e o pessoal do golpe dos R$ 300 milhões do ministério da Integração (Moraisinho & Cia.).

Eis os nomes dos "mensaleiros" que serão julgados:

Anderson Adauto (ex-ministro dos Transportes), Anita Leocádia (ex-assessora parlamentar), Antônio Lamas (ex-tesoureiro do PL), Ayanna Tenório (ex-vice presidente do Banco Rural), Bispo Rodrigues (ex-deputado do PL), Breno Fischberg (sócio do Bônus Banval), Carlos Alberto Quaglia (dono da Natimar), Cristiano Paz (sócio de Marcos Valério), Delúbio Soares , Duda Mendonça (marqueteiro do PT e da prefeita Luizianne Lins), Emerson Palmieri (ex-secretário do PTB), Enivaldo Quadrado (sócio da Bônus Banval), Geiza Dias (ex-gerente da SMP&B), Henrique Pizzolato (ex-diretor do BB), Jacinto Lamas (ex-tesoureiro do PL), João Cláudio Genu (ex-assessor político), João Magno (ex-deputado do PT), João Paulo Cunha (ex-deputado do PT), José Borba (ex-deputado do PMDB), José Dirceu, José Genuíno, José Luiz Alves (ex-assessor político), José Roberto Salgado (ex-diretor do Banco Rural), Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural), Luiz Gushiken (secretário de comunicação), Marcos Valério (publicitário), Paulo Rocha (ex-deputado do PT), Pedro Corrêa (ex-deputado do PP), Pedro Henry (ex-deputado do PP), Professor Luizinho (ex-deputado do PT), Ramon Hollerbach (sócio de Marcos Valério), Roberto Jefferson (presidente do PTB), Rogério Tolentino (sócio de Marcos Valério), Romeu Queiroz (ex-deputado do PTB), Simone Vasconcelos (publicitária), Valdemar Costa Neto (deputado do PR), Vinícius Samarane (ex-diretor do Banco Rural), Zilmar Fernandes (sócia de Duda Mendonça).

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A DITADURA DA DEMOCRACIA DOS DONOS DO PODER


Quem tem força, manda. E quem tem juízo, obedece. O clã Gomes dá demonstração de que manda mesmo e quem for contra as determinações que se quebre, ou que se dane. Veja os exemplos: O "trio sub", com Roberto Cláudio, Ferrúcio Feitosa e Salmito Filho, estava juntinho e de mãos dadas na reunião que definiu Cláudio (filho do ex-reitor da UFC, inelegível por improbidade) como o candidato. Salmito e Ferrúcio não deram um pio. Para surpresa de todos, o clã e o aliado do PMDB, senador Eunício Oliveira, chegaram de chapa fechada: Roberto Cláudio e Gaudêncio Lucena (prazer!) O segundo exemplo está acontecendo com o senador Inácio Arruda, que se apresentou como candidato do seu partido, o PCdoB-CE. O comunista chegou a acertar o apoio do PP, do deputado federal Padre Zé Linhares. Mas, só valia o acerto se houvesse a aliança PSB-PT. Como veio o rompimento, o padre do PP largou o senador ateu e voltou a rezar na cartilha do clã Gomes. Inácio ficou só, com pequena estrutura e pouco tempo de TV. Generoso, o clã abre a porta e convida Inácio e se chegar para apoiar o candidato lustroso, Roberto Cláudio. Fora disso, é o ostracismo e a solidão. O terceiro exemplo do poder de mando acontece na eleição de Maracanaú. Inimigo de Roberto Pessoa (PR), o clã Gomes obrigou o subserviente deputado federal Edson Silva (PSB) a ser vice do ex-prefeito Júlio César (PSD), até um dia desse impedido de disputar por improbidade (ficha suja). O clã Gomes quer, a qualquer custo, derrotar Roberto Pessoa, que perde tempo em segurar o seu misterioso candidato, e tomara que também não seja um ficha suja. Enquanto não abre mão de jogar pesado na eleição de Fortaleza e Maracanaú, o clã está sob ameaça na terra natal. Veveu (PT) está precisando melhorar muito para não perder, em Sobral, para Marcos Prado. Será por que Veveu é do PT?

terça-feira, 26 de junho de 2012

PR NEGOCIOU O QUE TEM

 

Para aqueles políticos que se acostumaram a vicejar na sombra, ficar muito tempo abandonado pelo poder é uma tortura. Lúcio Alcântara (PR-CE) sempre progrediu ou fez sua carreira sobreviver assim. Por isso nada mais lógico do que o acordo para apoiar o candidato do PT, definido em reunião rápida e objetiva com a prefeita Luizianne Lins e o candidato Elmano de Freitas. Toma lá, dá cá 1 minuto e 56 segundos de TV, pois é  só o que o PR pode entregar. A questão do vice nem entrou em pauta de negociação. Foi barato, pelo risco de derrota.

