Formalmente, as eleições ainda nem começaram. Somente a
partir de 6 de julho próximo pode-se dizer iniciado o pleito que vai escolher
os novos prefeitos das cidades brasileiras. Mas já está todo mundo arranjado.
Todos os políticos escolheram seu lado. Alguns, atendendo a apelos do dinheiro,
de forma direta ou indireta, como aconteceu com o DEM de Maracanaú (é só um
exemplo) mudaram de lado na última hora. Outros, foram traídos e perderam (foi
tomado) o partido ao apagar das luzes das convenções, como também aconteceu em
Maracanaú, que terá uma eleição marcada pelo jogo pesado, como Fortaleza, que
viverá um pleito diferente, com 10 candidatos, sete deles competitivos, mas que
será marcada pelo uso abusivo dos meio$, principalmente pelos candidaturas
bancadas pelos poder instituído, ao arrepio da cega justiça eleitoral.
Não
só os partidos, os políticos, escolheram seus lados. As aparelhadas
instituições e entidades de classe também, por mais que finjam indiferença. Até
a maioria dos veículos de comunicação não conseguem disfarçar suas predileções
bem pagas. Basta ver as charges, matérias e notas de colunas, adocicadas com
uns candidatos, caústicas e até discriminatórias com outros. De qualquer forma,o
time já está em campo e com as regras, boas ou más, definidas. Nenhuma eleição é igual a outra. Pode até carregar
semelhanças diversas, mas nunca será igual, nem nos procedimentos e tampouco no
resultado. A prepotência das oligarquias, seja qual for o matiz, sempre uma
abjeta oligarquia, mostra as armas em grupo (o rolo compressor) em tom de ameaça, o que, por si só, ao olhar de
equidade da lei, já representaria crime. São três meses de luta, quase sempre
desigual, mas que, ao final, poderá mudar o mapa da prosperidade no Ceará e
mesmo no Brasil.
sábado, 30 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
OS PAUS DE GALINHEIRO DA POLÍTICA
A eleição
deste ano acena com situações inusitadas, que aparecem empurradas pela lei
(Ficha Limpa) e pelo julgamento do "mensalão". A primeira consequência já influi no perfil dos
candidatos que estão sendo lançados: VERIFICA-SE UMA RENOVAÇÃO ÍMPAR. É que os
nomes tradicionais estão com a ficha suja ou na iminência de entrar. Por via
das dúvidas, e para não ter de passar a campanha inteira se justificando, é
melhor lançar alguém novo, de ficha limpa. Quem teimar, vai pagar o preço
com uma derrota.
Outra condicionante
que surgiu e que preocupa as velhas raposas, mais sujas do que pau de
galinheiro, é o JULGAMENTO DO MENSALÃO. Integrantes do PT, principalmente, mas,
em verdade de todos os partidos (uns mais, outros menos) estão com as barbas de
molho porque o tema será predominante na campanha, claro, onde puder ser
abordado, pois em casa de enforcado não se fala em corda. E preste atenção que
o julgamento começa no dia 02 de agosto, pouco antes do horário gratuito da TV
e do rádio. Haja munição. Nega Lula!
Aqui na
Fortaleza, desposada do sol, quem é da turma do MENSALÃO ou FICHA SUJA? Se
puxar no ligação direta ou na consanguinidade, sobra pouco. O Ficha Suja tem uma
relação de mais de 4 mil nomes e o processo do MENSALÃO possui 38 réus (veja
abaixo a relação dos que serão julgados pelo STF), sem esquecer que estão em outros
processos o pessoal da cueca, os sanguessugas, Pessoal do envolvido no mensalão
de Brasília (José Roberto Arruda), o pessoal do Cachoeira e do senador Demóstenes,
o pessoal do DNIT, o pessoal da m..., digo, dos kits sanitários, dos
consignados e o pessoal do golpe dos R$ 300 milhões do ministério da Integração
(Moraisinho & Cia.).
