domingo, 30 de maio de 2010

Ninguém é Mais Dilma do Que Tasso e Aércio


Os jornais, os donos das versões e não dos fatos, já veicularam a versão de Tasso Jereissati também se negando, embora nem tivesse ainda sido convidado, a ser o vice de José Serra. Com aliados como esses, Serra já pode encomendar o pijama da aposentadoria e Dilma Roussef nem precisava que Lula fosse seu carro elétrico. Enquando a petista tinha vários partidos e nomes disputando vaga de vice, no ninho tucano todo mundo foge da indicação como o diabo foge da cruz. Qual a leitura que fica? É Serra abaixo. Mais uma vez, Jereissati é responsável pela derrocada tucana. Ele já foi falso à bandeira na primeira campanha de Serra e na campanha de Geraldo Alckmin e agora repete o jogo. Desta vez Jereissati tem aliados até mais fortes: Aécio Neves e o Democratas, que tem seu presidente, o fraco Rodrigo Maia, acusado de envolvimento no mensalão do DF. Precisa mais? Claro que José Serra vai tentar amenizar o baque, passando a impressão que o vice não tem lá essa importância toda e poderá nem ser apresentado na convenção. Assim, ele busca evitar qualquer polêmica e exploração e ganha tempo para buscar nomes ou tentar convencer (ou pelo menos segurar) os deletérios a cumprirem um papel mais relevante ou repensarem.

DEM E PSDB-CE RESPIRAM ALIVIADOS

Ao procurar dizer que não aceitaria o improvável futuro convite, Jereissati só quis tranquilizar o seu ninho, que era uma azáfama só com declaração desastrada do presidente e coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra. E como o que dá para rir também dá para chorar, Cid Gomes, governador do Ceará e candidato a reeleição, se possível, eliminando todos os adversários mais fortes, volta ao torniquete do PT, operado para empurrar José Pimentel na segunda vaga ao Senado. Patrícia Saboya (ex-Gomes) volta a solidão que só vislumbra uma disputa para a Câmara Federal.

No passado, quando o PT & companhia era oposição a qualquer que fosse o governo e disputava toda e qualquer eleição, se dizia que a turma da esquerda só se unia na cadeia. Agora PT & companhia não são mais esquerda e estão aparelhados e unidos no poder, enquanto a oposição (PSDB, DEM, PPS etcetera) vive drama existencial e crise de identidade, com jogo duplo em suas disputas eleitorais, pois só consegue se unir mesmo no poder. E aí vale qualquer atitude para segurar qualquer nesga de poder que sobra.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vice Que Não Ajuda, Atrapalha

Aécio Neves, do alto do seu apurado espírito público (o próprio umbigo) está fora mesmo da eleição presidencial. Definitivamente não aceita ser o vice de Serra. Com o revés, Serra e seus grupo teve de engolir em seco e partir para outras opções. Tasso Jereissati', que só pensa em ser senador (o clube é realmente sedutor), é lembrado, junto com Beto Richa (PSDB) e Dornelles (PP), opções que enfraquecem a candidatura Serra. Até a convenção nacional, marcada para dia 12 de junho, muita água vai passar sob a ponte. E, aqui no Ceará, o governador Cid Gomes e seu irmão mais velho, Ciro Gomes, e muita gente mais (do PT, PMDB, PDT etc.) torcem para que Jereissati seja o escolhido e aceite. A vaga dele ficaria escancarada para Pimentel? Ou para Patrícia Saboya (ex-Gomes)? Até mesmo o insosso Lúcio Alcântara, se tivesse coragem, poderia entrar no jogo. Só quem não está muito alegre é o pessoal do DEM, porque aí perderia a vaga de primeiro suplente e seu presidente, Chiquinho Feitosa, se veria empurrado para enfrentar ele mesmo uma candidatura, talvez a deputado estadual. E agora, Jereissati? Só há uma certeza em todo esse imbróglio: a candidatura Serra perde força com Aécio de fora.


