O Planalto de Lula usa sempre a mesma tática, o que é normal, pois não se mexe naquilo que vem dando certo. Lia, minutos atrás, uma matéria no site da revista Veja (Luciana Marques), dizendo que o PT vai tentar dissociar o caso Erenice Guerra da campanha presidencial. Foi assim que os petistas e seus aliados sempre agiram nos inúmeros escândalos que envolveram a turma. Eles não sabem de nada e nada é com eles, foi costumeiro o jogo feito pelo time lulista. O preço desse processo que dopa a maioria do povo brasileiro só será possível saber no futuro.
A ministra de Dilma foi aconselhada a se esconder da imprensa, cancelando todos os eventos públicos e comunicando-se apenas por meio da assessoria e de notas, enquanto os petistas, devidamente orientados pelo próprio chefe maior, procuram dissociar a denúncia de tráfico de influência da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT). Reportagem da revista Veja denunciou Israel Guerra, filho de Erenice, como lobista do Palácio do Planalto.
O senador Paulo Paim (PT) já entrou em ação e avaliou que o caso – que envolve familiares da ministra - está distante das eleições. Ele disse entender que não se pode querer criar um fato político de uma situação que se deu com o filho de um funcionário. “Dilma não tem nada a ver com isso”, acrescentou. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT), foi na mesma linha: “A chance de prejudicar a campanha é zero. Quem deve estar preocupado é o José Serra, porque ele só fala disso”.
Para o deputado federal Maurício Rands (PT), que também preferiu jogar o escândalo no colo do PSDB, a oposição quer pegar esse gancho com uma boia. “É eleitoreiro, exploração política”, enfatizou. A estratégia dos petistas é associar as denúncias com a tentativa dos tucanos de reverter o quadro político na corrida à Presidência.
O governo rejeita a hipótese de demitir o braço direito de Dilma Rousseff a pouco mais de duas semanas do pleito. Seria quase uma admissão de culpa. Vaccarezza afirmou que não existe essa discussão de que Erenice deva sair do governo. Mas se o caso atingir a campanha presidencial a história pode ser outra. As pesquisas de acompanhamento diário já demonstram que Dilma estancou a tendência de crescimento. A tática do Planalto é de risco. Caso não funcione o plano de distanciamento de Dilma do escândalo, o Planalto vai ficar com uma bomba na mão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário