domingo, 23 de janeiro de 2011
GRANDE SÓ NO TAMANHO
Sei que ainda é cedo e não quero ser injusto, mas me parece que a presidente Dilma e sua enorme e modesta equipe estão demonstrando somente a preocupação de não deixar o barco fazer água. Convenhamos, o tempo é curto, mas a presidenta não é carne nova no Planalto. Vaga pelos corredores planaltinos há quase oito anos e sabe que este país tem muitas carências, principalmente de infraestrutura, mas tudo que contempla ou que deixa vislumbrar uma noção de planejamento é o tal de PAC (1 e 2), que funciona muito abaixo de meio pau.
Sinceramente, mas não estou otimista (e nunca esperei muito desse povo!) com o ritmo de varejo de sustentação empregado pela presidenta e sua volumosa equipe. Os empresários, inclusive aqueles que são contumazes fregueses das tetas governamentais, reclamam grandes reformas. É inegável que algumas reformas são imprescindíveis: a política, a fiscal, por exemplo. Dizem, em Brasília, que a senhora presidenta fez opção por fatiar tudo, preferindo propostas pontuais a grandes projetos. Seria assim mais fácil trabalhar com o Congresso. A lei ordinária exige maioria simples e necessariamente não mudam a Constituição, dispensando a maioria de três quintos na votação. É esperteza sobrando!
Os alertas bajuladores que sobejam pelo Planalto e na imprensa já espalham que está certa a astuta presidenta, pois grandes projetos envolvem custos políticos bem maiores do que os benefícios gerados. Por isso, ela prefere fragmentar de acordo com a identificação de carências pontuais, em vez de tentar aprovar tudo de uma só vez, como aconteceu com o presidente Lula com as reformas da Previdência, até hoje não implementada, e a tributária, que foi abandonada. Não dá para negar a lógica, mas é preciso uma inteligência que não vejo para fatiar reformas como a política sem comprometer o todo. Nem tudo pode ser curado com doses homeopáticas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Concordo com voce, Erivelto. Porém vou dar um tempo até 31 de março. Pois até aí o congresso já foi empossado e é tempo de Dilma sinalizar a que veio. Embora, sem muitas esperanças.
ResponderExcluir