ICASA É SEGUNDA FORÇA

Com o Ceará hoje no G-4 da primeira divisão do futebol brasileiro, o Icasa, participando da segundona, é verdadeiramente a segundo força do futebol cearense. O resto luta pelo ascenso. Só isso. Festa e mais festas por campeonatos que não têm mais significado, como os regionais, e amistosos internacionais caça-níqueis, funcionam como consolo ou desculpa de jacu, como se dizia no passado.

FREUD EXPLICA

Propaganda espírita vai ser investigada a pedido do Ministério Pública. Estava na cara o desrespeito à legislação eleitoral. O pior foi desrespeito à decisão judicial que proibia a continuidade da veiculação. Mesmo assim os poderosos (como dizia o deputado, que já foi senador, Mauro Benevides) continuaram a colocar o VT espírita no ar. Nele, o governador do Ceará, Cid Gomes, fala como presidente do partido (PSB), elogiando ele mesmo como governador. Pode Freud?


O FICHA LIMPA ALCANÇA?

Justiça reconheceu o envolvimento do deputado estadual Carlomano Marques (PMDB-CE) por desvio de verbas federais, em 1992. Infelizmente, com a demora na formalização da culpa o crime já estava prescrito. Tudo bem (bem mesmo, não), mas vale perguntar se ele pode ser alcançado pelo Ficha Limpa? Claro que não. Por sinal, todos estão evitando falar ou sofismando sobre o assunto, mas a verdade é que o senador Dornelles (PP), o mesmo que é lembrado agora para vice de Serra, acabou com o Ficha Limpa ao apresentar, e ser aprovada, uma correção no texto, retirando a expressam "que tenham" (sido condenados) e colocando no lugar "que forem" (condenados). Ou seja, todos que foram condenados estão livres. Somente serão alcançados pelo Ficha limpa os que forem condenados a partir da aprovação da lei. Até o Fernandinho Beira-Mar comemorou.


SÓ PUXÃO DE ORELHAS?

O TCM concedeu parecer favorável às contas de governo da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), referentes ao ano de 2006. O conselheiro Francisco Aguiar, relator, apresentou documentação em que a Prefeitura explicou supostas irregularidades, apontadas pelo Ministério Público de Contas. Foram três votos a favor e uma abstenção. O parecer do Tribunal agora segue para apreciação dos vereadores, que certamente vão aprovar tudo, com bastante louvor, que o diga do vereador Machadinho, do DEM, que estava com Moroni, nas últimas eleições, mas votou mesmo foi na petista (foto abaixo). Apesar da aprovação das contas de governo de 2006, o relator Francisco Aguiar disse que a Prefeitura é "desorganizada" e precisa de mais zelo com suas contas. Sei não, mas parece que alguém abriu as pernas, pois passar pito não papel do TCM

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fortaleza Apavorada e Turismo em Baixa

Os números da pesquisa do PNUD mostram que vivemos em uma cidade apavorada pela violência. A insegurança, que já foi um problemas dos pobres e por isso não foi combatida adequadamente, atinge agora todos os segmentos sociais. Ningúem está a salvo. 92,25% acham que a violência continua crescendo. 20% da população do Ceará já foi agredida fortemente uma vez e 7,09 mais de uma vez. São percentais absurdamente altos, que demonstram da incapacidade (ou incompetência) de o aparato de segurança pública do Estado de combater o avanço afoito da criminalidade. Nas eleições de 2006, o atual governador foi eleito com uma proposta (Ronda do quarteirão) para resolver a questão da violência. Estamos quase no final do mandato dele, muito dinheiro e discurso foi gasto, e até agora violência só cresceu. Uma nova eleição está às portas, o quê fazer? Está provada a incompetência. O crime, apesar do avanço, tem sido combatido com sucesso em alguns Estados. No Recife, por exemplo, com peruas da Volks e um plano de ação social, como aconteceu na Colômbia e era a proposta de Moroni nas eleições passadas, a máquina pública tem conseguido reduzir os índices do crime. No nosso caso, muito dinheiro público (com Hilux) foi desperdiçado. Só quero ver que proposta será feita na campanha.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quatro Campanhas de Promessas

