quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O Brasil Sangra

A absolvição do senador alagoano Renan Calheiros eleva ao ápice a trajetória de uma República representativa frágil e marcada pela mistificação. Mas será que o episódio não se pode tirar lições importantes e um saldo positivo para o futuro da nossa democracia tropeçante? Claro que sim. Vamos raciocinar juntos, há quase seis anos vivemos sob o domínio político de um homem (maior que o seu duvidoso partido) que faz a apologia do analfabetismo e da corrupção. Todos sabemos que um forma de se começar algo novo é o fundo poço. Chegamos lá, em que pese o STF em seu estertor de moralidade e ética tenha dado um exemplo aceitando o processo contra os 40 (número que se tornou cabalístico desde Ali Babá). Se não se tem mais como afundar, a hora de subir à tona e acertar o caminho para a construção de uma democracia real, com partidos fortes e uma representação (e não delegação) que respeite os caminhos do seu contrato (aqui a gente lembra de Hobbes) social. Claro que o caminho da retomada não é facil, mas, contrariando a poetisa Cora Coralina, neste caso o ponto de partida será tão importante quanto a caminhada.

O caso Renan serviu para desmascarar muita gente. Não falo do presidente brasileiro, pois há muito tempo ele já mostra a cara, mas agora posam ao seu lado com a cara lustrada pelo óleo de peroba (lembram dele?) os ditos esquerdistas (que sequer entendem a díade direita-esquerda) Aloísio Mercadante, José Sarney, a filha dele Roseana, Ideli Salvatti, Francisco Dornelles e, quem diria, Inácio Arruda, outrora o paladinho dos fracos e oprimidos. E não é que Inácio aprendeu a mentir. a mistificar tão rápido com o seu mestre Lula que dá declaração na imprensa que não revela o seu voto, porque foi uma votação secreta, e acrescenta descaradamente que quem diz que votou contra Renan pode ter votado a fovor, referindo-se a Tasso Jereissati e Patrícia Sabóia (outrora Gomes), que declararam ter votado a favor da cassação de Renan. Inácio, o que você vai dizer na sua próxima campanha? E você, no palanque da Luizianne na eleição municipal do próximo ano, vai dizer como votou pró-Renan? É melhor começar a limpar o caminho, embora no haja problema ético no palanque da Prefeito, pois o caso Reveillon também está impune.

E por último, Inácio você considera que pagou a dívida com Renan, que foi seu principal financiador de campanha, através do irmão dele, que também é do mascarado PC do B?

Nenhum comentário:

Postar um comentário