sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CIDADANIA ITALIANA: “É SÓ PARA O CASO DE PRECISAR”.


O aparelhamento da máquina pública onde o PT governa só não vê quem não quer. O ladrão fugitivo Henrique Pizzolato, que tem cidadania brasileira e italiana, é o maior exemplo disso. Nascido em Concórdia, Santa Catarina, na comunidade de Engenho Velho (1952), numa cidade de maioria de descendentes de italianos, Pizzolato é um petista de carreira e velho conhecido da família Silva e agregados. É ex-integrante do PT, foi diretor do Banco do Brasil e presidente do Sindicato dos Bancários em Toledo (Paraná) e da CUT no mesmo Estado. Concorreu a cargos eletivos, como o governador do Paraná em 1990, a vice-governador do mesmo estado em 1994 e de vice-prefeito do município paranaense de Toledo em 1996, por sorte da administração pública, sempre sem sucesso. Foi alçado a diretor de Seguridade da Previ em 1998, eleito pelos funcionários do Banco do Brasil, tendo deixado o cargo em maio de 2002, para trabalhar na eleição do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, administrando os recursos da campanha juntamente com o tesoureiro Delúbio Soares. Depois da posse de Lula, em 2003, ocupou o cargo de diretor de marketing do Banco do Brasil e antecipou sua aposentadoria após denúncias de envolvimento no caso do mensalão. Planejou tudo (inclusive a fuga) cuidadosamente, com ajuda do time que você conhece. Tinha dúvidas? Há insinuações em colunas (claro, que não da mídia amestrada, mas sim da "mídia golpista", como assim denomina o PT), que o ex-diretor do BB seria depositário de segredos caros aos maiores líderes do PT e que teria negociado com eles a fuga e um "exílio" dourado.


Duas versões estão nas páginas da complacente "mídia golpista": uma, que Pizzolato fugiu pelo aeroporto internacional de Guarulhos, com possível (PF investiga) ajuda de um policial federal (veja doc.). Outra, que teria saído pela fronteira do Paraná, seguindo para Buenos Aires, na Argentina, onde, já com outra via do passaporte italiano - a primeira fora entregue à Justiça do Brasil, com o documento brasileiro -, tomou um voo para Itália. Por uma ou outra forma, tudo foi minuciosamente planejado com aval de Zé Dirceu e outros petistas. Dirceu, acrescente-se, também chegou a analisar sua fuga para Venezuela ou Cuba, onde tem boas relações. O fato é que Pizzolato sempre esteve preparado. Não se tem informações de quando ele teria conseguido o passaporte italiano, que agora lhe serviu. O episódio faz lembrar que dona Marisa Letícia Lula da Silva também tem passaporte italiano e até explicou as razões do pedido: “...por insistência dos filhos. Ninguém de nós quer ir embora do Brasil, diz ela. “É só uma oportunidade, no caso de se precisar”. Marisa obteve o passaporte italiano porque seus bisavós emigraram para o Brasil no início de 1900. Segundo uma lei italiana, aprovada em 1992, isto é suficiente para que o descendente conquiste a cidadania, embora da língua de Dante ela só saiba dizer “pizza e polenta e olhe lá!” (Barbara Gancia publicada em 2/12/2005).

Não tem muita importância que dona Marisa nada conheça da Itália, que sequer tenha ouvido falar de Michelangelo, Leonardo Da Vinci ou Sophia Loren e que nem saiba ler a cédula de votação que recebe para votar, como cidadã daquele país. Agora começa a se aclarar, mas antes não ficou explicado a frase dela ao justificar o pedido: “É só uma oportunidade, no caso de se precisar”. Fico pensando se houve na história dos países atitude semelhante. Já imaginou Michelle Obama solicitando cidadania a Cuba, Costa Rica ou México? O ex-primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, acusado de vários crimes (e já condenado), podendo ir para a cadeia, não pediu cidadania ao Brasil, por exemplo. Certamente, uma situação que nunca antes se viu na história deste país, e que, se aconteceu noutra parte do mundo, só pode ter sido em alguma “republiqueta de terceira categoria, a fim de garantir a fuga de algum ditador ladravaz”. Pelo menos é esta a pista que ficou com a fuga de Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de reclusão pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. É realmente um caso de grande precisão.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DESRESPEITO E OMISSÃO



Tenho razão de sobra para viver feliz e plenamente satisfeito com a vida. E é assim que vivo. Mas me abespinha perceber que temos leis e regras que ninguém cumpre (porque autoridades omissas não cobram) e que algumas (muitas mesmo) pessoas parecem chegar ao orgasmo cívico invadindo o direito de outras. São os chamados espertos. Cito dois dos milhares de exemplos que poderia lançar mão: a faixa de pedestres de frente ao clube Ideal e o calçadão da Beira-Mar.