No almoço que o jornal O Povo ofereceu a José serra, candidato a presidente pelo PSDB, Jereissati falou do trabalho do ex-governador paulista pelo Ceará, como ministro do Planejamento. Mesma conversa que ele usou na última visita de Fernando Henrique Cardoso ao Ceará, na oportunidade para destacar que os paulistas fizeram muito mais por este Estado do que os nordestinos. Sem dúvida, uma verdade que pode ser facilmente constatada. Basta ver que já beirando os oito anos muito pouco ou quase nada o governo Lula, em alinhamento municipal e estadual, trouxe para esta terra, principalmente em termos de obras estruturantes. Algumas casinhas populares e o Cuca da Barra do Ceará. Nem o Hospital da Mulher, que embalou as duas campanhas de Luizianne até agora foi concluído. E ainda se for, não será mais no Governo dele. As campanhas são o cenário perfeito para renovação das promessas, algumas já cansadas, como por exemplo, a refinaria, a siderúrgica, a transposição do São Francisco (em oito anos apenas 10% realizado) e a Transnordestina. Mas o pior mesmo é que, apesar do suborno eleitoral (Bolsa Família & outros programas assistencialistas), os focos de miséria estão presentes e ocupam a paisagem no dia-a-dia de todos nós, alimentando fartamente a violência até agora sempre crescente. Mais grave é que o direito a reeleição imediata paradoxalmente reduz o mandado de todos os governantes em todos os níveis. O modelo é sempre o mesmo, dois anos sem fazer nada (ou melhor, pagando as contas de campanha), o terceiro planejando e licitando e no último a abertura de canteiros de obras estrategicamente espalhados. No governo seguinte, ganhando ou perdendo, algumas obras são concluídas e outras se arrastam a cata de recursos que quase nunca chegam. Lembram da ponte do Sabiaguaba e do Metrofor? No social, o quadro pior. Filas nos hospitais públicos (e até nos planos de saúde, como Unimed), fila da morte no IJF, falta de remédio, postos de saúde sem médicos ou com atendimento precário, falta de moradia. É como se o Bolsa fosse uma panacéia. E não é. Situações como a que você pode ver no vídeo abaixo infelizmente perduram no cotidiano das nossas cidades.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Papel do Jornalismo

Blogs de mera informação pululam na Internet. São tantos que o problema é selecionar a boa informação. Este blogdoerivas não tem preocupação com quantidade de informação. Tem por objetivo somente o aprofundamento dos fatos, indo aos antecedentes e às consequências, com um olhar crítico. Em verdade, será este o papel futuro dos jornais impressos, pois não dá para competir com o volume e a instantaneidade da Internet. É mais difícil, claro. E também mais caro. Por isso, nossos jornais não passam de um rol de matérias do dia anterior, quase sempre sem nenhum aprofundamento de detalhes e juízo crítico. Evidente que o jornalismo, como disse Mariano Grondona, do La Nación, não existe para apoiar ou substituir os detentores do poder, pois seu papel na democracia é ser um “contra-poder”, ou seja, um dos freios sociais mais eficazes para limitar o poder do Estado, cuja tentação natural é o autoritarismo. Assim, as duas principais ferramentas são, de um lado, a informação para fazer conhecer o que os poderosos procuram esconder, e do outro lado, a crítica, para revisar com independência o que dizem e decidem os poderosos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Desespero é Mau Conselheiro

O festival de absurdo já começou. No programa eleitoral do PT nacional na TV, na quinta-feira, dia 13 de maio, dia de Nossa Senhhora de Fátima, Lula extrapolou, como sempre faz, a sua fala na defesa de Dilma Rousseff, sua candidata. Cometeu o desplante de comparar a distinta senhora com o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que passou a maior parte da vida dele na prisão por lutar contra o apartheid. O objetivo ficou claro. As notícias sobre os cometimentos, através de atos da violentos, da senhora Dilma durante a ditadura preocuparam os coordenadores e maketeiros da campanha. Daí, veio o remédio, ou a vacina: abordar o assunto agora para limpar a área no futuro, ou seja quando chegar o horário gratuito da campanha. O pior de tudo foi o desrespeito proposital do PT e do presidente da República à lei, pois o programa do partido se transformou numa plena peça de campanha eleitoral antecipada. A tanto leva o desespero!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chico Xavier na Moda


