O primeiro debate, que foi na WEB, foi morno. Os 10
concorrentes apenas se estudaram na arena da disputa do voto, enquanto
apresentavam, embora ainda com certa timidez, as armas disponíveis. A língua,
no entanto, já apareceu afiada. Algumas lorotas foram soltas sem temor.
Primeiro, foi o candidato apoiado pelo esquema do governo fazer críticas como
se nunca o time dele tivesse feito parte do time da Prefeitura. Poucos dias
atrás time do PSB e time do PT formavam a mesma seleção de
"companheiros". O candidato do esquema da Prefeitura soltou uma
proposta de arrepiar até o cabelo do relógio: dotar de acessibilidade todos os
ônibus que atendem Fortaleza, em 2 anos. É mole? Atualmente só existem 30 ou 40
deles.
terça-feira, 17 de julho de 2012
QUEM INVESTE EM CAMPANHA, TIRA DEPOIS OU JÁ TIROU
O saudoso dom Aloísio Lorscheider dizia que "quem gasta
muito dinheiro em uma campanha política roubou, está roubando ou vai roubar",
quando chegar ao poder. Vixe, gente, é melhor observar direito a campanha, que
não está se apresentando como rica apenas de candidatos (dez). Tem gente que
quer a prefeitura e está esbanjando dinheiro. De onde vem a pujança financeira,
aos "costumes nada foi dito".
DÓI RENUNCIAR À MAMATA
O lobo perde o pelo, mas não perde o vício. O deputado
federal Mauro Benevides (PMDB-CE) prometeu ressarcir à Câmara Federal o valor
pago a Adriano Andrade, funcionário lotado em seu gabinete na Câmara dos
Deputados, mas que trabalhava como gerente de um restaurante no Park Shopping,
em Brasília, pertencente a Carlos Benevides e Gláucia Benevides, filhos do
parlamentar. Vale lembrar que Carlos Benevides foi cassado no passado por
irregularidades,no que ficou chamado como o caso dos "anões do
orçamento".
quinta-feira, 5 de julho de 2012
PRIMEIROS PASSOS DE UMA CAMPANHA SEM DONO
Ainda nem começou oficialmente a campanha eleitoral em
Fortaleza e os candidatos mais ricos e esbanjadores do processo se movimentam à
farta, sem qualquer preocupação com a Justiça Eleitoral e, muito menos, com o
bolso. Tudo bem, começa depois de amanhã, sexta-feira, dia 06 de julho de 2012.
Os outros candidatos, os sem meios e os mais ou menos sem meios, fizeram alguns
movimentos públicos e muitas reuniões para ajustar a equipe e o planejamento. A
farra dos gastos é tão grande que o candidato do governador Cid Gomes anuncia
em júbilo que fará uma campanha toda com tecnologia de ponta: HDV Full, mesmo
que só as TVs Verdes Mares e Jangadeiro recebam nesse novo formato. Está
sobrando e ninguém sabe de qual bolso sai.
Enquanto o reluzente candidato do clã Gomes se movimenta, o
PT parece mergulhar em uma crise e faz reunião de emergência no Marina Park.
Vários são os problemas que vive a cúpula do PT, que tem o comando da prefeita
Luizianne. Um deles, que incomoda, é o silêncio dos caciques sobre a campanha e
o candidato Elmano de Freitas, bancado quase que exclusivamente pela prefeita.
Outro problema inconveniente foi o retorno de três petistas aos cargos no
Governo do Ceará, que representa um racha na bancada petista. E como nada mais têm
a dizer, os candidatos grana muitas ficaram enviando notas sobre seus
marqueteiros, diretores e outras futilidades do gênero. Em uma campanha séria e
honesta, a única estrela é o candidato e o principal conteúdo são as propostas.
terça-feira, 3 de julho de 2012
A PSICOSE DO PODER E DO DINHEIRO
Oligarca[1],
de qualquer matiz, quase sempre, por um desvio de conduta, pensa que é rei e,
às vezes, em grave crise de deolepsia, se acredita possuído por Deus, quase na
mesma conta que os plutocratas[2], em
um terreno eivado de interseção. Ouvi de alguém que ouviu do governador Cid
Gomes e do ex-senador Tasso Jereissati a mesma frase, sem conversa prévia entre
os dois, mas sim por uma mera sintonia, consequência do aprendizado e, claro,
da mesma psicose: o candidato do meu partido é minha primeira opção, o candidato
do partido que tem nos apoiado é a segunda e (fitando intensamente o
interlocutor) você é a terceira. Entendeu?
