De repente, o PSDB acorda e enche de candidatos o já
bastante esquálido espectro sucessório de Fortaleza. E como se ainda não fosse
bastante, ameaça o retorno de Tasso Jereissati, derrotado para o Senado no
pleito passado. Vivemos uma cara ditadura da maioria, mas, mesmo assim, a
minoria tem o direito de atuar, de mostrar suas pífias armas para os embates
eleitorais.
Não acredito que Jereissati aceite voltar à disputa ao
Senado em 2014, principalmente porque será apenas uma vaga. E o espaço já está cheio
de gaviões. Claro que Jereissati não é um sanhaço. É também um gavião, mas teve
as asas aparadas exatamente por quem tanto cuidou. Já a leva de candidatos
tucanos, derretidos em uma caçarola, não enche um prato. Falei em um comentário
anterior que teríamos este ano uma eleição de nanicos. Continua valendo.
Enquanto a oposição tenta se segurar em uma pedra para se
salvar, o PSB do clã Gomes continua fazendo seu jogo "um de tudo". O
Gomes governador defende a aliança com o PT de Luizianne e o Gomes mais velho só
fala em candidatura própria, ainda que os candidatos disponíveis do partido
sejam um "bolsa família" eleitoral. De qualquer modo, há um plano
"C" do B: Inácio Arruda. Aliado do governo, que agora tem sede no
Abolição, o comunista do B recebeu as bênçãos do clã e, de quebra, o PP de
Padre Zé, que vale para aumentar um tempo de TV. Uma cena que se repete. Na
passada eleição municipal, Cid, o Gomes governador, apoiou Luizianne e Ciro, o
mais velho dos Gomes, ficou ao lado de Patrícia Saboia, ex-Gomes. Filme repetido
para Luizianne ver.
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