PSDB, O REINO DA CONSPIRAÇÃO

E por falar  em vice, o PSDB deve ir mesmo de Fernando Hugo, que, pelo menos, tem o verbo, que é difícil e faz parecer beiradeiro o candidato Marcos Cals. O tucano, que foi secretário de Cid Gomes (secretário de Justiça) e candidato a governador na eleição passada), vai para uma eleição de alto risco, pois, se não decolar, e dificilmente o fará, será "cristianizado". Um resultado pífio complicará até seu objetivo de manter forte o nome para uma vaga de deputado estadual.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

É HORA DE TROCAR ATÉ A CUECA


E como só na física forças de iguais sinais se repelem, pois em política se atraem, como no caso do BNB, do IPU, do TCE, da Secretaria das Cidades, dos kits sanitários (banheiros da zona rural), que acabaram mostrando estreita conexão. O certo, aliás, o errado é que comeram o dinheiro para construir banheiros no zona rural de diversos municípios, senão em todos, deixando o pessoal do interior no uso da folha-gorda. Muita maldade! O caso dos kits sanitários, não nesta atual extensão, vem rolando há alguns meses. Até agora, só a família Teodorico andou perdendo alguma coisa. Claro que a investigação continuava, como estamos percebendo.

É necessário que o Governo do Ceará tome uma providência concreta. Está provado que a Secretaria das Cidades está bem envolvida. Jurandir Santiago era o subsecretário, quando foi para o BNB, e o ex-coordenador de Habitação da Secretaria das Cidades, Sérgio Barbosa, já está preso. O Governo Dilma também não pode deixar que o ventilador espalhe toda a sujeira pelos lados do BNB. Vale uma limpada geral, trocando, inclusive, a cueca.

A ARROGÂNCIA DOS LARÁPIOS


Quem tivesse a oportunidade de observar a importância que ostentava o prefeito do Ipu, Sávio Pontes (PMDB), nos eventos públicos e mesmo privados, respondendo a quase tudo com gracejos, agora entende a razão. É um procedimento padrão dos larápios quando o dinheiro fácil entra de roldão nos bolsos das calças sempre novas. Acreditam,como o ex-presidente Lula, que nega o "mensalão", que nunca cairão "nas malhas grossas da lei". Mas, vez por outra, acontece. O "mensalão será julgado em agosto, mesmo não tendo existido, como diz Lula, e agora a Justiça aceitou a denúncia contra os "aloprados". Lembra do caso? Foi na campanha de recandidatura de Lula, quando foi preso um grupo de petistas que estava com meio milhão de dólares em um hotel, em São Paulo, para comprar um dossiê contra o enfadonho José Serra (PSDB). Pois é, Sávio também caiu. Está foragido, mas vai se apresentar TJ-CE, de onde deverá ser encaminhado para prisão.

Com a aliança com o PT de São Paulo, apoiando Fernando Haddad, com aval de Lula da Silva, Maluf (e seu PPP) pode cunhar algumas frases famosas na política, agora, mais do que nunca, em moda. "Estupra, mas não mata". "Em campanha, o feio é perder". "Em política, o feio é ser pego".

A PROXIMDADE DO PODER


O ex-governador Lúcio Alcântara realmente não recebeu convite para ser o vice do Elmano de Freitas. Fui claro ao dizer que ele se apresentou em uma reunião do PR, do qual é presidente. Disse que o homem, que não resiste a longos períodos distanciados do poder, tinha perdido o bonde da história, o que é fato. Você recorda que quando pleiteou continuar no governo em 2006, Alcântara teimou em também apoiar Lula, arrimado no argumento de que ocupava a periferia do bloco de apoio ao Planalto. Ferrou-se. Na eleição passada, quando entrou para concorrer sem qualquer valimento, de novo a cincada. Que estranhos sentimentos revolvem o âmago do ex-governador para a necessidade de ostentar proximidade do poder, mesmo que seja uma estrela cadente? Quer seu oferecimento venha a acontecer ou não, a queimação já existiu.