Eis os nomes
dos "mensaleiros" que serão julgados:
Anderson
Adauto (ex-ministro dos Transportes), Anita Leocádia (ex-assessora
parlamentar), Antônio Lamas (ex-tesoureiro do PL), Ayanna Tenório (ex-vice
presidente do Banco Rural), Bispo Rodrigues (ex-deputado do PL), Breno
Fischberg (sócio do Bônus Banval), Carlos Alberto Quaglia (dono da Natimar),
Cristiano Paz (sócio de Marcos Valério), Delúbio Soares , Duda Mendonça (marqueteiro
do PT e da prefeita Luizianne Lins), Emerson Palmieri (ex-secretário do PTB),
Enivaldo Quadrado (sócio da Bônus Banval), Geiza Dias (ex-gerente da
SMP&B), Henrique Pizzolato (ex-diretor do BB), Jacinto Lamas (ex-tesoureiro
do PL), João Cláudio Genu (ex-assessor político), João Magno (ex-deputado do
PT), João Paulo Cunha (ex-deputado do PT), José Borba (ex-deputado do PMDB), José Dirceu, José Genuíno, José Luiz
Alves (ex-assessor político), José Roberto Salgado (ex-diretor do Banco Rural),
Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural), Luiz Gushiken (secretário de
comunicação), Marcos Valério (publicitário), Paulo Rocha (ex-deputado do PT),
Pedro Corrêa (ex-deputado do PP), Pedro Henry (ex-deputado do PP), Professor
Luizinho (ex-deputado do PT), Ramon Hollerbach (sócio de Marcos Valério),
Roberto Jefferson (presidente do PTB), Rogério Tolentino (sócio de Marcos
Valério), Romeu Queiroz (ex-deputado do PTB), Simone Vasconcelos
(publicitária), Valdemar Costa Neto (deputado do PR), Vinícius Samarane
(ex-diretor do Banco Rural), Zilmar Fernandes (sócia de Duda Mendonça).
quarta-feira, 27 de junho de 2012
A DITADURA DA DEMOCRACIA DOS DONOS DO PODER
Quem tem força, manda. E quem tem juízo,
obedece. O clã Gomes dá demonstração de que manda mesmo e quem for contra as
determinações que se quebre, ou que se dane. Veja os exemplos: O "trio
sub", com Roberto Cláudio, Ferrúcio Feitosa e Salmito Filho, estava
juntinho e de mãos dadas na reunião que definiu Cláudio (filho do ex-reitor da
UFC, inelegível por improbidade) como o candidato. Salmito e Ferrúcio não deram
um pio. Para surpresa de todos, o clã e o aliado do PMDB, senador Eunício
Oliveira, chegaram de chapa fechada: Roberto Cláudio e Gaudêncio Lucena
(prazer!) O segundo exemplo está acontecendo com o senador Inácio Arruda, que
se apresentou como candidato do seu partido, o PCdoB-CE. O comunista chegou a
acertar o apoio do PP, do deputado federal Padre Zé Linhares. Mas, só valia o
acerto se houvesse a aliança PSB-PT. Como veio o rompimento, o padre do PP
largou o senador ateu e voltou a rezar na cartilha do clã Gomes. Inácio ficou
só, com pequena estrutura e pouco tempo de TV. Generoso, o clã abre a porta e
convida Inácio e se chegar para apoiar o candidato lustroso, Roberto Cláudio.
Fora disso, é o ostracismo e a solidão. O terceiro exemplo do poder de mando
acontece na eleição de Maracanaú. Inimigo de Roberto Pessoa (PR), o clã Gomes
obrigou o subserviente deputado federal Edson Silva (PSB) a ser vice do
ex-prefeito Júlio César (PSD), até um dia desse impedido de disputar por
improbidade (ficha suja). O clã Gomes quer, a qualquer custo, derrotar Roberto
Pessoa, que perde tempo em segurar o seu misterioso candidato, e tomara que
também não seja um ficha suja. Enquanto não abre mão de jogar pesado na eleição
de Fortaleza e Maracanaú, o clã está sob ameaça na terra natal. Veveu (PT) está
precisando melhorar muito para não perder, em Sobral, para Marcos Prado. Será
por que Veveu é do PT?
terça-feira, 26 de junho de 2012
PR NEGOCIOU O QUE TEM
Para aqueles políticos que se acostumaram a vicejar na
sombra, ficar muito tempo abandonado pelo poder é uma tortura. Lúcio Alcântara
(PR-CE) sempre progrediu ou fez sua carreira sobreviver assim. Por isso nada
mais lógico do que o acordo para apoiar o candidato do PT, definido em reunião
rápida e objetiva com a prefeita Luizianne Lins e o candidato Elmano de Freitas.