Significa que nenhum dos dois confia realmente no candidato
do próprio partido, que lançaram, e trabalham com mais duas alternativas para
não "perder" totalmente a eleição. O caso é que alguns acidentes de
percurso complicaram o desenho final das candidaturas. Com o senador Inácio
Arruda, por exemplo, foram duas as situações. A primeira, semelhante ao que aconteceu,
no passado, com Lúcio Alcântara, agora sem rumo e é sem discurso, apenas em
busca de cargos, apoiando a candidatura de Elmano de Freitas. Tasso e Ciro
ofereceram a Lúcio uma vaga no senado para não disputar a reeleição. Lúcio não
aceitou e foi banido do poder. Inácio recebeu a oferta de ser o candidato ao
senado em 2014, não aceitou. Decidiu disputar a eleição. Ficou só. No segundo
momento, Inácio foi estimulado, e até recebeu o apoio "determinado"
do PP, de padre Zé Linhares, porque seria um um contraponto à candidatura de
Moroni (DEM). Com o convite a Moroni para sair somente como vereador, Inácio
foi instado novamente a se alinhar à candidatura do PSB e Padre Zé recebeu
ordem de voltar ao ninho tradicional (apoio ao clã Gomes). Deu errado porque
Moroni decidiu disputar a prefeitura de Fortaleza e Inácio acabou outra vez prejudicado,
ainda que continue como segunda opção. Se arrependimento matasse!
[1]
Oligarca [Do gr. oligárches.] - Substantivo de dois gêneros,
que significa:
1.Partidário da oligarquia.
2.Membro de uma oligarquia.
1.Partidário da oligarquia.
2.Membro de uma oligarquia.
Oligarquia
[Do gr. oligarchía.] - Substantivo feminino.
1.Governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família.
2.Fig. Preponderância duma facção ou dum grupo na direção dos negócios públicos. Novo Dicionário Aurélio.
1.Governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família.
2.Fig. Preponderância duma facção ou dum grupo na direção dos negócios públicos. Novo Dicionário Aurélio.
[2]
Plutocrata [De pluto- +
-crata.] - Substantivo de dois gêneros.
1.Pessoa influente e preponderante pelo seu dinheiro: “Deixá-lo, porém, ó charra geração de plutocratas, que não é com raciocínios de banqueiro que se há de condenar semelhante perdulário.” (Raimundo Correia, Poesia Completa e Prosa, p. 488.)
1.Pessoa influente e preponderante pelo seu dinheiro: “Deixá-lo, porém, ó charra geração de plutocratas, que não é com raciocínios de banqueiro que se há de condenar semelhante perdulário.” (Raimundo Correia, Poesia Completa e Prosa, p. 488.)
sábado, 30 de junho de 2012
O ROLO COMPRESSOR DAS OLIGARQUIAS E A EQUIDADE
Formalmente, as eleições ainda nem começaram. Somente a
partir de 6 de julho próximo pode-se dizer iniciado o pleito que vai escolher
os novos prefeitos das cidades brasileiras. Mas já está todo mundo arranjado.
Todos os políticos escolheram seu lado. Alguns, atendendo a apelos do dinheiro,
de forma direta ou indireta, como aconteceu com o DEM de Maracanaú (é só um
exemplo) mudaram de lado na última hora. Outros, foram traídos e perderam (foi
tomado) o partido ao apagar das luzes das convenções, como também aconteceu em
Maracanaú, que terá uma eleição marcada pelo jogo pesado, como Fortaleza, que
viverá um pleito diferente, com 10 candidatos, sete deles competitivos, mas que
será marcada pelo uso abusivo dos meio$, principalmente pelos candidaturas
bancadas pelos poder instituído, ao arrepio da cega justiça eleitoral.
Não
só os partidos, os políticos, escolheram seus lados. As aparelhadas
instituições e entidades de classe também, por mais que finjam indiferença. Até
a maioria dos veículos de comunicação não conseguem disfarçar suas predileções
bem pagas. Basta ver as charges, matérias e notas de colunas, adocicadas com
uns candidatos, caústicas e até discriminatórias com outros. De qualquer forma,o
time já está em campo e com as regras, boas ou más, definidas. Nenhuma eleição é igual a outra. Pode até carregar
semelhanças diversas, mas nunca será igual, nem nos procedimentos e tampouco no
resultado. A prepotência das oligarquias, seja qual for o matiz, sempre uma
abjeta oligarquia, mostra as armas em grupo (o rolo compressor) em tom de ameaça, o que, por si só, ao olhar de
equidade da lei, já representaria crime. São três meses de luta, quase sempre
desigual, mas que, ao final, poderá mudar o mapa da prosperidade no Ceará e
mesmo no Brasil.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
OS PAUS DE GALINHEIRO DA POLÍTICA
A eleição
deste ano acena com situações inusitadas, que aparecem empurradas pela lei
(Ficha Limpa) e pelo julgamento do "mensalão". A primeira consequência já influi no perfil dos
candidatos que estão sendo lançados: VERIFICA-SE UMA RENOVAÇÃO ÍMPAR. É que os
nomes tradicionais estão com a ficha suja ou na iminência de entrar. Por via
das dúvidas, e para não ter de passar a campanha inteira se justificando, é
melhor lançar alguém novo, de ficha limpa. Quem teimar, vai pagar o preço
com uma derrota.