Diariamente, presencio absurdas no dois casos. A faixa de pedestre do cruzamento da avenida Ruy Barbosa com Monsenhor Tabosa (ou Abolição), de frente o Ideal Clube, NUNCA É RESPEITADA. Carros e Motos já tiraram finos em pedestres que se arriscam à travessia. Tudo bem que as faixas de pedestres na nossa Fortaleza é só pintura no asfalto, o que significa gasto indevido do dinheiro público, já que não beneficia o povo (e só em benefício do povo deve ser gasto, ou investido, o dinheiro público). No calçadão da Beira-Mar vive-se uma sucessão de desrespeito à lei, regras ou normas. O cidadão, especialmente os mais velhos, que caminha pelo calçadão é quem tem de desviar de bicicletas, gente com patins, skates e até triciclos, sob o olhar complacente de policias (PM ou Guarda), que, vez por outra, por lá aparecem. São os espertos desrespeitando leis, regras e normas de convivência e os PMs e guardas desrespeitando o povo que os paga, seguindo a omissão dos seus comandos.

Lembra desse equipamento, que foi moda? Onde anda?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SOLIDARIEDADE ENTRE OS RAPINANTES


Juristas (entre eles Márcio Thomaz Bastos, claro), intelectuais e dirigentes do PT (AHAHAHAHAH) divulgaram manifesto público que classifica a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, de prender os condenados pelo mensalão como “ilegal”. E só se referem à troica DIRCEU, GENOÍNO E DELÚBIO. Um manifesto de m... Não considero legítimo o manifesto, pois QUEM COM PORCOS ANDA FARELOS COME, ou seja, quem se solidariza, se confraterniza com LADRÃO... Considero, assim, a anunciada visita de solidariedade aos rapinantes presos na Papuda uma explícita e voluntária CONFISSÃO da bancada petista no Senado. Deveriam ter "visto" (permissão) apenas de entrada. Seria, como diria um antigo delegado do Pirambu, uma verdadeira "prisão preventiva", pois, desse modo, eles pagariam pelo já cometido e se evitaria que viessem a cometer novos ilícitos.

O deputado cuecão José Guimarães fazer um pronunciamento em defesa do irmão rapinante (Genoíno) até que entendo, pois é sangue e farinha do mesmo saco. Só duvido que Guimarães tenha dito qualquer coisa quando a Justiça retirou o nome dele do caso do dinheiro na cueca (na cueca do assessor dele), por falta de prova, mesmo sabendo (no íntimo) que era tudo verdade. Agora, ver um punhado de gente, até que esclarecida, se prestando ao ridículo papel de defender meliantes condenados, só porque dependem de favores do PT governista, é de doer.


E a carta divulgada pela troica (e os outros, incluindo Marcos Valério? Olha que ele pode falar tudo!), já viu e leu? É um primor do pensamento de exceção que eles queriam - com o aval do chefão Lula - implantar no Brasil com o dinheiro do contribuinte. Fala de "solidariedade política" como "valor essencial da esquerda". Diz mais: "Queremos respeito a lei. Não aceitamos a humilhação, preferimos o risco e a dignidade". É a cara do Carlos Henrique Gouveia de Mello, o alterego do Zé Dirceu (não era codinome, pois ele era dado como morto). Quando eu era menino, ouvia os mais velhos dizerem que a esquerda "só se unia na cadeia". Era verdade, mas naquela época eram prisões políticas. Hoje, não. É por roubo. O irônico de tudo é que eles estão no poder e vivemos uma democracia com muita liberdade (até para roubar) e alguma igualdade, embora eles rejeitem essa igualdade que vivenciam - de que não importa a condição, cor, credo ou partido, LUGAR DE LADRÃO É NA CADEIA. É tão raro político e engravatado ir para a cadeia por roubo (só vai o ladrão de galinha) que a gente comemora essa nesga de igualdade, e sem humilhação e risco.

Ei "companheiros", é tempo de cair na real: VOCÊS ESTÃO PRESOS PORQUE ROUBARAM o dinheiro público. SÃO LADRÕES. O ministro Marco Aurélio de Mello sempre se refere a vocês como "reeducandos que devem buscar a ressocialização". Concentrem-se nisso".

Veja no link a entrevista do ministro Marco Aurélio sobre o processo do Mensalão e sua convicção de que Lula sabia de tudo:



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O BRASIL UM POUCO MAIS LIMPO


É claro que mesmo o criminoso mais empedernido tem o direito de espernear e dizer que é inocente. É chavão nos presídios o condenado dizer que é inocente. Até nisso, Delúbio, Zé Dirceu e Genoíno, mesmo na ausência do chefe (que todos sabemos quem é), mostram que são iguais aos outros que estão na Papuda. Dirceu não recorre ao passado, embora, como os outros, qualificando-se como preso político, porque o passado dele, com cirurgias, disfarce, casamento e filho com nome falso, massacre e recebimento de dinheiro de Cuba, para a resistência no Brasil, nunca foram explicados. Delúbio também não fala do passado, porque não tem. Devia, ao invés de se dizer inocente, ter feito como ex-secretário do PT, Sílvio Pereira, o Land Rover, e aceitado a “delação premiada”. Já o ex-presidente do PT, José Genoíno, que, afora o Mensalão, se envolveu no caso dos “dólares na cueca”, um dinheiro apreendido (no aeroporto, vindo para Fortaleza-CE) com o assessor do irmão, deputado federal José (Nobre) Guimarães, não teve vergonha de pedir aposentadoria como deputado federal e tampouco se acanha de alegar que é preso político e de aduzir a sua condição de ex-guerrilheiro. Nem devia falar nisso, pois quem conhece sabe que na Guerrilha tinham os “cantadores”, que eram presos só para soltar as sinfonias.


Interessante que nem a imprensa lembra de levantar quanto foi desviado do dinheiro público no escândalo do MENSALÃO. E se esse dinheiro tivesse sido aplicado na saúde, na educação ou não construção de moradias para os sem-teto o que representaria? No caso da saúde, quantas pessoas deixariam de morrer por falta de remédio, por falta de médico e mesmo nas filas? E se fosse aplicado na segurança... É muito fácil esquecer o roubo do dinheiro público, afinal “não é seu e nem é meu. É da viúva”. É assim que muitos se referem ao dinheiro do povo. O próprio governador Cid Gomes (Pros-CE, mas apoiador incondicional do PT de Lula e Dilma – não só eleitoralmente) afirmou às páginas amarelas da revista Veja que “empreiteiras e construtoras no Brasil inteiro se unem para superfaturar obras públicas e tirar dinheiro do Estado”. Foi o cinismo que o ex-presidente Lula legou ao Brasil quando disse que o “caixa 2 era normal” e que, às vezes, “aloprados” do PT faziam o que não deviam. Mas o próprio Cid não se encabulou de levar até a sogra em viagens internacionais por conta do dinheiro público e muito menos de pagar um cardápio sofisticado para ele, visitas e outros integrantes no dia a dia do governo.


Advogados muito bem pagos pelos prisioneiros cumprem seu papel e criticam, em nome de seus clientes, “a espetacularização da prisão”. Pois é, mas do sofrimento do povo a quem o dinheiro que eles desviaram deveria ter beneficiado ninguém tem a menor lembrança. A presidente Dilma Rousseff, precisando de reeleição, não saiu em solidariedade aos companheiros petistas. Ela usou twitter para manifestar sua admiração pelo escritor Simões Lopes Neto. O ex-presidente Lula da Silva soltou nota dizendo apenas que “estamos juntos” companheiros. Outros graduados petistas, entre eles o presidente do partido Rui Falcão e Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, também se posicionaram a favor dos companheiros prisioneiros condenados.

Acostumados à mordomia que o dinheiro roubado dos cofres públicos proporcionavam OS PRISIONEIROS DO MENSALÃO vão começar a sentir (no xadrez) a diferença. Por enquanto, tentam escapar do labéu de ladrão do dinheiro público com sofisma de que são presos políticos. A mim, não importa quanto tempo de pena eles vão cumprir – porque já-já virá o danado do regime de progresso da pena. O que vale é que são ladrões, como o juiz Nicolau, que foram para a cadeia, uma punição a que a justiça brasileira não deve economizar, até que o volume de ladrões se reduza. Falta muita gente. Processos como o de Maluf se arrastam por anos. Mais recente há o da Rosemary Noronha, a ex-chefe do escritório da Presidência da República (era Lula). Apesar da milionária equipe de advogados que a desempregada tem (especialistas estimam que os honorários já beirem 1 milhão de dólares) vai ser difícil ela escapar. Rosemary, tal qual Antônio Palocci e Lulinha, se transformou em gênio dos negócios. Com um salário de menos de R$12.000, ela comprou dois apartamentos, trocou de carro, criou uma empresa de construção civil e rodou o mundo em incontáveis viagens, até ser apanhada surfando na crista da onda de uma quadrilha que negociava facilidades no governo.
Zé Dirceu, que, como todos sabemos, era só o chefe executivo do grupo, deve entender (idem para os outros) que é um condenado cumprindo a pena e que assim está privado de liberdade de ir e vir como cidadão comum. Ele é um condenado, querendo ou não. Não pode, sob pena de discriminação aos companheiros de presídio, ter privilégios de telefone, computador ou outras mordomias quaisquer na cela. Não deve mesmo se pronunciar sobre questões políticas, enquanto cumpre a pena, pois os apenados são privados do direito político, pela lei. Devem (todos) se recolher a buscar a reflexão e a ressocialização. Por mim, garanto que dos mensaleiros, de ora em diante, só darei qualquer informação se for referente ao mundo que eles vivem, ou seja, sobre as condições das celas, a vida de preso... Sobre política ou outro assunto do mundo exterior (político, principalmente) mais nada.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

