domingo, 30 de maio de 2010
Ninguém é Mais Dilma do Que Tasso e Aércio
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Vice Que Não Ajuda, Atrapalha
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Fortaleza Apavorada e Turismo em Baixa
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Quatro Campanhas de Promessas
No almoço que o jornal O Povo ofereceu a José serra, candidato a presidente pelo PSDB, Jereissati falou do trabalho do ex-governador paulista pelo Ceará, como ministro do Planejamento. Mesma conversa que ele usou na última visita de Fernando Henrique Cardoso ao Ceará, na oportunidade para destacar que os paulistas fizeram muito mais por este Estado do que os nordestinos. Sem dúvida, uma verdade que pode ser facilmente constatada. Basta ver que já beirando os oito anos muito pouco ou quase nada o governo Lula, em alinhamento municipal e estadual, trouxe para esta terra, principalmente em termos de obras estruturantes. Algumas casinhas populares e o Cuca da Barra do Ceará. Nem o Hospital da Mulher, que embalou as duas campanhas de Luizianne até agora foi concluído. E ainda se for, não será mais no Governo dele. As campanhas são o cenário perfeito para renovação das promessas, algumas já cansadas, como por exemplo, a refinaria, a siderúrgica, a transposição do São Francisco (em oito anos apenas 10% realizado) e a Transnordestina. Mas o pior mesmo é que, apesar do suborno eleitoral (Bolsa Família & outros programas assistencialistas), os focos de miséria estão presentes e ocupam a paisagem no dia-a-dia de todos nós, alimentando fartamente a violência até agora sempre crescente. Mais grave é que o direito a reeleição imediata paradoxalmente reduz o mandado de todos os governantes em todos os níveis. O modelo é sempre o mesmo, dois anos sem fazer nada (ou melhor, pagando as contas de campanha), o terceiro planejando e licitando e no último a abertura de canteiros de obras estrategicamente espalhados. No governo seguinte, ganhando ou perdendo, algumas obras são concluídas e outras se arrastam a cata de recursos que quase nunca chegam. Lembram da ponte do Sabiaguaba e do Metrofor? No social, o quadro pior. Filas nos hospitais públicos (e até nos planos de saúde, como Unimed), fila da morte no IJF, falta de remédio, postos de saúde sem médicos ou com atendimento precário, falta de moradia. É como se o Bolsa fosse uma panacéia. E não é. Situações como a que você pode ver no vídeo abaixo infelizmente perduram no cotidiano das nossas cidades.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
O Papel do Jornalismo
quinta-feira, 13 de maio de 2010
O Desespero é Mau Conselheiro
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Chico Xavier na Moda
A Evolução do Político
_____"A primeira reunião, da qual somente participaram os integrantes do primeiro time, foi realizada na casa de Sérgio Machado (Villejack Jeans), na rua Coronel Jucá com Santos Dumont. Uma casa que fora do empresário Bichucher e estava sob a posse da Caixa Econômica para ser leiloada[1]. O resultado dessa reunião foi um documento rascunhado em máquina de escrever Olivetti, que ficou denominado de “primeiro desenho de briefing para fundamentar a Campanha Tasso”. O rascunho tinha o seguinte conteúdo:
_____“Trata-se do maior desafio da História Política do Ceará. Um empresário jovem aparece no cenário para derrubar a oligarquia dos coronéis que dominam a política do Estado. Inquestionavelmente, trata-se de uma disputa entre o velho e o novo, o passado, e presente e o futuro (estes últimos representados por Tasso). Tasso é o Brasil Novo, o Brasil do Plano de Estabilização Econômica, o Brasil do capital produtivo, o Brasil do Trabalho.
_____Nesse sentido, Tasso Jereissati representa a redenção do Ceará, a possibilidade de lançar o Estado nas portas do futuro. Encarnando esse espírito de modernidade e trabalho, Tasso é a única alternativa para tirar o Estado das amarras que o prendem a uma visão paternalista, clientelista e caracterizada por currais eleitorais.
_____Tasso tem um discurso claro: trabalho, competência, honestidade, obras voltadas para o desenvolvimento social. Obras que atendam verdadeiramente às necessidades de um povo que foi enganado com promessas de obras mirabolantes, grandiosas, mas de pouco teor social. Voltar-se-á Tasso para os pequenos. Seu compromisso será com os pobres. Nesse sentido, procurará fazer um governo ouvindo o povo, suas necessidades. Os tecnocratas de plantão não terão vez no seu governo, porque seus planos mirabolantes não se assentam na realidade.
