quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ESCÂNDALO NA CASA CIVIL









Está no site da Veja.

Para não prejudicar Dilma, Planalto estuda afastar Erenice do cargo. A ofensiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar que o escândalo envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, prejudique sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, pode colocar em risco até mesmo a manutenção de Erenice no cargo.

De acordo com reportagem publicada na edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o Planalto irritou-se com o tom adotado pela ministra em nota publicada no site da Presidência sobre o escândalo. O teor do documento foi considerado muito agressivo ao candidato tucano à Presidência, José Serra.

O Planalto já espera um acirramento das denúncias contra a ministra e, dependendo da gravidade dos fatos revelados, planeja afastá-la do cargo para não prejudicar a imagem de Dilma. Alguns membros do governo esperam que a própria Erenice entregue o cargo para evitar mais constrangimentos.

O governo acredita que nota de Erenice pode deixar a oposição ainda mais irritada. Um ministro disse ao jornal que o texto está "acima do tom". Na nota, a ministra classifica a repercussão do escândalo como uma campanha a favor "de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um 'fato novo' que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado".

O mal-estar foi causado, sobretudo, porque o documento foi divulgado com o timbre da Presidência, mas não passou pelo crivo da Secretaria de Comunicação do governo. O documento foi divulgado após uma reunião entre Lula e seus ministros. No encontro, o presidente ordenou à Esplanada que providenciasse respostas sobre as irregularidades na Receita e na Casa Civil o mais rápido possível.

Entenda o caso - Em sua edição desta semana, VEJA traz à tona o esquema de aparelhamento do estado montado sob a supervisão de Erenice. Com a anuência da mãe, o filho da ministra, Israel Guerra, transformou-se em lobista em Brasília, intermediando contratos milionários entre empresários e órgãos do governo, mediante o pagamento de uma "taxa de sucesso".

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