Toma lá, dá cá 1 minuto e 56 segundos de TV, pois é só o que o PR pode entregar. A questão do
vice nem entrou em pauta de negociação. Foi barato, pelo risco de derrota.
PSDB, O REINO DA CONSPIRAÇÃO
E por falar em vice,
o PSDB deve ir mesmo de Fernando Hugo, que, pelo menos, tem o verbo, que é
difícil e faz parecer beiradeiro o candidato Marcos Cals. O tucano, que foi
secretário de Cid Gomes (secretário de Justiça) e candidato a governador na
eleição passada), vai para uma eleição de alto risco, pois, se não decolar, e
dificilmente o fará, será "cristianizado". Um resultado pífio
complicará até seu objetivo de manter forte o nome para uma vaga de deputado
estadual.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
É HORA DE TROCAR ATÉ A CUECA
E como só na física forças de iguais sinais se repelem, pois
em política se atraem, como no caso do BNB, do IPU, do TCE, da Secretaria das
Cidades, dos kits sanitários (banheiros da zona rural), que acabaram mostrando
estreita conexão. O certo, aliás, o errado é que comeram o dinheiro para
construir banheiros no zona rural de diversos municípios, senão em todos,
deixando o pessoal do interior no uso da folha-gorda. Muita maldade! O caso dos
kits sanitários, não nesta atual extensão, vem rolando há alguns meses. Até
agora, só a família Teodorico andou perdendo alguma coisa. Claro que a
investigação continuava, como estamos percebendo.
É necessário que o Governo do Ceará tome uma providência
concreta. Está provado que a Secretaria das Cidades está bem envolvida. Jurandir
Santiago era o subsecretário, quando foi para o BNB, e o ex-coordenador de Habitação
da Secretaria das Cidades, Sérgio Barbosa, já está preso. O Governo Dilma
também não pode deixar que o ventilador espalhe toda a sujeira pelos lados do
BNB. Vale uma limpada geral, trocando, inclusive, a cueca.
A ARROGÂNCIA DOS LARÁPIOS
Quem tivesse a oportunidade de observar a importância que
ostentava o prefeito do Ipu, Sávio Pontes (PMDB), nos eventos públicos e mesmo
privados, respondendo a quase tudo com gracejos, agora entende a razão. É um
procedimento padrão dos larápios quando o dinheiro fácil entra de roldão nos
bolsos das calças sempre novas. Acreditam,como o ex-presidente Lula, que nega o
"mensalão", que nunca cairão "nas malhas grossas da lei".
Mas, vez por outra, acontece. O "mensalão será julgado em agosto, mesmo
não tendo existido, como diz Lula, e agora a Justiça aceitou a denúncia contra
os "aloprados". Lembra do caso? Foi na campanha de recandidatura de
Lula, quando foi preso um grupo de petistas que estava com meio milhão de
dólares em um hotel, em São Paulo, para comprar um dossiê contra o enfadonho
José Serra (PSDB). Pois é, Sávio também caiu. Está foragido, mas vai se apresentar
TJ-CE, de onde deverá ser encaminhado para prisão.
Com a aliança com o PT de São Paulo, apoiando Fernando
Haddad, com aval de Lula da Silva, Maluf (e seu PPP) pode cunhar algumas frases
famosas na política, agora, mais do que nunca, em moda. "Estupra, mas não
mata". "Em campanha, o feio é perder". "Em política, o feio
é ser pego".
A PROXIMDADE DO PODER
O ex-governador Lúcio Alcântara realmente não recebeu
convite para ser o vice do Elmano de Freitas. Fui claro ao dizer que ele se
apresentou em uma reunião do PR, do qual é presidente. Disse que o homem, que
não resiste a longos períodos distanciados do poder, tinha perdido o bonde da
história, o que é fato. Você recorda que quando pleiteou continuar no governo
em 2006, Alcântara teimou em também apoiar Lula, arrimado no argumento de que
ocupava a periferia do bloco de apoio ao Planalto. Ferrou-se. Na eleição
passada, quando entrou para concorrer sem qualquer valimento, de novo a cincada.
