quarta-feira, 1 de junho de 2011

PRIMEIRA FUNÇÃO DO CIRCO ELEITORAL

Veja no espelho o candidato que Ciro F. Gomes quer na Prefeitura

O ex-deputado federal paulista, Ciro F. Gomes (PSB), usou o tempo de sua palestra na Assembleia para atacar a prefeita Luizianne Lins (PT). Deveria falar da questão ambiental, mas como é um assunto que ele não entende, mudou o foco e ajustou a mira contra a aliada do PT, confirmando ser o maior oposicionista da administração petista, posicionamento que nem o PSDB com suas lideranças gordas e confusas conseguem. Ciro F. Gomes, de passagem, soltou um rojão contra a presidente Dilma Rousseff, de quem também é aliado, mas não larga o osso, já que mantém alguns cargos na administração federal.

O que o paulista Ciro F. Gomes disse da prefeita:

• “A cidade está absolutamente sofrida e não conta com planejamento”.
• “Fortaleza não aguenta mais tanto descalabro. (...) As pessoas comentam um buraco na rua, mas isso passou, passa uma camada de asfalto e engana todo mundo de novo”.

O que o paulista Ciro F. Gomes disse da presidente:

“O país está caminhando para a falta de estratégia e construindo uma perversão neoliberal”.

Em verdade, o mais velho dos Gomes está cumprindo um papel no circo que eles montaram para dominar a política brasileira, mas que, por um erro de estratégia chantagista (transferência do título dele para São Paulo com a promessa de ser candidato ao governo paulista), acabou sobrando apenas o Ceará. Até o partido está nas mãos do governador pernambucano, Eduardo Campos, que não lhe dá espaço. Por isso, carregado de firmeza ideológica, ele já ameaça se transferir para o PDT, para decepção do deputado papangu, Zezinho Albuquerque, secretário geral estadual do PSB, que afirma que os irmãos Gomes ficarão na legenda socialista, que ele não sabe o que significa.

Ciro F. Gomes atira contra Luizianne para reduzir a barganha no momento em que for discutida a sucessão estadual. Ele e o irmão governador, como a prefeita, sabem que representa um risco muito grande romper a aliança em 2012. Uma dissensão na parceria, que perdura por cinco anos, comprometeria a sustança dos dois e abriria espaço para um terceiro grupo, entre os quais o enfraquecido PSDB.

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