Está deveras interessante a participação do governador do Ceará no horário eleitoral gratuito do partido (PSB) na TV. Aparentemente, para atender a legislação, ele aparece como presidente do partido prestando contas do trabalho do governador do Estado (ele mesmo) como se não fosse ele e sim outra pessoa. É confuso, parece um sessão espírita. Lembrei de algumas cenas do filme de Chico Xavier.

A Evolução do Político

O momento (ou a oportunidade) determina o comportamento do político? Veja o trecho do livro "Vidas cruzadas", que será publicado em breve por Erivelto de Sousa e tire suas conclusões:

_____"A primeira reunião, da qual somente participaram os integrantes do primeiro time, foi realizada na casa de Sérgio Machado (Villejack Jeans), na rua Coronel Jucá com Santos Dumont. Uma casa que fora do empresário Bichucher e estava sob a posse da Caixa Econômica para ser leiloada[1]. O resultado dessa reunião foi um documento rascunhado em máquina de escrever Olivetti, que ficou denominado de “primeiro desenho de briefing para fundamentar a Campanha Tasso”. O rascunho tinha o seguinte conteúdo:

_____“Trata-se do maior desafio da História Política do Ceará. Um empresário jovem aparece no cenário para derrubar a oligarquia dos coronéis que dominam a política do Estado. Inquestionavelmente, trata-se de uma disputa entre o velho e o novo, o passado, e presente e o futuro (estes últimos representados por Tasso). Tasso é o Brasil Novo, o Brasil do Plano de Estabilização Econômica, o Brasil do capital produtivo, o Brasil do Trabalho.

_____Nesse sentido, Tasso Jereissati representa a redenção do Ceará, a possibilidade de lançar o Estado nas portas do futuro. Encarnando esse espírito de modernidade e trabalho, Tasso é a única alternativa para tirar o Estado das amarras que o prendem a uma visão paternalista, clientelista e caracterizada por currais eleitorais.

_____Tasso tem um discurso claro: trabalho, competência, honestidade, obras voltadas para o desenvolvimento social. Obras que atendam verdadeiramente às necessidades de um povo que foi enganado com promessas de obras mirabolantes, grandiosas, mas de pouco teor social. Voltar-se-á Tasso para os pequenos. Seu compromisso será com os pobres. Nesse sentido, procurará fazer um governo ouvindo o povo, suas necessidades. Os tecnocratas de plantão não terão vez no seu governo, porque seus planos mirabolantes não se assentam na realidade.

_____Um conjunto de obras pequenas, mas extremamente necessárias, marcará seu governo.

_____Sua proposta de municipalizar o Governo fundamenta-se na visão simples do governante que não se deixa encantar e se seduzir pelas obras de fachada.

_____Procurará desenvolver a microempresa, como forma de ampliar o rol de possibilidades industriais e comerciais do Estado e de aumentar substancialmente o número de empregos.

_____Sua preocupação é consertar um Estado quase ingovernável. Plantar as sementes de um desenvolvimento, sanear. Como um governo que se preocupará com programas vindos do povo, certamente focará sua administração para as áreas de saúde, da habitação, da educação.

_____No campo, dedicará especial atenção à eletrificação rural, partirá para obras de apoio que permitam oferecer ao município a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento auto-sustentado.

_____Sua modernidade não é sinônimo de desconhecimento. É empresário bem sucedido, que procura consolidar com muito trabalho e obstinação suas atividades empresariais.

_____Como ingressante na política, não tem os vícios dos políticos tradicionais.

_____Acha que não se deve encarar a questão da reforma agrária como simples distribuição de terra. É importante analisar o processo em seu todo, a questão da comercialização dos produtos agrícolas, da assistência ao agricultor, do armazenamento, da água para a irrigação.