Outra condicionante
que surgiu e que preocupa as velhas raposas, mais sujas do que pau de
galinheiro, é o JULGAMENTO DO MENSALÃO. Integrantes do PT, principalmente, mas,
em verdade de todos os partidos (uns mais, outros menos) estão com as barbas de
molho porque o tema será predominante na campanha, claro, onde puder ser
abordado, pois em casa de enforcado não se fala em corda. E preste atenção que
o julgamento começa no dia 02 de agosto, pouco antes do horário gratuito da TV
e do rádio. Haja munição. Nega Lula!
Aqui na
Fortaleza, desposada do sol, quem é da turma do MENSALÃO ou FICHA SUJA? Se
puxar no ligação direta ou na consanguinidade, sobra pouco. O Ficha Suja tem uma
relação de mais de 4 mil nomes e o processo do MENSALÃO possui 38 réus (veja
abaixo a relação dos que serão julgados pelo STF), sem esquecer que estão em outros
processos o pessoal da cueca, os sanguessugas, Pessoal do envolvido no mensalão
de Brasília (José Roberto Arruda), o pessoal do Cachoeira e do senador Demóstenes,
o pessoal do DNIT, o pessoal da m..., digo, dos kits sanitários, dos
consignados e o pessoal do golpe dos R$ 300 milhões do ministério da Integração
(Moraisinho & Cia.).
Eis os nomes
dos "mensaleiros" que serão julgados:
Anderson
Adauto (ex-ministro dos Transportes), Anita Leocádia (ex-assessora
parlamentar), Antônio Lamas (ex-tesoureiro do PL), Ayanna Tenório (ex-vice
presidente do Banco Rural), Bispo Rodrigues (ex-deputado do PL), Breno
Fischberg (sócio do Bônus Banval), Carlos Alberto Quaglia (dono da Natimar),
Cristiano Paz (sócio de Marcos Valério), Delúbio Soares , Duda Mendonça (marqueteiro
do PT e da prefeita Luizianne Lins), Emerson Palmieri (ex-secretário do PTB),
Enivaldo Quadrado (sócio da Bônus Banval), Geiza Dias (ex-gerente da
SMP&B), Henrique Pizzolato (ex-diretor do BB), Jacinto Lamas (ex-tesoureiro
do PL), João Cláudio Genu (ex-assessor político), João Magno (ex-deputado do
PT), João Paulo Cunha (ex-deputado do PT), José Borba (ex-deputado do PMDB), José Dirceu, José Genuíno, José Luiz
Alves (ex-assessor político), José Roberto Salgado (ex-diretor do Banco Rural),
Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural), Luiz Gushiken (secretário de
comunicação), Marcos Valério (publicitário), Paulo Rocha (ex-deputado do PT),
Pedro Corrêa (ex-deputado do PP), Pedro Henry (ex-deputado do PP), Professor
Luizinho (ex-deputado do PT), Ramon Hollerbach (sócio de Marcos Valério),
Roberto Jefferson (presidente do PTB), Rogério Tolentino (sócio de Marcos
Valério), Romeu Queiroz (ex-deputado do PTB), Simone Vasconcelos
(publicitária), Valdemar Costa Neto (deputado do PR), Vinícius Samarane
(ex-diretor do Banco Rural), Zilmar Fernandes (sócia de Duda Mendonça).
quarta-feira, 27 de junho de 2012
A DITADURA DA DEMOCRACIA DOS DONOS DO PODER
Quem tem força, manda. E quem tem juízo,
obedece. O clã Gomes dá demonstração de que manda mesmo e quem for contra as
determinações que se quebre, ou que se dane. Veja os exemplos: O "trio
sub", com Roberto Cláudio, Ferrúcio Feitosa e Salmito Filho, estava
juntinho e de mãos dadas na reunião que definiu Cláudio (filho do ex-reitor da
UFC, inelegível por improbidade) como o candidato. Salmito e Ferrúcio não deram
um pio. Para surpresa de todos, o clã e o aliado do PMDB, senador Eunício
Oliveira, chegaram de chapa fechada: Roberto Cláudio e Gaudêncio Lucena
(prazer!) O segundo exemplo está acontecendo com o senador Inácio Arruda, que
se apresentou como candidato do seu partido, o PCdoB-CE. O comunista chegou a
acertar o apoio do PP, do deputado federal Padre Zé Linhares. Mas, só valia o
acerto se houvesse a aliança PSB-PT. Como veio o rompimento, o padre do PP
largou o senador ateu e voltou a rezar na cartilha do clã Gomes. Inácio ficou
só, com pequena estrutura e pouco tempo de TV. Generoso, o clã abre a porta e
convida Inácio e se chegar para apoiar o candidato lustroso, Roberto Cláudio.