_____Um conjunto de obras pequenas, mas extremamente necessárias, marcará seu governo.
_____Sua proposta de municipalizar o Governo fundamenta-se na visão simples do governante que não se deixa encantar e se seduzir pelas obras de fachada.
_____Procurará desenvolver a microempresa, como forma de ampliar o rol de possibilidades industriais e comerciais do Estado e de aumentar substancialmente o número de empregos.
_____Sua preocupação é consertar um Estado quase ingovernável. Plantar as sementes de um desenvolvimento, sanear. Como um governo que se preocupará com programas vindos do povo, certamente focará sua administração para as áreas de saúde, da habitação, da educação.
_____No campo, dedicará especial atenção à eletrificação rural, partirá para obras de apoio que permitam oferecer ao município a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento auto-sustentado.
_____Sua modernidade não é sinônimo de desconhecimento. É empresário bem sucedido, que procura consolidar com muito trabalho e obstinação suas atividades empresariais.
_____Como ingressante na política, não tem os vícios dos políticos tradicionais.
_____Acha que não se deve encarar a questão da reforma agrária como simples distribuição de terra. É importante analisar o processo em seu todo, a questão da comercialização dos produtos agrícolas, da assistência ao agricultor, do armazenamento, da água para a irrigação.
_____Escolherá pessoas competentes, honestas e passará a nomear pessoas através de concurso público.
_____Tasso é, enfim, o protótipo do homem necessário aos novos tempos. É o candidato ideal para o eleitor fiscal, o eleitor que cobra de seus governantes.
_____Atacando a miséria por todos os lados, falará franco ao seu povo. Fará um governo transparente, límpido, aberto a críticas e a sugestões.
_____Participará ativamente do processo MUDA BRASIL de Tancredo/Sarney. Mudou o Brasil, mudará o Ceará com Tasso Jereissati: essa é a mensagem básica que a campanha deverá trazer.
_____Procurar aliar a Sarney, de forma indireta, com Tasso, fazendo com que sua aprovação se some ao nome de Tasso.
_____O visual deve ser moderno, agradável, limpo, claro, aproveitando os aspectos visuais de Tasso, que deve apresentar-se de forma jovial, impregnando os valores de confiança, credibilidade, fortaleza (força), fiscalização, compromisso com o novo, futuro, honestidade, capacidade de trabalho, simplicidade: arregaçando as mangas para construiu um novo Ceará, com o povo humilde, com as classes consumidoras, com a classe média, com o Interior".
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[1] A casa, por sinal, foi objeto de uma pendenga entre Beni Veras e Sérgio Machado. Beni, no leilão, depois anulado, chegou surpreendentemente a fazer um lance, para desgosto de Machado, que não esperava isso do amigo. O grupo se unia nos objetivos, mas era marcado por disputas intestinas, inclusive entre os primos Sérgio, Assis e Jaime Machado. Sérgio foi o “primeiro ministro” de Tasso no primeiro governo. Foi derrubado no seu objetivo de ser candidato à sucessão pelo próprio grupo, tendo o primo Assis (junto com Byron Queiroz, um executivo que serviu por muitos anos ao grupo Macedo e depois presidiu o BN) como um dos articuladores de sua queda.
sábado, 8 de maio de 2010
Como Ter Mandato Sem Votos?
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Debate: Nada a Acrescentar
Viver a vida foi a pior novela que a Globo veiculou no horário nobre das oito. Ridículo o cara (antropófago) numa festa de casamento de uma filha com a presença de quase todas que ele traçou. Infelizmente a emissora concorrente maior explora a miséria do povo através da religião, que foi inventada pelo homem para exercer a dominação.
PT Desde Novinho
Campanha ao Senado Toma a Pauta
terça-feira, 4 de maio de 2010
O Risco do Arrastão Eleitoral
Podemos colocar no mesmo caldeirão, puxando para o regional, a primeira eleição de Tasso Jereissati para o Governo do Estado do Ceará (crise marcada por um nome que pensava ter o domínio do processo eleitoral) e as eleições de Maria Luiza (desgaste profundo das lideranças que ocupavam a cena) e de Luzianne Lins (crise política) para a prefeitura de Fortaleza.