Que estranhos sentimentos revolvem o âmago do ex-governador para a necessidade
de ostentar proximidade do poder, mesmo que seja uma estrela cadente? Quer seu
oferecimento venha a acontecer ou não, a queimação já existiu.
A HORA E A VEZ DOS FICHAS SUJAS
Se havia qualquer resquício de discernimento em Lula da
Silva as sessões de quimioterapia levaram junto com o câncer que atingia a
laringe do ex-metalúrgico e ex-presidente da República. Seus aliados com juízo
já demonstram preocupação, pois onde Lula põe a mão abre-se uma crise. Foi
assim na denunciada tentativa de suborno ao ministro Gilmar Mendes. Depois, ele
recebeu Cid Gomes e Luizianne Lins, na tentativa de segurar a aliança PT-PSB em
Fortaleza: fracasso. Agora, mais crise, na recusa de Luiza Erundina de aceitar
a vice de Fernando Haddad e ainda no acordo para apoio de Paulo Maluf ao
petista. Os mais ligados a presidenta Dilma Rousseff até respiram aliviados,
dando graças a Deus que o "brinquedo" que Lula encontrou está longe
do Planalto.
A deputada
federal Luiza Erundina (PSB-SP) não dissimulou: desistiu de ser vice na chapa
do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo logo depois do acerto para
receber o apoio do PP do deputado Paulo Maluf (SP), por entender que a rasgada
adversidade petista com o malufismo era apenas uma identidade contida. Por este
mesmo caminho se justifica a atitude do presidente do PR-CE na aliança do PT, e
falta apenas um leve empurrão para que Adauto Bezerra suba no palanque da
"loura". Sabe que tem plena lógica, afinal quem foi o melhor governo
para os banqueiros? O do PT.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
COMPOSTO O TABULEIRO DA SUCESSÃO
Disse em mais de uma oportunidade que Fortaleza viveria este
ano uma eleição de nanicos. O rompimento da aliança PT-PSB, disfarçada, mas
provocada e planejada pelo PSB do clã Gomes, remete o pleito a um patamar de
igualdade inferior, quase um "remake" de 2004. Disse também, e
repito, que sem dinheiro, tempo de TV e estrutura partidária dificilmente se
conquista uma vitória eleitoral.
Assim é que definidos os caminhos, com os obstáculos/planos
conhecidos já de todos, os partidos -mais as lideranças que lhes conduzem como
donos- buscam agora compor a estrutura necessária (dinheiro e tempo de TV, não
precisamente nesta ordem) para viabilizar -ou pavimentar- o caminho da vitória.
O tabuleiro do xadrez eleitoral está quase composto em sua totalidade. Terão
candidatos os seguintes partidos e/ou estruturas políticas:
01. PCdoB, do senador terminativo Inácio Arruda, com PP do
Padre Zé Linhares e alguns minifúndios. Muito pouco, um quase isolamento, e
Padre Zé ainda pode voltar ao seu parceiro original: o clã Gomes. Arruda está
sendo cantado pelo PSB, essencialmente, para sair de campo como disputante para
compor com o elenco do esquema governista, ao qual o comunista se acostumou;
02. PSB e PMDB. Candidato a ser escolhido em lista tríplice
pelo clã Gomes. Vice do PMDB, do senador Eunício, que fez a aliança dos sonhos,
achando que pavimentou sua candidatura ao governo em 2014. Deve ser agregado
ainda o PSD, o governista PTB e outros pequenos. Sobram tempo de TV, meios e
estrutura. Falta candidato. O nome
será escolhido entre os sem votos Roberto Cláudio, Ferrúcio Feitosa e Salmito
Filho. Depois virá a novela de construção do personagem;
03. PT de Luizianne. Ficou em maus lençóis e esbarrará na caríssima
solidão do caixa dois para bancar o marketing do milagre. Conseguiu atrair o "bigode",
apelido do PR, por estar em todos as bocas de poder, mas nunca entrar. Não creio
que Capitão Wagner entre de vice. Seria demais. Seduzirá outros pequenos
partidos para compor a sopa de letrinhas. Com o PR, melhora o tempo de TV, pois
dinheiro e cabos eleitorais importantes não serão problemas. Os votos para dar
a vitória ao subnutrido eleitoral Elmano de Freitas é que são os problemas. É
esperar que o dinheiro farto adube o marketing do milagre de fazê-lo crescer, e