Fora disso, é o ostracismo e a solidão. O terceiro exemplo do poder de mando
acontece na eleição de Maracanaú. Inimigo de Roberto Pessoa (PR), o clã Gomes
obrigou o subserviente deputado federal Edson Silva (PSB) a ser vice do
ex-prefeito Júlio César (PSD), até um dia desse impedido de disputar por
improbidade (ficha suja). O clã Gomes quer, a qualquer custo, derrotar Roberto
Pessoa, que perde tempo em segurar o seu misterioso candidato, e tomara que
também não seja um ficha suja. Enquanto não abre mão de jogar pesado na eleição
de Fortaleza e Maracanaú, o clã está sob ameaça na terra natal. Veveu (PT) está
precisando melhorar muito para não perder, em Sobral, para Marcos Prado. Será
por que Veveu é do PT?
terça-feira, 26 de junho de 2012
PR NEGOCIOU O QUE TEM
Para aqueles políticos que se acostumaram a vicejar na
sombra, ficar muito tempo abandonado pelo poder é uma tortura. Lúcio Alcântara
(PR-CE) sempre progrediu ou fez sua carreira sobreviver assim. Por isso nada
mais lógico do que o acordo para apoiar o candidato do PT, definido em reunião
rápida e objetiva com a prefeita Luizianne Lins e o candidato Elmano de Freitas.
Toma lá, dá cá 1 minuto e 56 segundos de TV, pois é só o que o PR pode entregar. A questão do
vice nem entrou em pauta de negociação. Foi barato, pelo risco de derrota.
PSDB, O REINO DA CONSPIRAÇÃO
E por falar em vice,
o PSDB deve ir mesmo de Fernando Hugo, que, pelo menos, tem o verbo, que é
difícil e faz parecer beiradeiro o candidato Marcos Cals. O tucano, que foi
secretário de Cid Gomes (secretário de Justiça) e candidato a governador na
eleição passada), vai para uma eleição de alto risco, pois, se não decolar, e
dificilmente o fará, será "cristianizado". Um resultado pífio
complicará até seu objetivo de manter forte o nome para uma vaga de deputado
estadual.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
É HORA DE TROCAR ATÉ A CUECA
E como só na física forças de iguais sinais se repelem, pois
em política se atraem, como no caso do BNB, do IPU, do TCE, da Secretaria das
Cidades, dos kits sanitários (banheiros da zona rural), que acabaram mostrando
estreita conexão. O certo, aliás, o errado é que comeram o dinheiro para
construir banheiros no zona rural de diversos municípios, senão em todos,
deixando o pessoal do interior no uso da folha-gorda. Muita maldade! O caso dos
kits sanitários, não nesta atual extensão, vem rolando há alguns meses. Até
agora, só a família Teodorico andou perdendo alguma coisa. Claro que a
investigação continuava, como estamos percebendo.
É necessário que o Governo do Ceará tome uma providência
concreta. Está provado que a Secretaria das Cidades está bem envolvida. Jurandir
Santiago era o subsecretário, quando foi para o BNB, e o ex-coordenador de Habitação
da Secretaria das Cidades, Sérgio Barbosa, já está preso. O Governo Dilma
também não pode deixar que o ventilador espalhe toda a sujeira pelos lados do
BNB. Vale uma limpada geral, trocando, inclusive, a cueca.
A ARROGÂNCIA DOS LARÁPIOS
Quem tivesse a oportunidade de observar a importância que
ostentava o prefeito do Ipu, Sávio Pontes (PMDB), nos eventos públicos e mesmo
privados, respondendo a quase tudo com gracejos, agora entende a razão. É um
procedimento padrão dos larápios quando o dinheiro fácil entra de roldão nos
bolsos das calças sempre novas. Acreditam,como o ex-presidente Lula, que nega o
"mensalão", que nunca cairão "nas malhas grossas da lei".
Mas, vez por outra, acontece. O "mensalão será julgado em agosto, mesmo
não tendo existido, como diz Lula, e agora a Justiça aceitou a denúncia contra
os "aloprados". Lembra do caso? Foi na campanha de recandidatura de
Lula, quando foi preso um grupo de petistas que estava com meio milhão de
dólares em um hotel, em São Paulo, para comprar um dossiê contra o enfadonho
José Serra (PSDB). Pois é, Sávio também caiu. Está foragido, mas vai se apresentar
TJ-CE, de onde deverá ser encaminhado para prisão.
Com a aliança com o PT de São Paulo, apoiando Fernando
Haddad, com aval de Lula da Silva, Maluf (e seu PPP) pode cunhar algumas frases
famosas na política, agora, mais do que nunca, em moda. "Estupra, mas não
mata". "Em campanha, o feio é perder". "Em política, o feio
é ser pego".
A PROXIMDADE DO PODER
O ex-governador Lúcio Alcântara realmente não recebeu
convite para ser o vice do Elmano de Freitas. Fui claro ao dizer que ele se
apresentou em uma reunião do PR, do qual é presidente. Disse que o homem, que
não resiste a longos períodos distanciados do poder, tinha perdido o bonde da
história, o que é fato. Você recorda que quando pleiteou continuar no governo
em 2006, Alcântara teimou em também apoiar Lula, arrimado no argumento de que
ocupava a periferia do bloco de apoio ao Planalto. Ferrou-se. Na eleição
passada, quando entrou para concorrer sem qualquer valimento, de novo a cincada.
Que estranhos sentimentos revolvem o âmago do ex-governador para a necessidade
de ostentar proximidade do poder, mesmo que seja uma estrela cadente? Quer seu
oferecimento venha a acontecer ou não, a queimação já existiu.
A HORA E A VEZ DOS FICHAS SUJAS
Se havia qualquer resquício de discernimento em Lula da
Silva as sessões de quimioterapia levaram junto com o câncer que atingia a
laringe do ex-metalúrgico e ex-presidente da República. Seus aliados com juízo
já demonstram preocupação, pois onde Lula põe a mão abre-se uma crise. Foi
assim na denunciada tentativa de suborno ao ministro Gilmar Mendes. Depois, ele
recebeu Cid Gomes e Luizianne Lins, na tentativa de segurar a aliança PT-PSB em
Fortaleza: fracasso. Agora, mais crise, na recusa de Luiza Erundina de aceitar
a vice de Fernando Haddad e ainda no acordo para apoio de Paulo Maluf ao
petista. Os mais ligados a presidenta Dilma Rousseff até respiram aliviados,
dando graças a Deus que o "brinquedo" que Lula encontrou está longe
do Planalto.
A deputada
federal Luiza Erundina (PSB-SP) não dissimulou: desistiu de ser vice na chapa
do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo logo depois do acerto para
receber o apoio do PP do deputado Paulo Maluf (SP), por entender que a rasgada
adversidade petista com o malufismo era apenas uma identidade contida. Por este
mesmo caminho se justifica a atitude do presidente do PR-CE na aliança do PT, e
falta apenas um leve empurrão para que Adauto Bezerra suba no palanque da
"loura". Sabe que tem plena lógica, afinal quem foi o melhor governo
para os banqueiros? O do PT.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
COMPOSTO O TABULEIRO DA SUCESSÃO
Disse em mais de uma oportunidade que Fortaleza viveria este
ano uma eleição de nanicos. O rompimento da aliança PT-PSB, disfarçada, mas
provocada e planejada pelo PSB do clã Gomes, remete o pleito a um patamar de
igualdade inferior, quase um "remake" de 2004. Disse também, e
repito, que sem dinheiro, tempo de TV e estrutura partidária dificilmente se
conquista uma vitória eleitoral.
Assim é que definidos os caminhos, com os obstáculos/planos
conhecidos já de todos, os partidos -mais as lideranças que lhes conduzem como
donos- buscam agora compor a estrutura necessária (dinheiro e tempo de TV, não
precisamente nesta ordem) para viabilizar -ou pavimentar- o caminho da vitória.
O tabuleiro do xadrez eleitoral está quase composto em sua totalidade. Terão
candidatos os seguintes partidos e/ou estruturas políticas:
01. PCdoB, do senador terminativo Inácio Arruda, com PP do
Padre Zé Linhares e alguns minifúndios. Muito pouco, um quase isolamento, e
Padre Zé ainda pode voltar ao seu parceiro original: o clã Gomes. Arruda está
sendo cantado pelo PSB, essencialmente, para sair de campo como disputante para
compor com o elenco do esquema governista, ao qual o comunista se acostumou;
02. PSB e PMDB. Candidato a ser escolhido em lista tríplice
pelo clã Gomes. Vice do PMDB, do senador Eunício, que fez a aliança dos sonhos,
achando que pavimentou sua candidatura ao governo em 2014. Deve ser agregado
ainda o PSD, o governista PTB e outros pequenos. Sobram tempo de TV, meios e
estrutura. Falta candidato. O nome
será escolhido entre os sem votos Roberto Cláudio, Ferrúcio Feitosa e Salmito
Filho. Depois virá a novela de construção do personagem;
03. PT de Luizianne. Ficou em maus lençóis e esbarrará na caríssima
solidão do caixa dois para bancar o marketing do milagre. Conseguiu atrair o "bigode",
apelido do PR, por estar em todos as bocas de poder, mas nunca entrar. Não creio
que Capitão Wagner entre de vice. Seria demais. Seduzirá outros pequenos
partidos para compor a sopa de letrinhas. Com o PR, melhora o tempo de TV, pois
dinheiro e cabos eleitorais importantes não serão problemas. Os votos para dar
a vitória ao subnutrido eleitoral Elmano de Freitas é que são os problemas. É
esperar que o dinheiro farto adube o marketing do milagre de fazê-lo crescer, e
vencer, em um ambiente de promessas não cumpridas e, por isso, também, de pouco
simpatia eleitoral;
04. PDT e PPS, único grupo a ter a chapa já completa: Heitor
Férrer e o sem voto Alexandre Pereira (PPS). É pouco. Falta uma estrutura
maior, tempo de TV e os meios, que serão minguados, por mais que haja promessa
em contrário. Heitor tem confundido as coisas e acha que pode fazer campanha da
tribuna da Assembleia do Ceará, batendo só de um lado, enquanto seu vice acha
que basta apenas adoçar algumas vozes e penas;
05. PSDB, de Marcos Cals e Tasso Jereissati, também está na