A corrência de tal caso ocorre em decorrência da existência, que pode se manifestar ou não, dos Territórios Não Mapeados (TNM), tese desenvolvida pelo professor John Curtice, da Universidade Strathclyde, em Glasgow. Os TNMs “são faixas do eleitorado que as pesquisas não conseguem detectar antes que a própria campanha eleitoral relacione estes "territórios não mapeados" (TNM) com um candidato cuja imagem corresponda às expectativas dos eleitores destes segmentos, sejam eles contínuos ou descontínuos”.
No Brasil, este ano, é pouco provável a ocorrência de TNM. As condições necessárias não são identificáveis. Marina Silva, apesar da exposição com o PV, não movimentará um TNM, espaço já ocupado pelos dois nomes mais fortes presentes na eleição e notadamente através de Lula, que acerta ao tentar casar a sua imagem à de sua candidata.
O Ceará sustenta as condições para a ocorrência de um TNM, mas, repetimos, a existência de um TNM não garante que ela vá se expressar. É necessário um candidato que se identifique com as expectativas dos eleitores, o que, no caso do Ceará não há, ainda. As vezes um TNM dispara mas não chega ao final. Um desepenho mediocre trava a onda de crescimento. Outras vezes o TNM pode embocar nos votos brancos e nulos, no caso do Brasil em que o voto é obrigatório. A informação que me despertou para a mobilização de um TNM me foi dada por uma liderança da região de Limoeiro: “lá o atual governador, hoje, perderia para os votos brancos e nulos”.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Lágrimas de Crocodilo
Mais uma vez ficou claro o objetivo de Lula: ser o candidato contra Serra. Dilma seria (já o é) o boneco de saia que teria o registro junto ao Tribunal Eleitoral. Vai decorar dois ou três discursos água com açúcar, pois não tem competência para fazer mais do que isso, e deixar o restante com Lula, se o adversário principal morder a isca. Preste atenção na estratégia traçada:
- Eliminação dos principais concorrentes (Ciro foi a principal vítima, embora tenha sido uma anta boquirrota no seu pleno de ação);
- Transformar a eleição em um plebiscito. O eleitor não escolheria diretamente Dilma ou Serra, mas sim o modelo (FHC ou Lula). Assim, Dilma encarnaria Lula e Serra seria o Chico Xavier de Fernando Henrique Cardoso;
- Fortalecer sua já muito forte força pessoal através da prestação de contas das obras feitas e das que agora são iniciadas ou prometidas, estabelecendo, é claro, uma comparação aberta com o que fez ou deixou de fazer FHC;
- Tirar sua Candidata de qualquer foco mais sério (só iria nas boas), pois sabe ele que Dilma é fraca de TV, de discurso e de carisma.
Não só o presidente Lula vai prometer e abrir canteiros de obras. No Ceará, a estratégia já está em curso com força total, com apoio de uma mídia abusiva (os meios de comunicação estão exultantemente sedados). Nem precisava tanta propaganda. Basta sair com destino ao Porto das Dunas ou ao Aracati para perceber tudo. Pedaços de estradas, algumas já com asfalto, estão espalhados ao longo dos dois percursos. Todos sabemos que são obras que não vão ser concluídas neste atual período de governo e nem no próximo, pois logo depois da eleição elas (as obras: estradas, Centro de Eventos e outras) vão parar por mais dois anos. Cid Gomes incorporou e aperfeiçoou a estratégia eleitoral de Juracy Magalhães, que só administrava por dois anos dos quatro. Atabalhoadamente, Luzianne fez o mesmo. Ganhou duas eleições com o Hospital da Mulher, que até hoje não passa de um canteiro. A cantilena é manjada. O eleitor pode, já cansado, perceber que as obras em curso podem ser concluídas por qualquer um que seja eleito.
O PREÇO DA TRAIÇÃO
Em processo de desencanto com uma recandidatura, Patrícia Saboya (PDT) diz que votará em Marina Silva (PV), uma vez que Ciro saiu (foi expurgado) da disputa. Sonha em reeditar uma dobradinha com Jereissati, mas sabe que é um sonho improvável. Sobra para ela, entregar seu destino ao ex-marido (talvez com uma candidatura a deputada federal) e dar cutucadas no ex-cunhado. Está criticando o desempenho de Cid Gomes na área social e as manobras para alijar a oposição. Disse que torce por uma reeleição do ex-cunhado, que não votou nela na postulação à Prefeitura em 2008, mas não cantou o voto.