segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DISPUTA SEMPRE IMPÕE LIMITES

(Foto, sem identificação de autoria, tirada logo após o debate)

O pessoal enrustido (como meu amigo João Osmar, Macário Batista e Fábio Campos), que apoia Dilma mas tem vergonha de assumir, está querendo passar que o debate da Rede TV/Folha foi morno e que os dois candidatos nada acrescentaram. Conversa para enganar incautos. E vai já aparecer um cientista político do óbvio para dizer que o modelo está esgotado.O debate foi bom e serviu perfeitamente para mostrar a diferença entre os dois. Dilma, despreparada e fingida, e Serra, preparado, intelectualmente superior e mais ou menos seguro, embora bobo, às vezes, por cair no jogo besta das privatizações. Até parecia que a disputa era pela presidência da Petrobras. Ganhou de sobra o debate. Se a vantagem vai significar soma de votos eu não sei, como também não dá para profetizar (é o caso) quem vai vencer o segundo turno.

Outro jogo que atende as argumentações do pessoal da Dilma, aqui na província Ferreira Gomes, é tentar carimbar Lúcio Alcântara como um vira-casaca. Tenho muitas discordâncias da postura política de Lúcio, mas ele seguiu fiel ao esquema do Planalto até o final (c0m0 integrante da base de apoio), embora tratado como cururu. Igualmente não sei se a adesão de Lúcio a Serra puxará mais de um voto, mas ele fez o que devia fazer. Acho até que esperou demais. Faltou lhaneza aos petistas.

Lúcio e Marcos Cals cumpriram papel importante no jogo democrático, embora, despojados da vaidade, pudessem ter feito melhor. Os Ferreira Gomes venceram no primeiro turno porque enfrentaram candidatos, como já disse aqui, que não conseguiram produzir uma motivação de mudança (ninguém muda, voluntária e secretamente, para o que lhe parece pior). Conseguiram, é fato, impor ao processo, questionamentos que serão importantes no porvir. Está mais visível sobre a cabeça de quem senta ao trono do Palácio do Governo cearense a espada de Dâmocles.

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