TASSO JEREISSATI X CID GOMES: CAMPANHA ANTECIPADA

Enquanto Tasso Jereissati e Cid Gomes batem boca, o Ceará está mergulhado na violência e na miséria, desassistido na saúde e engatinhando para sair do atraso vergonhoso da educação, ostentando, em seu território, a segunda maior cidade do Estado em miséria: 566 aglomerados subnormais de ocupações irregulares (favelas) com 121.165 barracos mal-acabados que abrigam 441.937 pessoas. As ações de um e de outro não foram suficientes para mitigar o sofrimento de tanta gente.

Jereissati, que chegou ao governo prometendo acabar com a miséria, gaba-se que resgatou o respeito ao Ceará com alguns projetos e obras sociais (só lembro do projeto São José, agentes de saúde e de urbanização de favelas, que mal andou), com o controle das contas (públicas, é claro) e a construção de algumas obras de infraestrutura, destacando-se o novo terminal do aeroporto Pinto Martins (hoje já em ampliação) e o Porto do Pecém. Mas vendeu duas joias da “coroa” – a Coelce e o BEC-Banco do Estado do Ceará – apenas para atender ao modismo neoliberal das privatizações (que vergonhosamente o PT segue), porque o dinheiro da venda a nada serviu, visivelmente, até que despareceu por completo.

Cid Gomes nunca falou abertamente do combate à miséria, mas apeou no governo com a promessa (e plano) de acabar com a violência. Agora, ele se gaba e propaga em profusão que, com apoio do governo do PT, PMDB & demais aliados, fez obras por todos os cantos, algumas delas que nem chegou a ocupar ou colocar em funcionamento. Cid perdeu o tiro no que viu e jacta-se de ter acertado no que não viu. A violência que ele viu continua indomada e desgraçadamente crescente, apesar do plano (Ronda do Quarteirão) – que lhe valeu até a reeleição – e do seu alto custo para o erário. O (tiro no) alvo que ele não mirou na campanha ou no seu programa de governo (que nunca vi) aparece hoje de forma concreta e ocupa o marco referencial (parece até o marco regulatório do PT) do seu discurso.

Mediante a fala de Tasso na TV, (sem identificação explícita) de promessas não cumpridas e de que “não dá pra ficar brincando de política”, terminando por cobrar respeito ao Ceará, a criatura se voltou contra o criador, reptando até a uma comparação e espicaçando o criador ao dizer que NÃO foi ele quem VENDEU a Coelce e o BEC – ainda que o clã tenha sido conivente, pois era destemido defensor do governo à época –, quando deveria ter humildade (imagine isso em um empedernido oligarca) de fazer o "nossa culpa". Os dois, pode ser dito, trabalharam bem. Mais os dois – mais o atual do que o passado – não colocaram as pessoas (prioritariamente) como objetivo final de todas as ações. Mas, para não incorrer em ato leviano, até que pensaram nisso, sim, ainda que sem denodo e com a arrogância de quem não precisa de ajuda e apoio da sociedade. Em consequência, o resultado não veio. O Ceará, principalmente a região Metropolitana de Fortaleza, continuou intumescendo populacionalmente e multiplicando os problemas, resultando no domínio da violência e em um quadro de miséria que deveríamos ter reduzido amplamente, como era promessa, essencialmente no caso da insegurança.

Portanto, não adianta, agora, o Gomes governador mandar abrir a janela e ver obra por todo lado (como bem dizia o ex-prefeito Juracy Magalhães), porque ao abri-la o morador corre o risco de um assalto e, se apurar a vista, vai ver, mais adiante, um cinturão de miséria. E foi essa violência, principalmente, que fez o Ceará virar chacota no cenário nacional, como cutucou Jereissati. Vi, no Bom dia Brasil da Globo, o apresentador Chico Pinheiro dizer, depois de ver uma matéria sobre um dos milhares de assaltos a ônibus em Fortaleza, que aquilo ERA A IMAGEM DO ATRASO, do subdesenvolvimento - e não sem razão.


ATAQUE E DEFESA


Só para avivar a memória, veja a seguir o bate-boca entre Cid e Tasso, que esquentou os primeiros lances da sucessão estadual de 2014. Os aliados do Gomes governador ficaram irados e começaram a contagem das obras, enquanto os aliados de Jereissati (hoje a maioria em outros partidos) fortaleceram a esperança de que ele venha a topar uma candidatura majoritária.


