terça-feira, 5 de abril de 2011

A fila anda, mas parece parada. Basta observar o que sai na TV, rádio e jornal para que se perceba que está “tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Lembra-se desse episódio da história da dominação napoleônica que imbrica estreitamente com a história do Brasil, e talvez seja por isso! Parece incrível que ainda hoje alguns ditos jornalistas comecem suas matérias com o roto clichê “repercute intensamente”, ou, “ainda repercute”, “tem repercutido”. Pior ainda são os jornalistas que usam “o mesmo” como pronome, em frases do tipo “Entrevistei ontem o deputado e falei com o mesmo para apurar o assunto”. Mesmo pode ser adjetivo, substantivo masculino ou mesmo advérbio. Por favor, poupem os nossos ouvidos e mudem os redatores da rádio oficial da Câmara de Vereadores, só para citar um caso, mas nos jornais e na TV não há diferença. Não há mais quem suporte, por exemplo, os afetados apresentadores de TV anunciarem os intervalos dizendo, com ar “engraçado”, o batido “não sai daí”.

UMA FACA DE DOIS “GOMES”

A política do Ceará é um faca de dois “gomes”. Os dois cortam, os dois batem, os dois assopram, mas, às vezes, até ficam de lados diferentes, para não deixar espaço vazio. Já se começa a falar sobre sucessão municipal. E o “mau exemplo” foi dado bem distante e em um pleito nacional. Barack Obama lançou-se à reeleição que será em 2012. Aqui, nesta paróquia também já foi dada a largada, só que sem nomes declarados para alguns cargos. O governador Cid F. Gomes (PSB), depois de umas férias pela Europa e Estados Unidos em avião particular (da Grendene), lançou o irmão mais velho (Ciro) ao Senado e mandou aviso de união às bases – um recado pra dentro e pra fora do seu partido. A abusada prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), decidiu sair da toca para recuperar a desgastada imagem. Está passeando em algumas obras em curso, que já teve várias datas de entrega, e gastando muito dinheiro com propaganda em todos os veículos, principalmente os amestrados. Estranhamente, ela demonstra um comportamento irritadiço, com clara arrogância e aberta prepotência. No Estádio Presidente Vargas, que teve vários adiamentos em sua entrega, reagiu assim ao negar que houvesse uma praga na grama do campo do PV. “Só se for praga dos outros”. Prefeita, você é empregada do povo, não contrário! Por que esse abuso? Se estiver farta, vá para casa, que, com certeza, foi transformada pela prosperidade.

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