solidão. Cals tem o direito. Pagou o pedágio na campanha passada. O diabo é que
ele não evoluiu. Tempo de TV curto, meios disponíveis, mas não disponibilizados,
e estrutura decadente. Ainda conversa com o DEM, de Moroni, mas Cals já pregou
que não abre da candidatura. A união com o DEM, apesar de Chiquinho Feitosa,
seria o melhor caminho da oposição que restou, já que o PR de Lúcio (que só
toma decisões erradas e distanciadas da ética) vai com PT Luizianista e o PPS
tenta se salvar com a meia oposição minada do PDT;
06. DEM. Vive uma inusitada situação de falta de comando, ou
até de excesso de fraco comando. Moroni Torgan é o maior nome do partido. Consegue
a incrível marca de sustentar algo em torno de 25% dos votos de Fortaleza,
apesar de sua ausência do Brasil. Está em missão religiosa em Portugal e só
retorna no próximo dia 30 de junho, prazo final das convenções. Até agora não
conseguiu um parceiro que lhe confira densidade na TV, nos meios e na
estrutura. Conversa atabalhoadamente com o PR e com o PSDB e já recebeu cantada
do PSB (embora negada) para ficar de fora da disputa majoritária. Se vai ou se
fica, é esperar até a convenção, claro, no último dia.
07. PSOL, de Renato Roseno, já fechou parceria com o PCB,
mas nada que dê maior densidade em termos de tempo de TV e meios. Está
acostumado a trabalhar no seu minifúndio e assume espaço cada vez maior. Não
será mero participante.
Podem
surgir outros candidatos de pequenos partidos, que serão meros figurantes da
disputa, com o tempo comum de TV (10 minutos, para dividir com o total de
candidatos, da meia hora que vai ao ar no começo da tarde e à noite). A disputa
será intensa mesmo entre os 6 ou 7 candidatos relacionados. Novos e ruins
capítulos da novela sucessória de Fortaleza, com baixa audiência, acontecerão
nos próximos dias, mas nada que tire este roteiro do eixo.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
E o PT, sob o comando da esperta Luizianne Lins, com mandato
terminativo, tem de se conforma com uma aliança e o vice do insignificante (no
Ceará, principalmente) Partido Verde. Ainda que tente, ela não vai conseguir
reproduzir a situação que a levou à vitória em 2004. situações fenomenais como
aquela só ocorrem uma vez a cada 50 anos, e olhe lá. Agora, é tudo diferente,
até mesmo o insosso candidato por ela apresentado. Se não há milagre, não há
milagreiro. Sei que o cofre público, por via indireta, poderá bancar generosos
pagamentos, mas peço que tenha dó do dinheiro do povo, pois não vai adiantar.
Luizianne,
claro, sabe da dificuldade e já prepara o ambiente e a desculpa. Como boa de
briga, ela vai tentar arrastar o ex-aliado para o deserto de votos em que mergulhou.
Em verdade, a situação de um e de outro é semelhante. É o roto falando do fato
usado. As duas maiores chefias políticos do Ceará decidiram, como possuem
mandatos terminativos, romper os acertos que serviram eleitoralmente, e só aí.
É como se pensassem: 'como não somos nós, quem quiser que construa uma nova
aliança'. O risco, como costuma acontecer nos filmes americanos sobre o velho
oeste, é os dois se eliminarem. Luizianne já desferiu os primeiros balaços e
anunciou que não aceita trégua. Tomara que seja um filme de fim épico, aplaudido
pela plateia, como o escritor Ruy Câmara lembra que acontecia no cine São Luís.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
PIMENTEL, A CABEÇA DE GÓRGONE
Como registramos em comentários anteriores, a turma do PT,
encabeçada pela prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, ficou tiririca (não é o
deputado paulista e tampouco erva daninha) com a alcaguetagem do governador Cid
Gomes (PSB-CE) ao ex-presidente Lula, em São Paulo. Como fez com o ex-senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), o Gomes governador deixou de atender as ligações
telefônicas de Luizianne, conforme ela se queixa, até conseguir o encontro com
Lula da Silva. Pode, ao invés de um giro, ter feito um jirau. A reação dos
petistas está sendo forte e o diálogo promete se tornar muito difícil, senão impossível.
parece sina dos irmãos Gomes cair na lábia de Lula. Foi assim com Ciro na
eleição presidencial passada, quando o mais velhos dos Gomes acreditou na
conversa 171 (estelionato no CP*) de Lula, de que poderia ser o candidato dele
para a presidência ou ao governo de SP. Transferiu sei domicílio eleitoral para
SP e ficou sem eira nem beira. Voltou o domicílio para o Ceará depois do pleito,
calado e com cara de otário, como ele mesmo denominava os brasileiros, quando
foi ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco.