Tasso Jereissati (PSDB) usou o tempo do seu partido na TV para atacar o governo, embora sem nominar. Falou em “promessas não cumpridas”, enfatizando que “não dá pra ficar brincando de política”. Fechou a fala, ressuscitando o slogan da campanha de Beni Veras ao Senado: “O Ceará merece respeito”.

X

Cid Gomes (Pros) usou o Facebook para responder: “...alguém na condição de ex-Governador deveria se dar ao respeito (...) A avaliação de um gestor público se dá por suas realizações e o quanto elas servem ao povo... O Tasso foi Governador por três mandatos. 12 anos. Eu estou no governo há 7 anos incompletos. Pois muito bem, lanço o desafio: some tudo que o Tasso fez nos seus doze anos. Multiplique por dois e ainda não dará o que foi feito nestes últimos sete anos. O desafio vale para qualquer área: Educação, Saúde, Emprego, Estradas, Habitação, Saneamento, Aeroportos, Recursos Hídricos etc. (não falou em segurança, mas no fim deu a estocada mais forte). Em tempo, eu não vendi a Coelce e nem o BEC”.

Confira no link: http://t.co/Zj5przXWwz

terça-feira, 22 de outubro de 2013

GOVERNO DO PT PRODIGALIZA NOSSO PETRÓLEO


O governo do PT & aliados não se cansa de tentar ludibriar o povo. E o pior é que acabam conseguindo, pois a elite e a classe média se calam, enquanto os usuários do Bolsa Família e similares deslizam na vaselina. O leilão de Libra não foi o sucesso que tentam passar e a fórmula de partilha está longe da maravilha que pregam. Só para recordar, FHC soltou o modelo de concessão e Lula da Silva saiu com a partilha. Na essência, como diz o engenheiro Ossami Sakamori, não há quase diferença entre uma e a outra. O que resulta diferente é a partilha dos royalties entre União, Estados e Municípios (não confundir com a partilha entre os parceiros do único consórcio que fez um único lance no leilão).

O restante, que a presidenta apresentou em seu pronunciamento na TV é um exercício de futurologia e plataforma de campanha de recandidatura. Na minha modesta observação, não há milagre para acabar com as filas da saúde e menos ainda para melhorar a educação. É só discurso eleitoral da presidentA Dilma. Conforme especialistas, como o engenheiro Ossami Sakamori e os próprios números da ANP, o campo de Libra só vai começar a render alguma coisa em 2019, de forma crescente por dez anos. Não é a panaceia que a presidentA apresentou na TV. Grosso modo, destaca Sakamori, o royalty do Libra vai dar uma arrecadação bruta total de US$ 180 bilhões, ou seja cerca de R$ 396 bilhões nos 30 anos de exploração. Isto representa R$ 13,2 bilhões anuais, sendo R$ 9,9 bilhões para educação e R$ 3,3 bilhões anuais para o sistema de saúde. Números pífios, se considerarmos que o sistema de saúde pública gasta hoje anualmente R$ 79 bilhões.

Bom mesmo será para os integrantes do Consórcio. Vão depositar um bônus de participação de R$ 15 bilhões, sendo R$ 6 bilhões da Petrobras.  A holandesa, a francesa e as chinesas vão depositar cada uma R$ 3 bilhões. Nada mal para um negócio bilionário. Veja o maná dos integrantes do consórcio, passado gratuitamente, por pura benevolência desse governo entreguista. O cálculo é do engenheiro Ossami Sakamori.

Veja a conta que fiz, para vocês poderem avaliar o que a Petrobras vai ganhar e as outras empresas vão ganhar com o investimento inicial de R$ 3 bilhões.
Considere a hipótese de reserva de 12 bilhões de barris, como anunciado pela ANP. Também considere o preço médio de barril de petróleo a US$ 100. Considere também, o custo médio de exploração do pré-sal em US$ 45, já levando em conta o custo financeiro dos investimentos. Vejam que "bombons" que ficaram os números. O lucro líquido do consórcio, após o pagamento do royalty e da partilha para o governo federal (41,65%), será, grosso modo, de US$ 280 bilhões.  Cabendo à Petrobras US$ 112 bilhões, para Shell US$ 56 bilhões, para Total R$ 56 bilhões e para chineses US$ 56 bilhões.  Com o leilão, a presidente Dilma resolveu dividir o lucro com as chineses e seus parceiros, abrindo mão de US$ 168 bilhões, pelo investimento inicial de US$ 9 bilhões. É mais do que mãe – e não é do pacto.