_____Escolherá pessoas competentes, honestas e passará a nomear pessoas através de concurso público.

_____Tasso é, enfim, o protótipo do homem necessário aos novos tempos. É o candidato ideal para o eleitor fiscal, o eleitor que cobra de seus governantes.

_____Atacando a miséria por todos os lados, falará franco ao seu povo. Fará um governo transparente, límpido, aberto a críticas e a sugestões.

_____Participará ativamente do processo MUDA BRASIL de Tancredo/Sarney. Mudou o Brasil, mudará o Ceará com Tasso Jereissati: essa é a mensagem básica que a campanha deverá trazer.

_____Procurar aliar a Sarney, de forma indireta, com Tasso, fazendo com que sua aprovação se some ao nome de Tasso.

_____O visual deve ser moderno, agradável, limpo, claro, aproveitando os aspectos visuais de Tasso, que deve apresentar-se de forma jovial, impregnando os valores de confiança, credibilidade, fortaleza (força), fiscalização, compromisso com o novo, futuro, honestidade, capacidade de trabalho, simplicidade: arregaçando as mangas para construiu um novo Ceará, com o povo humilde, com as classes consumidoras, com a classe média, com o Interior".


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[1] A casa, por sinal, foi objeto de uma pendenga entre Beni Veras e Sérgio Machado. Beni, no leilão, depois anulado, chegou surpreendentemente a fazer um lance, para desgosto de Machado, que não esperava isso do amigo. O grupo se unia nos objetivos, mas era marcado por disputas intestinas, inclusive entre os primos Sérgio, Assis e Jaime Machado. Sérgio foi o “primeiro ministro” de Tasso no primeiro governo. Foi derrubado no seu objetivo de ser candidato à sucessão pelo próprio grupo, tendo o primo Assis (junto com Byron Queiroz, um executivo que serviu por muitos anos ao grupo Macedo e depois presidiu o BN) como um dos articuladores de sua queda.

sábado, 8 de maio de 2010

Como Ter Mandato Sem Votos?

A resposta é fácil. Basta ter dinheiro e comprar uma vaga de suplente (a primeria, é claro). Fazer um bom acordo (não o acordo que Esmerino Arruda fez com Sergio Machado. Não assumiu um dia) e esperar, e ainda, enquanto isso, com o direito de rezar para o titular ser afastado por falta de decoro ou morrer. O Congresso está cheio de gente (quase um terço dos 81 senadores) que não recebeu voto. No Ceará, Chiquinho Feitosa está quebrando todas as barreiras para ser o primeiro suplente de Jereissati e agora é Deusmar (Payless, ou chupada!) Queiroz quem está disputando a $ a vaga pelo PRB. Vale muito. Vale im(pu)unidade. E o eleitor...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Debate: Nada a Acrescentar


Insosso o primeiro debate entre três do pré-candidatos (Serra, Dilma e Marina). O problema para Serra e Marina é que nesse caminho a fraca Dilma leva vantagem. Marina quis ser diferente, encarnando a terceira via, enquanto Serra e Dilma ficaram com discursos muito parecidos. Serra, não é por aí.


NOVELA, SÓ NOVELA.

Viver a vida foi a pior novela que a Globo veiculou no horário nobre das oito. Ridículo o cara (antropófago) numa festa de casamento de uma filha com a presença de quase todas que ele traçou. Infelizmente a emissora concorrente maior explora a miséria do povo através da religião, que foi inventada pelo homem para exercer a dominação.

PT Desde Novinho


Mestre em se fazer de defunto para enganar o coveiro, o ex-senador Sergio Machado, atual presidente da Transpetro, duas vezes responsável pela derrota de Moroni para a Prefeitura de Fortaleza, até que ensaiou uma candidatura a deputado federal (pelo Ceará ou pelo Rio de Janeiro, onde trabalha e ganha dinheiro). Depois fez silêncio. Parace que preferiu apostar as fichas em Dilma Rousseff (leia-se Lula) na espera de prolongar sua estada na Transpetro. SM é um executivo que só dá certo nas empresas públicas. Nas dele ou do pai, foi um fracasso. Lembram-se na Villejack Jeans ou do GEO? Machado é do PMDB e tem no senador alagoano, Renan Calheiros, o seu maior fiador.