A prefeita Luizianne fez alguma coisa mas não soube cantar.
Está saindo em baixa credibilidade e os Gomes querem sepultá-la (efeito Maria
Luiza, que o mais velhos Gomes conhece bem) para os embates eleitorais
posteriores. Mas se administrativamente foi fraca, politicamente a prefeita é
esperta. Ainda está na memória como ela enfrentou o PT em 2004, arrancando sua
eleição com o enfrentamento ao senador Inácio Arruda, apoiado principalmente
pelo petista Zé Dirceu, cassado por ser chefe do mensalão. Os episódios são similares,
mas nunca se repetem plenamente. Luizianne está irada também pela pesquisa
divulgada e até destaca que tanto os nomes prefeituráveis dela como os dos clã
Gomes são nanicos na preferência eleitoral (todos na faixa de 2%), mas não
deixa de usar a sua cabeça de Górgone para ameaçar o clã, ou seja, o senador
José Pimentel, que tem Sérgio Novais como primeiro suplente. Seja como for, a
novela de péssimo roteiro da aliança PT-PSB terá novos capítulos nos próximos
dias, com a presença do presidente do PT, Rui Falcão, em Fortaleza.
*Art. 171
do Código Penal - Decreto Lei 2848/40 - Obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena -
reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 1º - Se o
criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a
pena conforme o disposto no art. 155.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
BELEZA E OLOR DE PIZZA
A ribombante CPI de Carlinhos Cachoeira caminha com passo
trôpegos. passou em branco no propalado depoimento do ator principal. Usou o
direito de ficar calado, ao lado do gari do PT, ex-ministro da Justiça de Lula,
Márcio Thomaz Bastos, com honorário que cala qualquer consciência- R$ 15
milhões. Depois do "depoimento", elogiado pela mulher do bicheiro, a
enxuta Andressa Mendonça, o forte olor de pizza tomou conta do ambiente, para
gáudio de Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, Lula, José
Dirceu, Genoíno e tantos outros, como os cearenses que se recusaram a votar na
instalação da CPI: Eunício Oliveira (PMDB), Aníbal Gomes (PMDB), Arnon Bezerra
(PTB), Eudes Xavier (PT), José Linhares (PP), Manoel Salviano (PSD), Mauro
Benevides (PMDB) e Vicente Arruda (PR). E eles não poderiam agir diferente,
afinal não se fala de corda em casa de enforcado.
Como nada disse o indigitado ainda que se lhe tenha
perguntado, nada foi acrescentado ao que se propala. A novidade mesmo ficou por
conta da dona de uma loja de lingerie em Goiânia, Andressa Mendonça, a mulher
do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Loura, olhos claros, corpinho violão e um
certo ar de ingenuidade, Andressa foi alçada ao cargo de musa da CPI e ganhou os
noticiários e um convite para pousar na Playboy. Ela é ex-mulher do empresário
Wilder Pedro de Morais, primeiro suplente de Demóstenes Torres. Tudo em casa.
domingo, 20 de maio de 2012
UM BÊBADO SE APOIANDO NO OUTRO
A Fortaleza "bela" é o troféu
Dois bêbedos abraçados, naquela conversa pegajosa,
despedem-se pela enésima vez, tentando, cada um, pegar caminhos diferentes. A
questão é que, sem o apoio um do outro, podem cair. A história é de bêbados mas
bem que parece a novela da aliança PT-PSB para a sucessão da prefeitura de
Fortaleza. O que fazem os integrantes de um partido e do outro é dar um tempo
para que passe a carraspana e as pernas ganhem mais firmeza e que assim possam
chegar em casa sem queda. Não está fácil, porque os dois são ébrios de primeiro
porre.
No PSB e no PT os pré-candidatos se mexem, repetindo os
tradicionais movimentos: alguns eventos, reuniões, visitas a jornais e veículos
eletrônicos. O discurso está na ponta da língua. Só não podem falar de corda em
casa de enforcado; e se tiver de criticar, que seja uma crítica
"construtiva", que não pegue na ferida. Exemplo: Elmano de Freitas
(PT-CE) foi conversar, reservadamente (é bom dizer), com Ivo e Ciro, os dois
integrantes do clã Gomes que, no discurso, rejeitam a manutenção da aliança, e o
agregado Arialdo Pinho. Falou toda a decoreba, menos, é claro, da parte dos consignados. No final, Ivo, para dizer
que é justo, disse que a crítica que faz não é contra nomes, mas ao modelo.
Do outro lado, quem mais se mexe é o deputado presidente da
AL-CE, Roberto Cláudio (PSB), ainda que Ferrúcio, o secretário da Copa, não
perca uma chance de aparecer enfatiotado e com seu cabelo congelado. O governo
Cid deu um generoso adjutório. Colocou na TV, no horário do PSB, os seus pré-candidatos.