domingo, 6 de outubro de 2013

A ESMOLA QUE JÁ NÃO MATA DE VERGONHA


Quer saber o que é o Bolsa Família e o mal que está fazendo ao Brasil? Veja as fotos (que não são um primor) da beira da estrada que vai para Canindé. Havia centenas de pessoas (muitas com crianças até de colo e com roupas adequadas ao ofício) de mão estiradas para os carros que passavam, na semana da romaria de São Francisco das Chagas, que reuniu mais de 500 mil pessoas, segundo avaliação dos religiosos. Atrás do mato ralo e das lombas a maioria escondia as cestas de alimentos que iam recebendo durantes as horas mais amenas do dia, pois a maioria dos romeiros (que vão a pé ou de carro) leva alimentos para distribuir com os pobres.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O SENTIMENTO DE VERGONHA


Desalento


* RUTH MOREIRA

Estou com vergonha do Brasil. Vergonha do governo, com esse impatriótico, antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder.

Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais.

Pensar no bem do País é ser trouxa.

Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás, Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só, o poder.

Vergonha de juízes vendidos.

Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros.

Vergonha de termos quase 40 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo.

Vergonha de ver a presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos (onde está a guerrilheira? era tudo fantasia?).

Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades, envergonhando-nos perante o mundo.

Vergonha por pagarmos tantos impostos e nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta.

Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação. 

Agora pergunto: onde estão os homens de bem deste país? 

Onde está a Maçonaria? OAB? CNBB? LYONS? Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor? 

Por que tantos estão calados?

Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza. 
Até quando isso vai continuar?

Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas? 

Estou com muita vergonha do Brasil.


* RUTH MOREIRA (ruthmoreira@uol.com.br) teve sua carta publicada pelo jornal o Estado de SP. Faço questão de reproduzi-la porque o sentimento que ele revela na carta é o mesmo que milhões de brasileiros devem sentir e não conseguem verbalizar. É o meu também e verbalizo todos os dias neste espaço.

QUEM TEM OS DOIS VICES FICA SÓ NA TOCAIA


PMDB: só a Executiva nacional do partido poderá autorizar a migração para outra legenda de qualquer ocupante de cargo eletivo municipal, estadual ou federal. Resolução encaminhada pelo senador Eunício Oliveira, que se vangloria do ato como se não tivesse agido em causa própria. Consequência: Cid Gomes e o vice Domingos Filho de saia justa.

O senador, que recebeu uma mão do ex-deputado Paes de Andrade, na política e no mundo empresarial, sem dúvida, pensa somente no bem... dele.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O BRASIL REVERENCIA A IMPUNIDADE E O PERSONALISMO



O PESO DA ALEIVOSIA

Você conhece esses olhos, essa testa franzida, a mão cheia de dedos. Será de alguém que fez algum mal? A expressão contrita assim é denunciadora.


CHUPA ESSA!


Após voto de Celso de Mello no @STF_oficial, o chief da gangue dos mensaleiros @blogdozedirceu quebra o silêncio, comemora muito e manda um recado ao povo brasileiro (veja foto). Zé Dirceu, claro, recebeu com muita alegria a parceria da impunidade com o STF, que lhe deu 6 votos: Celso de Mello, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski


BUSCA POR UM PARTIDO


Na reunião do PSB, o governador Cid Gomes estava mais sem ambiente do que cachorro em caminhão de mudança, principalmente na hora em que foi aprovada a entrega dos cargos federais. Cid Fazia tudo para interagir, mas nada disse na hora de tirar das tetas do governo Dilma o titular da pasta dos Portos, Leônidas Cristino, que estava no Panamá. De qualquer modo, sua excelência saiu dizendo que está pensando a hipótese de deixar o partido. O problema é para QUAL PARTIDO IR, levando todo o clã. No PMDB, parceiro merecido do PT, o senador Eunício Oliveira teve de parar as comemorações da vitória dos mensaleiros no STF para prestar atenção na relação dos Gomes com o PSB. Está como urubu só esperando a carniça que vai sobrar.




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

BRASIL SÓ NÃO É PRIMEIRO MUNDO PORQUE ELES NÃO FIZERAM O CERTO



MOBILIDADE PÚBLICA DEPENDE
DE DECISÃO POLÍTICA

Transporte público eficaz: é só tirar carros particulares das ruas. Sou a favor dos viadutos, mas sei que não é solução definitiva.

Tirar carros particulares das ruas + transporte público eficiente = boa mobilidade urbana. Primeiro passo: acabar com estacionamento na rua. No centro e em todos os locais.


MAIOR MAL É IMPUNIDADE



Sou descrente da Justiça, que só funciona mesmo contra os pobres, mas se mensaleiros forem à palhaçada de um novo julgamento será a plena desilusão.



STF é o supremo. Teria de ser exemplo para todo o país. Mas se alguns de seus ministros trabalham pela impunidade vira o mal encarnado.