A HORA E A VEZ DOS FICHAS SUJAS


Se havia qualquer resquício de discernimento em Lula da Silva as sessões de quimioterapia levaram junto com o câncer que atingia a laringe do ex-metalúrgico e ex-presidente da República. Seus aliados com juízo já demonstram preocupação, pois onde Lula põe a mão abre-se uma crise. Foi assim na denunciada tentativa de suborno ao ministro Gilmar Mendes. Depois, ele recebeu Cid Gomes e Luizianne Lins, na tentativa de segurar a aliança PT-PSB em Fortaleza: fracasso. Agora, mais crise, na recusa de Luiza Erundina de aceitar a vice de Fernando Haddad e ainda no acordo para apoio de Paulo Maluf ao petista. Os mais ligados a presidenta Dilma Rousseff até respiram aliviados, dando graças a Deus que o "brinquedo" que Lula encontrou está longe do Planalto.
A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) não dissimulou: desistiu de ser vice na chapa do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo logo depois do acerto para receber o apoio do PP do deputado Paulo Maluf (SP), por entender que a rasgada adversidade petista com o malufismo era apenas uma identidade contida. Por este mesmo caminho se justifica a atitude do presidente do PR-CE na aliança do PT, e falta apenas um leve empurrão para que Adauto Bezerra suba no palanque da "loura". Sabe que tem plena lógica, afinal quem foi o melhor governo para os banqueiros? O do PT.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

COMPOSTO O TABULEIRO DA SUCESSÃO

Disse em mais de uma oportunidade que Fortaleza viveria este ano uma eleição de nanicos. O rompimento da aliança PT-PSB, disfarçada, mas provocada e planejada pelo PSB do clã Gomes, remete o pleito a um patamar de igualdade inferior, quase um "remake" de 2004. Disse também, e repito, que sem dinheiro, tempo de TV e estrutura partidária dificilmente se conquista uma vitória eleitoral.

Assim é que definidos os caminhos, com os obstáculos/planos conhecidos já de todos, os partidos -mais as lideranças que lhes conduzem como donos- buscam agora compor a estrutura necessária (dinheiro e tempo de TV, não precisamente nesta ordem) para viabilizar -ou pavimentar- o caminho da vitória. O tabuleiro do xadrez eleitoral está quase composto em sua totalidade. Terão candidatos os seguintes partidos e/ou estruturas políticas:

01. PCdoB, do senador terminativo Inácio Arruda, com PP do Padre Zé Linhares e alguns minifúndios. Muito pouco, um quase isolamento, e Padre Zé ainda pode voltar ao seu parceiro original: o clã Gomes. Arruda está sendo cantado pelo PSB, essencialmente, para sair de campo como disputante para compor com o elenco do esquema governista, ao qual o comunista se acostumou;

02. PSB e PMDB. Candidato a ser escolhido em lista tríplice pelo clã Gomes. Vice do PMDB, do senador Eunício, que fez a aliança dos sonhos, achando que pavimentou sua candidatura ao governo em 2014. Deve ser agregado ainda o PSD, o governista PTB e outros pequenos. Sobram tempo de TV, meios e estrutura. Falta candidato. O nome será escolhido entre os sem votos Roberto Cláudio, Ferrúcio Feitosa e Salmito Filho. Depois virá a novela de construção do personagem;

03. PT de Luizianne. Ficou em maus lençóis e esbarrará na caríssima solidão do caixa dois para bancar o marketing do milagre. Conseguiu atrair o "bigode", apelido do PR, por estar em todos as bocas de poder, mas nunca entrar. Não creio que Capitão Wagner entre de vice. Seria demais. Seduzirá outros pequenos partidos para compor a sopa de letrinhas. Com o PR, melhora o tempo de TV, pois dinheiro e cabos eleitorais importantes não serão problemas. Os votos para dar a vitória ao subnutrido eleitoral Elmano de Freitas é que são os problemas. É esperar que o dinheiro farto adube o marketing do milagre de fazê-lo crescer, e vencer, em um ambiente de promessas não cumpridas e, por isso, também, de pouco simpatia eleitoral;

