quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Hora dos Ajustes


Todas as chapas para concorrer a eleição estão formadas. Até José Serra já tem um vice. A verdade é que nunca se perdeu tanto por nada. E o candidato presidencial tucano perdeu mais que todos. Caminhou mal o percurso da escolha e pagou o preço. Composto o quadro, ou postas as peças no tabuleiro, agora começam os movimentos. Estamos no finalzinho da Copa e é este o tempo que todos têm para ajustar a estratégia. Serra trafegou mal até agora. Marina caminhou sem resultado e Dilma surfou nas ondas de Lula, mas precisa de conteúdo, ainda que tenha menos importância que a forma, que lhe dá a vantagem (não me refiro ao que dizem as pesquisas) que sustenta até agora. O gancho de comunicação em cada um vai se pendurar já está posto, embora ainda passe por ajustes. Dilma é Lula e o PAC. Serra é o realizador de obras em São Paulo, o melhor ministro da saúde, tentando provar que pode fazer mais e melhor. Marina fica quase sem nada, imprensada pelos dois discursos similares. Ainda não desincorporou da doméstica, costureira, e mais tarde como professora de história do início da vida profissional. Faz algumas propostas pontuais. Precisa encontrar uma cunha.


O QUADRO NO CEARÁ

É possível dizer que o Ceará tem três candidatos competitivos para disputar o trono ocupado por Cid F. Gomes, recandidato a mais 4 anos. Diferente da campanha nacional, aqui nada se camininhou até as convenções. O tempo foi preenchido com um jogo de sujiga, que sempre parte dos poderosos contra os mais fracos. Jereissati e os Gomes tentaram levar no empurra uma aliança tão ampla que não sobraria nada (só os ananos) para fazer oposição durante a campanha. Seria uma reedição imposta da famosa União pelo Ceará, colocando no mesmo saco UDN, PSD e PTN, numa espécie de pacto que elegeu Virgílio Távora-(UDN) a governador em 1962. A arrogância do Gomes governador acabou ofendendo o aliado mais poderoso, que rompeu o pacto e lançou Marcos Cals, um deputado que servira ao governo Gomes até a desincompatibilização (3 de abril). Foi a senha para Lúcio Alcântara, tirado do governo pelos Gomes, com apoio de Jereissati em 2006, buscar a revanche, colocando ao eleitor a sua candidatura. Só agora, com o fim das convenções, o jogo está fechado e se inicia a campanha para os desafiantes, porque o candidato situacionista está em campanha há tempos, driblan do com facilidades a Justiça eleitoral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário