quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Aos Amigos Tudos...

Se você tem interesse pelo que acontece no Brasil não pode deixar de ler a reportagem e o editorial feito pelo Estadão, publicadas a partir do último domingo. É primoroso o trabalho realizado por Fábio Gambiagi, antes de ser demitido do IPEA, sob o título “Dezessete anos de política fiscal no Brasil: 1991-2007”. Ele mostra que nesse período, especialmente a contar de 2003 (era do honesto Lula), o gasto primário do Governo vem crescendo mais do que a economia nacional. O esbanjamento cresce 5,9% ao ano, em média, enquanto o aumento médio do PIB não foi além de 2,9%. Na seqüência, uma matéria do jornalista Fernando Dantas mostra em que o PT e seu alinhado antecessor, Fernando Henrique, Transformou Brasília: a campeã da má distribuição de renda.

DINHEIRO, MORDOMIA E IMPUNIDADE.

A Capital federal é o retrato do que será o restante do Brasil em curto prazo, a persistir este perverso modelo neoliberal assistencialista, que começou com FHC e Lula aperfeiçoou. Preste atenção como se desenha o desastre que se avizinha com o Lula e o honesto PT e aliados. Brasília está dividida em duas realidades. De um lado, o chamado Arquipélago da Fantasia (como diz o editorial do Estadão), formado pelos Três Poderes, é a prosperidade da sua classe média alta, integrada principalmente pela nata do funcionalismo, cujos salários passam em média de R$ 10 mil, no Executivo, Congresso e no Judiciário, afora a mordomia exacerbada. Do outro, a pobreza das áreas metropolitanas liderando a iniqüidade social.

AOS POBRES A ESMOLA.

No governo da ditadura (dados de O Globo) o ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, tinha 28 servidores à disposição. Hoje, 21 “servidores” cuidam da residência oficial do presidente da Câmara, enquanto Lula tem 149 “assessores particulares”. Veja como conclui o editorial do Estadão, um dos jornais mais conservadores deste país: “E isso ainda é vida monacal perto do extenso rol de privilégios que os titulares dos Poderes federais se autoconcedem e aos seus próximos - um festival de requintadas extravagâncias inadmissíveis mesmo se o povo brasileiro fosse o mais próspero do mundo. Há como que uma competição entre o Executivo, o Judiciário e o Legislativo para emular o fausto dos potentados árabes do petróleo. Mas o presidente Lula está com a consciência tranqüila. Afinal, 11 milhões das famílias mais pobres do Brasil recebem o Bolsa-Família”. Agora, você sabe porque o governo faz tanta força para prorrogar o CPMF. E você continua achando que não se trata de uma corja.

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