04. PDT e PPS, único grupo a ter a chapa já completa: Heitor Férrer e o sem voto Alexandre Pereira (PPS). É pouco. Falta uma estrutura maior, tempo de TV e os meios, que serão minguados, por mais que haja promessa em contrário. Heitor tem confundido as coisas e acha que pode fazer campanha da tribuna da Assembleia do Ceará, batendo só de um lado, enquanto seu vice acha que basta apenas adoçar algumas vozes e penas;

05. PSDB, de Marcos Cals e Tasso Jereissati, também está na solidão. Cals tem o direito. Pagou o pedágio na campanha passada. O diabo é que ele não evoluiu. Tempo de TV curto, meios disponíveis, mas não disponibilizados, e estrutura decadente. Ainda conversa com o DEM, de Moroni, mas Cals já pregou que não abre da candidatura. A união com o DEM, apesar de Chiquinho Feitosa, seria o melhor caminho da oposição que restou, já que o PR de Lúcio (que só toma decisões erradas e distanciadas da ética) vai com PT Luizianista e o PPS tenta se salvar com a meia oposição minada do PDT;

06. DEM. Vive uma inusitada situação de falta de comando, ou até de excesso de fraco comando. Moroni Torgan é o maior nome do partido. Consegue a incrível marca de sustentar algo em torno de 25% dos votos de Fortaleza, apesar de sua ausência do Brasil. Está em missão religiosa em Portugal e só retorna no próximo dia 30 de junho, prazo final das convenções. Até agora não conseguiu um parceiro que lhe confira densidade na TV, nos meios e na estrutura. Conversa atabalhoadamente com o PR e com o PSDB e já recebeu cantada do PSB (embora negada) para ficar de fora da disputa majoritária. Se vai ou se fica, é esperar até a convenção, claro, no último dia.

07. PSOL, de Renato Roseno, já fechou parceria com o PCB, mas nada que dê maior densidade em termos de tempo de TV e meios. Está acostumado a trabalhar no seu minifúndio e assume espaço cada vez maior. Não será mero participante.
Podem surgir outros candidatos de pequenos partidos, que serão meros figurantes da disputa, com o tempo comum de TV (10 minutos, para dividir com o total de candidatos, da meia hora que vai ao ar no começo da tarde e à noite). A disputa será intensa mesmo entre os 6 ou 7 candidatos relacionados. Novos e ruins capítulos da novela sucessória de Fortaleza, com baixa audiência, acontecerão nos próximos dias, mas nada que tire este roteiro do eixo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM


E o PT, sob o comando da esperta Luizianne Lins, com mandato terminativo, tem de se conforma com uma aliança e o vice do insignificante (no Ceará, principalmente) Partido Verde. Ainda que tente, ela não vai conseguir reproduzir a situação que a levou à vitória em 2004. situações fenomenais como aquela só ocorrem uma vez a cada 50 anos, e olhe lá. Agora, é tudo diferente, até mesmo o insosso candidato por ela apresentado. Se não há milagre, não há milagreiro. Sei que o cofre público, por via indireta, poderá bancar generosos pagamentos, mas peço que tenha dó do dinheiro do povo, pois não vai adiantar.
Luizianne, claro, sabe da dificuldade e já prepara o ambiente e a desculpa. Como boa de briga, ela vai tentar arrastar o ex-aliado para o deserto de votos em que mergulhou. Em verdade, a situação de um e de outro é semelhante. É o roto falando do fato usado. As duas maiores chefias políticos do Ceará decidiram, como possuem mandatos terminativos, romper os acertos que serviram eleitoralmente, e só aí. É como se pensassem: 'como não somos nós, quem quiser que construa uma nova aliança'. O risco, como costuma acontecer nos filmes americanos sobre o velho oeste, é os dois se eliminarem. Luizianne já desferiu os primeiros balaços e anunciou que não aceita trégua. Tomara que seja um filme de fim épico, aplaudido pela plateia, como o escritor Ruy Câmara lembra que acontecia no cine São Luís.