domingo, 30 de maio de 2010

Ninguém é Mais Dilma do Que Tasso e Aércio


Os jornais, os donos das versões e não dos fatos, já veicularam a versão de Tasso Jereissati também se negando, embora nem tivesse ainda sido convidado, a ser o vice de José Serra. Com aliados como esses, Serra já pode encomendar o pijama da aposentadoria e Dilma Roussef nem precisava que Lula fosse seu carro elétrico. Enquando a petista tinha vários partidos e nomes disputando vaga de vice, no ninho tucano todo mundo foge da indicação como o diabo foge da cruz. Qual a leitura que fica? É Serra abaixo. Mais uma vez, Jereissati é responsável pela derrocada tucana. Ele já foi falso à bandeira na primeira campanha de Serra e na campanha de Geraldo Alckmin e agora repete o jogo. Desta vez Jereissati tem aliados até mais fortes: Aécio Neves e o Democratas, que tem seu presidente, o fraco Rodrigo Maia, acusado de envolvimento no mensalão do DF. Precisa mais? Claro que José Serra vai tentar amenizar o baque, passando a impressão que o vice não tem lá essa importância toda e poderá nem ser apresentado na convenção. Assim, ele busca evitar qualquer polêmica e exploração e ganha tempo para buscar nomes ou tentar convencer (ou pelo menos segurar) os deletérios a cumprirem um papel mais relevante ou repensarem.

DEM E PSDB-CE RESPIRAM ALIVIADOS

Ao procurar dizer que não aceitaria o improvável futuro convite, Jereissati só quis tranquilizar o seu ninho, que era uma azáfama só com declaração desastrada do presidente e coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra. E como o que dá para rir também dá para chorar, Cid Gomes, governador do Ceará e candidato a reeleição, se possível, eliminando todos os adversários mais fortes, volta ao torniquete do PT, operado para empurrar José Pimentel na segunda vaga ao Senado. Patrícia Saboya (ex-Gomes) volta a solidão que só vislumbra uma disputa para a Câmara Federal.

No passado, quando o PT & companhia era oposição a qualquer que fosse o governo e disputava toda e qualquer eleição, se dizia que a turma da esquerda só se unia na cadeia. Agora PT & companhia não são mais esquerda e estão aparelhados e unidos no poder, enquanto a oposição (PSDB, DEM, PPS etcetera) vive drama existencial e crise de identidade, com jogo duplo em suas disputas eleitorais, pois só consegue se unir mesmo no poder. E aí vale qualquer atitude para segurar qualquer nesga de poder que sobra.

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