Campanha ao Senado Toma a Pauta


O jogo está se tornando um verdadeiro torniquete de Tasso Jereissati (PSDB) e de Eunício Oliveira (PMDB) no braço do governador Cid Gomes. Eles querem que o governador pressione o PT nacional (porque o PT Ceará já disse que não abre mão) para retirar a candidatura do ex-ministro Pimentel ao Senado, como compensação pelo expurgo de Ciro Gomes da disputa nacional. Sendo assim, ficaria a dobradinha Jereissati-Oliveira com o apoio do governador & Cia. O restante não interessa. Não se poderia esperar outra coisa da dupla. Enício é um oportunista (só) conhecido que enxerga somente o próprio umbigo e Jeressati rifa quem aparecer pela frente para conseguir renovar seu mandato. Agora, prezados cidadãos de alto espírito público não esqueçam de combinar com o eleitor.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Risco do Arrastão Eleitoral

Eleição de candidato único só existe em regimes de exceção. Em democracias, mesmo que sejam eleitorais, sempre abrem espaço para surpresas. Tal situação, quando ocorre, é caracterizada pelo crescimento de um nome outsider no desenvolvimento final da campanha. O cenário que tece a trama é sempre de crise, seja econômica, administrativa ou, principalmente, política. Foi assim com Collor de Mello, com a primeira eleição de Chávez, na Venezuela (crise ecnômica) e com Fujimori, no Peru.

Podemos colocar no mesmo caldeirão, puxando para o regional, a primeira eleição de Tasso Jereissati para o Governo do Estado do Ceará (crise marcada por um nome que pensava ter o domínio do processo eleitoral) e as eleições de Maria Luiza (desgaste profundo das lideranças que ocupavam a cena) e de Luzianne Lins (crise política) para a prefeitura de Fortaleza.

A corrência de tal caso ocorre em decorrência da existência, que pode se manifestar ou não, dos Territórios Não Mapeados (TNM), tese desenvolvida pelo professor John Curtice, da Universidade Strathclyde, em Glasgow. Os TNMs “são faixas do eleitorado que as pesquisas não conseguem detectar antes que a própria campanha eleitoral relacione estes "territórios não mapeados" (TNM) com um candidato cuja imagem corresponda às expectativas dos eleitores destes segmentos, sejam eles contínuos ou descontínuos”.

No Brasil, este ano, é pouco provável a ocorrência de TNM. As condições necessárias não são identificáveis. Marina Silva, apesar da exposição com o PV, não movimentará um TNM, espaço já ocupado pelos dois nomes mais fortes presentes na eleição e notadamente através de Lula, que acerta ao tentar casar a sua imagem à de sua candidata.

O Ceará sustenta as condições para a ocorrência de um TNM, mas, repetimos, a existência de um TNM não garante que ela vá se expressar. É necessário um candidato que se identifique com as expectativas dos eleitores, o que, no caso do Ceará não há, ainda. As vezes um TNM dispara mas não chega ao final. Um desepenho mediocre trava a onda de crescimento. Outras vezes o TNM pode embocar nos votos brancos e nulos, no caso do Brasil em que o voto é obrigatório. A informação que me despertou para a mobilização de um TNM me foi dada por uma liderança da região de Limoeiro: “lá o atual governador, hoje, perderia para os votos brancos e nulos”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lágrimas de Crocodilo

A imprensa rendida (salvo alguns segmentos) registra que Lula, nos três eventos das centrais sindicais, promoveu INDIRETAMENTE a candidatura de Dilma Rousseff. Foi escancaradamente e ao arrepio da lei que ele promoveu a candidata do terror. É essa atitude que me assusta: o desrespeito deliberado cínico à lei. Veja mais uma vez (se você viu) o que ele disse: "... é preciso mais tempo, mas com sequenciamento. (depois, voltando-se para a candidata, que ouvia tudo com cara de Amélia) Dilma, você ouviu o que eu disse?" Será que neste país, a Justiça além de cega está amordaçada? Em seguida, Lula chegou a chorar ao dizer que aquela era a sua última participação como presidente. Sem preocupação presidente, dinheiro nunca mais vai lhe faltar.