vencer, em um ambiente de promessas não cumpridas e, por isso, também, de pouco
simpatia eleitoral;
04. PDT e PPS, único grupo a ter a chapa já completa: Heitor
Férrer e o sem voto Alexandre Pereira (PPS). É pouco. Falta uma estrutura
maior, tempo de TV e os meios, que serão minguados, por mais que haja promessa
em contrário. Heitor tem confundido as coisas e acha que pode fazer campanha da
tribuna da Assembleia do Ceará, batendo só de um lado, enquanto seu vice acha
que basta apenas adoçar algumas vozes e penas;
05. PSDB, de Marcos Cals e Tasso Jereissati, também está na
solidão. Cals tem o direito. Pagou o pedágio na campanha passada. O diabo é que
ele não evoluiu. Tempo de TV curto, meios disponíveis, mas não disponibilizados,
e estrutura decadente. Ainda conversa com o DEM, de Moroni, mas Cals já pregou
que não abre da candidatura. A união com o DEM, apesar de Chiquinho Feitosa,
seria o melhor caminho da oposição que restou, já que o PR de Lúcio (que só
toma decisões erradas e distanciadas da ética) vai com PT Luizianista e o PPS
tenta se salvar com a meia oposição minada do PDT;
06. DEM. Vive uma inusitada situação de falta de comando, ou
até de excesso de fraco comando. Moroni Torgan é o maior nome do partido. Consegue
a incrível marca de sustentar algo em torno de 25% dos votos de Fortaleza,
apesar de sua ausência do Brasil. Está em missão religiosa em Portugal e só
retorna no próximo dia 30 de junho, prazo final das convenções. Até agora não
conseguiu um parceiro que lhe confira densidade na TV, nos meios e na
estrutura. Conversa atabalhoadamente com o PR e com o PSDB e já recebeu cantada
do PSB (embora negada) para ficar de fora da disputa majoritária. Se vai ou se
fica, é esperar até a convenção, claro, no último dia.
07. PSOL, de Renato Roseno, já fechou parceria com o PCB,
mas nada que dê maior densidade em termos de tempo de TV e meios. Está
acostumado a trabalhar no seu minifúndio e assume espaço cada vez maior. Não
será mero participante.
Podem
surgir outros candidatos de pequenos partidos, que serão meros figurantes da
disputa, com o tempo comum de TV (10 minutos, para dividir com o total de
candidatos, da meia hora que vai ao ar no começo da tarde e à noite). A disputa
será intensa mesmo entre os 6 ou 7 candidatos relacionados. Novos e ruins
capítulos da novela sucessória de Fortaleza, com baixa audiência, acontecerão
nos próximos dias, mas nada que tire este roteiro do eixo.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
E o PT, sob o comando da esperta Luizianne Lins, com mandato
terminativo, tem de se conforma com uma aliança e o vice do insignificante (no
Ceará, principalmente) Partido Verde. Ainda que tente, ela não vai conseguir
reproduzir a situação que a levou à vitória em 2004. situações fenomenais como
aquela só ocorrem uma vez a cada 50 anos, e olhe lá. Agora, é tudo diferente,
até mesmo o insosso candidato por ela apresentado. Se não há milagre, não há
milagreiro. Sei que o cofre público, por via indireta, poderá bancar generosos
pagamentos, mas peço que tenha dó do dinheiro do povo, pois não vai adiantar.
Luizianne,
claro, sabe da dificuldade e já prepara o ambiente e a desculpa. Como boa de
briga, ela vai tentar arrastar o ex-aliado para o deserto de votos em que mergulhou.
Em verdade, a situação de um e de outro é semelhante. É o roto falando do fato
usado. As duas maiores chefias políticos do Ceará decidiram, como possuem
mandatos terminativos, romper os acertos que serviram eleitoralmente, e só aí.
É como se pensassem: 'como não somos nós, quem quiser que construa uma nova
aliança'. O risco, como costuma acontecer nos filmes americanos sobre o velho
oeste, é os dois se eliminarem. Luizianne já desferiu os primeiros balaços e
anunciou que não aceita trégua. Tomara que seja um filme de fim épico, aplaudido
pela plateia, como o escritor Ruy Câmara lembra que acontecia no cine São Luís.
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