terça-feira, 20 de julho de 2010
O Mundo do Feeling
A Primeira pesquisa registrada após as convenções, que legitimaram as candidaturas, deixou quase todo mundo satisfeito. Mas é apenas uma pesquisa de intenção de voto a pouco mais de 70 dias da ida às urnas. O modelo é só uma forma de manter as atenções e de oferecer uma panorâmica não muito diferente daquilo que tínhamos visto em pesquisa anteriores às convenções. É um retrato do ponto de partida, que já enganou muita gente. Para o eleitor, está de bom tamanho, pois não lhe cabe analisar desempenhos e possibilidades. Para os candidatos, não traz as respostas que são necessárias na posição de largada. O próprio governador/candidato, Cid F. Gomes, com toda estrutura e recursos que tem à sua diposição, solta uma frase que representa a inadequação das informações do eleitor que dispõe: "sinto que o clima não é de mudança, mas de continuidade". Feeling só rendeu mesmo para Morris Albert. Lembram dele? Uma campanha somente se assenta sobre sentimentos quando não tem meios para buscar a informação científica, com confiável nível de certeza. É certo que este é o "xis" da questão: clima de continuidade ou clima de mudança? Ademais de saber se é um ou o outro, ainda há que captar junto ao eleitor, neste momento sócio-político, o que ele entende por continuidade e/ou o que ele compreende por mudança. Não é tão simples quanto parece, não é mesmo?. Existe formato de pesquisa adequado para buscar tais informações, que chega ao conhecimento da motivação do eleitor. Faz parte do universo da Ciência Política. Um exemplo bem elementar: Serra, o candidato do PSDB-DEM, representa mudança ou continuidade? Lúcio Alcântara (PR-PPS) e Marcos Cals (PSDB-DEM) representam mudança ou contiuidade no Ceará? Mudança significa só a manutenção do mesmo governador ou eleger o aliado ou indicado(a) do governador ou presidente? Ou ainda, continuidade significa manter planos como o Bolsa Família e dar sequência as obras? Será que o eleitor ainda considera que o Bolsa Família pode ser tirado ou entende que o Bolsa Família está garantido e que agora é hora de querer mais? Os benefícios materiais não saciam os do homem: uma vez adquiridos, ele aspira valores mais altos, satifações... (Serge Tchakhotine). Se for assim, quem é melhor para fazer "esse mais"? Isso é continuidade ou mudança?
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