quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
O PODER ABSOLUTO CORROMPE
Ou se ajoelha e reza ou pega a reta. Este o lema dos que exercem o poder no Ceará, reforçados pelo total alinhamento em todas as esferas e níveis. Assim se jactava o todo poderoso Arialdo Pinho em tom de blague. Até quem faz parte do time, não sendo íntimo como Arialdo, Oman, Cristino, Roberto Cláudio, Mauro Benevides Filho, Paulo Henrique, Valdir, Maria de Lourdes, tem de seguir a cartilha. O deputado Wellington Landim, do mesmo partido (PSB) do governador cearense, sentiu o peso do capricho do ungido chefe quando pretendeu disputar, entre os companheiros de partido (preste atenção! Era um disputa no partido, portanto legítima e democrática), a presidência da Assembléia do Ceará. Já o deputado Zezinho Albuquerque, envolvido no escândalo dos R$ 300 milhões, em apuração na PF, só quis uma valorizada, pois faz parte da periferia do bloco íntimo, que agora tem novos integrantes: Goni Arruda e Camilo Santana.
O enorme poder do clã Gomes & aliados íntimos projeta que quem levantar a voz será perseguido até "pegar a reta" se não dispuser de meios independentes de subsistência. Implica também que 2012 será um carta que sairá do colete do governador, pois até a incompetente prefeita Luizianne, embora uma hábil política de armação, está com voz contida na esfera de decisão do poder estadual. A prefeita disse que elegeria "até um poste, sem luz, em 2012", mas, em sua logorreia no modelo cirista, esqueceu de completar que precisaria do aval do governador.
Há oposição Ceará? Vale a pergunta, pois a nossa oposição parece C4H10 (gás butano). A gente só sente o bodum, mas não vê. Falta coragem e sobra subserviência. Sabe-se que no Ceará, como na maioria das unidades brasileiras, a maioria dos empresários ou mesmo dos profissionais liberais dependem da esfera pública, mas ainda assim sobra um grupo que seria capaz, se organizado, de exercer uma boa e necessária oposição. A classe média é sempre mais servil, mas mesmo o ignaro eleitor mostrou que há generosos espaços de oposição, basta que ela exista, se possível, com inteligência e não burra e obtusa como na campanha recém-finda.
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