Quem mais defende o mal neste país não são aqueles que vivem na marginalidade, mas aqueles que trabalham a favor da impunidade no STF.


FALTOU VONTADE POLÍTICA




E foram preciso seis anos para descobrir que o piscinão existia por omissão do próprio Estado. Se pode agora, por que não pode antes?

Senhor Ciro Gomes chame quem já está aí - o doutor Lineu Jucá. Ele sabe o que fazer para acabar com o piscinão. O outro não fez por que?


Sabe que acredito que o secretário Ciro Gomes vai acabar com o piscinão e simplesmente porque é fácil: basta alugar leitos ociosos da Santa Casa.


PREÇO DA CORRUPÇÃO




Alta da gasolina torna mais difícil o combate a inflação, que volta com força. Tomara que não estejam maquiando, mas o supermercado mostra a verdade.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

REFORMA DA EQUIPE DE GOVERNO É AMPLIADA, MAS O DISCURSO AINDA NÃO ESTÁ FECHADO



Só por volta das 23 horas, o governador Cid concluiu a primeira etapa das mudanças na sua equipe administrativa, todas abrigadas no guarda-sol da “desincompatibilização” compulsória antecipada para concorrer a uma vaga de deputado, seja estadual ou federal. E saiu como havíamos previsto. Deixam o governo os atuais ocupantes das Secretarias de Saúde, Arruda Bastos; Segurança, Francisco Bezerra; e Trabalho e Desenvolvimento Social, Evandro Leitão. Ainda ficaram de fora o secretário Nelson Martins (PT), do Desenvolvimento Agrário, que deve pleitear a reeleição para o parlamento estadual, mais os secretários Bismarck Maia (Turismo), Ferrúccio Feitosa (Secopa), Alexandre Pereira (Desenvolvimento Econômico), Fernando Oliveira (Procuradoria Geral do Estado) e Eugênio Rabelo (secretário executivo do Esporte), igualmente pretensos candidatos.


Acompanhando o anúncio um preito de reconhecimento e de agradecimento aos colaboradores exonerados. Em seguida, justificou que havia tomado a decisão de fazer uma “desincompatibilização” compulsória porque, como todos comandavam áreas estratégicas, “que requerem absoluta dedicação”, seria importante “nomear para elas pessoas que se disponham a ficar no comando até dezembro de 2014”. E já aproveitou para convocar a primeira reunião com os novos auxiliares. Agora, é aguardar a segunda parte da reforma administrativa, com as novas “desincompatibilizações” compulsórias e os novos componentes da equipe, na sua maioria, segundo penso, uma mera ascensão do segundo para o primeiro escalão (secretário executivo, chefe de gabinete ou similar).

MUDANÇAS NA EQUIPE DO GOVERNO: TODOS NO GUARDA-SOL DOS CANDIDATOS


A pressão estava alta demais e o vaso dilatador teve de ser aplicado. Ainda assim, para salvar as aparências de oligarca empedernido, o remédio foi associado a um placebo para jogar fumaça sobre a doença. O fato é que os casos rumorosos dos últimos dias – incluindo os assaltos a bancos e a ônibus – fizeram o transbordo da crise que estava embarreirada. E aí, veio a preparação, com discurso e tudo. Ciro Gomes, o irmão mais velho, achou um jeito de concluir a assessoria informal que fazia na segurança e de afirmar, quase como um conselho inconvicto, que “alguma coisa precisava mudar”. De imediato apareceram boatos de que quem fosse candidato nas próximas eleições deveria antecipar a saída. Ao mesmo tempo, o trator (no trato e na ação, mas agora pousando até de intelectual) da administração, secretário Arialdo Pinho (Casa Civil) andou soltando uns comentários em seu twitter (que mais parecia que era ele mesmo falando sobranceiro ao espelho) do tipo “jamais nomeie alguém que não possa demitir”. Com certeza não puderam, pois ele não está na relação, talvez porque não seja candidato nas próximas eleições. Não precisa. Está muito bem consignado.

Bem, o fato é que saiu, primeiro, é claro, a relação dos secretários que “estariam deixando” o governo porque serão candidatos (preanunciada no twitter). O script montado foi seguido à risca, mas a questão é que o enredo não é bom, embora seja o único possível. Se ninguém acreditou, pelo menos, serviu para consolar e não queimar aqueles que tinham se esvaziado em sua missão, como era o caso do secretário de Segurança, Francisco Bezerra, que acompanha Cid desde presidente da Assembleia, antes da virada do milênio. Ficou evidente que para dar escopo ao álibi alguns tiveram que perder alguns meses no cargo, porquanto poderiam ficar, pela legislação eleitoral, até final de março de 2014.

