quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quatro Campanhas de Promessas

No almoço que o jornal O Povo ofereceu a José serra, candidato a presidente pelo PSDB, Jereissati falou do trabalho do ex-governador paulista pelo Ceará, como ministro do Planejamento. Mesma conversa que ele usou na última visita de Fernando Henrique Cardoso ao Ceará, na oportunidade para destacar que os paulistas fizeram muito mais por este Estado do que os nordestinos. Sem dúvida, uma verdade que pode ser facilmente constatada. Basta ver que já beirando os oito anos muito pouco ou quase nada o governo Lula, em alinhamento municipal e estadual, trouxe para esta terra, principalmente em termos de obras estruturantes. Algumas casinhas populares e o Cuca da Barra do Ceará. Nem o Hospital da Mulher, que embalou as duas campanhas de Luizianne até agora foi concluído. E ainda se for, não será mais no Governo dele. As campanhas são o cenário perfeito para renovação das promessas, algumas já cansadas, como por exemplo, a refinaria, a siderúrgica, a transposição do São Francisco (em oito anos apenas 10% realizado) e a Transnordestina. Mas o pior mesmo é que, apesar do suborno eleitoral (Bolsa Família & outros programas assistencialistas), os focos de miséria estão presentes e ocupam a paisagem no dia-a-dia de todos nós, alimentando fartamente a violência até agora sempre crescente. Mais grave é que o direito a reeleição imediata paradoxalmente reduz o mandado de todos os governantes em todos os níveis. O modelo é sempre o mesmo, dois anos sem fazer nada (ou melhor, pagando as contas de campanha), o terceiro planejando e licitando e no último a abertura de canteiros de obras estrategicamente espalhados. No governo seguinte, ganhando ou perdendo, algumas obras são concluídas e outras se arrastam a cata de recursos que quase nunca chegam. Lembram da ponte do Sabiaguaba e do Metrofor? No social, o quadro pior. Filas nos hospitais públicos (e até nos planos de saúde, como Unimed), fila da morte no IJF, falta de remédio, postos de saúde sem médicos ou com atendimento precário, falta de moradia. É como se o Bolsa fosse uma panacéia. E não é. Situações como a que você pode ver no vídeo abaixo infelizmente perduram no cotidiano das nossas cidades.

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