LULA, CANDIDATO INDIRETO

Mais uma vez ficou claro o objetivo de Lula: ser o candidato contra Serra. Dilma seria (já o é) o boneco de saia que teria o registro junto ao Tribunal Eleitoral. Vai decorar dois ou três discursos água com açúcar, pois não tem competência para fazer mais do que isso, e deixar o restante com Lula, se o adversário principal morder a isca. Preste atenção na estratégia traçada:
  1. Eliminação dos principais concorrentes (Ciro foi a principal vítima, embora tenha sido uma anta boquirrota no seu pleno de ação);

  2. Transformar a eleição em um plebiscito. O eleitor não escolheria diretamente Dilma ou Serra, mas sim o modelo (FHC ou Lula). Assim, Dilma encarnaria Lula e Serra seria o Chico Xavier de Fernando Henrique Cardoso;

  3. Fortalecer sua já muito forte força pessoal através da prestação de contas das obras feitas e das que agora são iniciadas ou prometidas, estabelecendo, é claro, uma comparação aberta com o que fez ou deixou de fazer FHC;

  4. Tirar sua Candidata de qualquer foco mais sério (só iria nas boas), pois sabe ele que Dilma é fraca de TV, de discurso e de carisma.
Dilma, até agora, tem representado mais o papel da Ofélia (personagem de humor da Globo), pois quando abre a boca é um desastre. Claro que será exaustivamente treinada e que deverá melhorar seu desempenho, mas sabem todos da tribo petista que não será suficiente.

Seus adversários não terão dificuldade para identificar a estratégia petistas. Já o fizeram. Mas o problema é como fazer para não cair na óbvia e sedutora armadilha. Melhor dizendo: como ser antilula sem ser antilula. Há caminhos...


O MANJADO CANTEIRO DE OBRAS

Não só o presidente Lula vai prometer e abrir canteiros de obras. No Ceará, a estratégia já está em curso com força total, com apoio de uma mídia abusiva (os meios de comunicação estão exultantemente sedados). Nem precisava tanta propaganda. Basta sair com destino ao Porto das Dunas ou ao Aracati para perceber tudo. Pedaços de estradas, algumas já com asfalto, estão espalhados ao longo dos dois percursos. Todos sabemos que são obras que não vão ser concluídas neste atual período de governo e nem no próximo, pois logo depois da eleição elas (as obras: estradas, Centro de Eventos e outras) vão parar por mais dois anos. Cid Gomes incorporou e aperfeiçoou a estratégia eleitoral de Juracy Magalhães, que só administrava por dois anos dos quatro. Atabalhoadamente, Luzianne fez o mesmo. Ganhou duas eleições com o Hospital da Mulher, que até hoje não passa de um canteiro. A cantilena é manjada. O eleitor pode, já cansado, perceber que as obras em curso podem ser concluídas por qualquer um que seja eleito.

O PREÇO DA TRAIÇÃO

Em processo de desencanto com uma recandidatura, Patrícia Saboya (PDT) diz que votará em Marina Silva (PV), uma vez que Ciro saiu (foi expurgado) da disputa. Sonha em reeditar uma dobradinha com Jereissati, mas sabe que é um sonho improvável. Sobra para ela, entregar seu destino ao ex-marido (talvez com uma candidatura a deputada federal) e dar cutucadas no ex-cunhado. Está criticando o desempenho de Cid Gomes na área social e as manobras para alijar a oposição. Disse que torce por uma reeleição do ex-cunhado, que não votou nela na postulação à Prefeitura em 2008, mas não cantou o voto.