sábado, 24 de março de 2012

O "REMAKE" DA SUCESSÃO

E prossegue a novela (remake) de baixa audiência entre PSB e PT nos prolegômenos da sucessão de Fortaleza. Ciro (PSB-CE), o mais velho dos Gomes, ataca e ameaça o fim da aliança. Inventa até que Cid, o Gomes governador do Ceará, está isolado ao defender a continuidade da parceria eleitoral. Luizianne (PT-CE) rebate e adverte que romper aliança é colocar o PT na oposição ao governo do Ceará. Em seguida, não perde a chance de cutucar: se o PT for sozinho irá de senador Pimentel, que larga seis anos de mandado para o enjoado Sérgio Novais.

Cid, o Gomes governador, assopra que quer manter a aliança, mas dá uma estocada ao afirmar que plano B é chantagem. Luizianne responde que a mensagem vale para setores do PSB. Cid, o Gomes governador e presidente do PSB estadual, em mais um capítulo da esfumaçada novela, faz jantar e apura R$ 1,3 mi. A prefeita não vai mas alguns prefeituráveis, de um lado e do outro, vão. Enredo está sendo elaborado até para o TRE. Enquanto a novela se desenrola, espertos e atentos e, vez po outra, atiçando, estão representantes das outras bandas da aliança: senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Inácio Arruda (PC do B-CE).

Ora, uma simples análise, mostra que quase tudo é mero jogo de cena. Só o senador Inácio Arruda joga no aperto. Está no desespero de continuar em Brasília, já que seu mandato se extingue em 2014 e não o renovará sem uma grande esquema de apoio. Não sobradas razões para segurar sua cndidatura, se não conseguir uma oferta generosa. Precisa de espaço e aparece bem nas primeiras pesquisas. Eunício tem duas eleições cobertas por seu mandato e só pensa em uma futura candidatura a governador, como Luizianne, que joga no ponto futuro. Os Gomes se isolaram no poder, afastando a sustentação econômica. Têm o grupo político, mas não o poder financeiro. Por isso, a fumaça do jantar arrecadatório. Dinheiro pessoal há, mas não dá para bancar campanhas, principalmente depois que entregar a chave do cofre. A aliança, mesmo perdendo o quarto menor (PC do B), deve ser mantida para que a vida siga em frente, pois uma família pública vive de cargos.

Enfim, toda mixórdia entre PT-PSB, na sucessão de Fortaleza, é apenas jogo de cena para aumentar a fatia do bolo e preparar um falacioso discurso de transparência. Velho plano recorrente.

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