Deu até uma sobra para o nômade Edson Silva, que agora quer ser candidato em
Maracanaú.
O discurso que fazem, tanto um lado como o outro, tenta
pegar o que, supostamente, o povo que ouvir, evidente, com a permissão da
chefia. Elmano até arrisca uma independência que não tem, ao considerar responsabilidade
em demasia o slogan “Fortaleza Bela” adotado pela gestão petista. Roberto Cláudio
não disfarça e realinha o discurso feito por Ciro, seu principal mentor. E
Ferrúcio... ainda está decorando.
Muitos outros capítulos virão.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
PESQUISA MOSTRA PRIMEIRO TABULEIRO ELEITORAL
A
primeira pesquisa do Ibope, publicada nos jornais, sobre a sucessão em Fortaleza
reforça o discurso fanfarrão de Ciro, o mais velho integrante do clã Gomes. O
eleitor fortalezense quer mudar tudo por estar empanturrado com o modelo que
lhe é imposto há quase oito anos, e que, efetivamente, não deu a Fortaleza a
cara que o povo queria, ou esperava. Está é uma leitura que está expressa
claramente na pesquisa.
Os números falam claro. Estão
neles as explicações da candidatura do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), da
defesa de candidato próprio (PSB) e dos ataques à prefeita Luizianne Lins, que faz
Ciro Gomes. O mais velho do clã Gomes só contraria (e aí se nivela) a pesquisa
na hora em que apresenta os nomes dos prováveis candidatos do seu partido: Roberto
Cláudio, Salmito e Ferrúcio. São nanicos, no mesmo nível que os apresentados
pela prefeita: Elmano, Guilherme Sampaio e Arthur Bruno. Explique-se que Salmito
e Sampaio não foram incluídos na pesquisa. Nada mudaria. Quando Ferrúcio e
Bruno entram, há uma pequena mobilidade positiva para os dois, mas nada que
entusiasme. Trata-se apenas de um indicativo de maior "recall".
Sinceramente, se há uma coisa que
espanta na pesquisa é a presença do nome de Moroni, que está ausente do Ceará
há quase quatro anos, pois cumpre missão de sua igreja (Mórmon) em Lisboa,
Portugal. Os demais, em maior ou menor escala, estão constantemente na mídia.
Já se esperava o nível de reprovação da prefeita Luizianne pelo fortalezense e
a queda de aprovação do próprio governador Cid, mas não se esperava que o povo
rejeitasse com tanta convicção a permanência da aliança Cid-Luizianne. Será que
o fortalezense está resgatando a identidade do passado, quando só votava na
oposição em relação ao governo?
O cenário que mostra a pesquisa
do Ibope de final de abril não muda muito do que foi captado na pesquisa,
também do Ibope, de meados de Março (não foi registrada no TRE e não pode ser
publicada), a que tive acesso. Há diferenças de nomes. Roberto Cláudio,
Ferrúcio não são pesquisados. Salmito e o senador Pimentel aparecem. Os líderes
são os mesmos, terceiro e quarto também. Na pesquisa anterior, Arruda, em todos
os cenários, oscila entre 31 e 35%. Na atual, oscila (negativamente) entre 25 e
27%. Moroni, Férrer e Cals aparecem nas duas em idênticas posições.
O que tudo isso significa?
Implica que muita variação vai
acontecer a partir do momento em que todos os times entrarem em campo para
valer (a dica é de graça). Inácio achata, mas não baixa tanto, a não ser que
erre, Moroni, se aparecer, segura o índice e pode até crescer, pois ainda tem
capital. Marcos Cals e Heitor Férrer terão muitas dificuldades. Dos candidatos
do PSB e do PT, só o deputado Bruno pode chegar a um patamar inferior de
segundo turno. Os demais vão repetir o desempenho do candidato Aloísio, na
eleição de 2004, a não ser, repito, que se crie, no processo, uma situação como
ocorreu na eleição de 2004, que fabricou Luizianne. Em situação normal, ela não
existiria. Lembra-se?
Vou rememorar. No dia 9 de setembro
de 2004, o DataFolha publica a seguinte pesquisa: Cambraia (PSDB), 28%;
Moroni (PFL), 24%; Inácio Arruda (PCdoB), 23%. Luizianne Lins (PT), que tinha
3%, agora tem 8%, e Aloisio Carvalho (PMDB) foi de 2% para 5%. Você lembra que
Moroni ficou em primeiro lugar e foi com Luizianne para o segundo turno. Tudo
partiu de um erro de Inácio Arruda e de alguns setores, ou alas, do PT. Moroni
foi para um segundo turno sem dinheiro e tendo falado demais (disse que não
queria apoio do Jurubeba e do Cambeba). Só restou a ele o risível apoio
(velado) de Sergio Machado e Eunício Oliveira. O dinheiro prometido não
apareceu. Foi traído e, claro, derrotado.
Pode parecer, mas eleições (situações eleitorais) nunca se
repetem.
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