Sem embargo que o governador Cid Gomes (PSB-CE) já deve ter conversado com todos que serão exonerados, mais anunciar pelo microblog é novidade. É como se o objetivo fosse diluir a curiosidade e o falatório política. Outra estratégia usada é o fatiamento da informação, que não sai acompanhada de bula. Apenas uma linha de texto de agradecimento, que mostramos, a seguir, com os recortes da informação no microblog https://www.facebook.com/pages/Cid-F-Gomes/658216240856974:

“Para assumir mandato na Câmara Federal deixa o CONPAM (Conselho do Meio Ambiente) o Deputado Paulo Henrique a quem igualmente agradeço sua valiosa colaboração.

Com meu registro de agradecimento por importante contribuição dada como Secretários, retornam à Assembleia Legislativa os Deputados: Camilo Santana, da Secretaria das Cidades; Gony Arruda, da Secretaria do Esporte; Mauro Filho, da Secretaria da Fazenda; e Professor Pinheiro, da Secretaria da Cultura.

Depois do couvert, o governador anuncia que as mudanças serão mais amplas.

Outras áreas do Governo também passarão por mudanças. Até o final do dia serão anunciadas.

Certamente que o complemente da reforma administrativa (deve envolver até o segundo escalão) contemplará outros nomes que almejam candidaturas: Nelson Martins (do Desenvolvimento Agrário), Ferrúccio Feitosa (Secopa), Evandro Leitão (Trabalho e Desenvolvimento Social), Fernando Oliveira (Procuradoria Geral do Estado) e Eugênio Rabelo (secretário executivo do Esporte). E como o embalo é um só, o jeito é colocar o coronel Francisco Bezerra (Segurança Pública e Defesa Social) no rol de demitidos e também no de pretensos candidatos a deputado no ano próximo. E como o senhor governador não é de fazer seu dever de casa pela metade, é possível que mais nomes engordem a relação de demitidos, desde que caibam no guarda-sol criado para não dar o braço a torcer. Veremos tudo já-já.

SE VOCÊ ACREDITA, POR QUE VOU DUVIDAR?



Sem qualquer objetivo de desmerecer fatos, pessoas ou estratégias ou, ainda, contestar declarações, mas apenas para espairecer, preciso dizer que essa história de candidaturas me fez lembrar da história de um jogador de peladas nos campos da periferia, que chegou a um hospital dizendo que caíra em cima de um toco durante um encarniçada partida de futebol. O médico cuidou de tudo e depois disse que, para ajudar na cura total, duas pomadas poderiam ser usadas: uma se fosse realmente toco; a outra se não fosse toco. E advertiu que seriam graves as consequências se as pomadas fossem trocadas. O jogador levou a que não era para toco, mas saiu advertindo aos gritos: “mas foi toco, foi toco, foi toco, viu!”

O SHOW QUE EU SÓ IRIA DE NAVIO


Fiz o meu papel e me candidatei a ganhar um dos 10 ingressos para o show de Beyoncé, no Castelão, que o governador Cid Gomes sorteou pelo microblog facebook. Não fui sorteado e agora não sei se vou acampar de frente a alguma bilheteria para conseguir comprar um ingresso ou se me autoflagelo por ter perdido essa única oportunidade de ver o espetáculo da diva americana, de quem, até ontem, eu nunca tinha ouvido uma música. Das melodias que ela canta nada sei, mas o apelo e o visual são estonteantes. Só me consolo porque igualmente não consegui passagem de navio para ir ao show do legendário Sir James Paul McCartney, de quem conhecia quase todas as belas páginas musicais, como diria o antigo locutor de quermesse.


De qualquer modo, tomo a liberdade de ampliar a comunicação. Segue abaixo a relação dos felizes ganhadores do sorteio dos 10 ingressos para o show de Beyoncé no Castelão (reproduzidos do https://www.facebook.com/pages/Cid-F-Gomes/658216240856974):

http://facebook.com/100001653349010 - Antonio Shirley N. Silva

http://facebook.com/100000463801526 - Carlos Cidio

http://facebook.com/100000070390097 - Edson Rômulo

http://facebook.com/100000812899425 - Elder Rodrigues

http://facebook.com/100001709608916 - Getulio Azevedo

http://facebook.com/100001020863147 - Gracielly Lucio

http://facebook.com/100000262346953 - Hermano Bezerra

http://facebook.com/100002835149216 - Jardel Mendes Deel

http://facebook.com/100001611285223 - Paula Patricia

http://facebook.com/100001628951815 - Telmo Campos

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

NA DÚVIDA, EM FAVOR DO POVO


Disse algumas vezes, em notas e artigos, que o ex-deputado Eudoro Santana – seguiu a moda da esquerda na época da ditadura, mas sempre só quis ganhar dinheiro, como tantos outros pseudos comunistas do Ceará e alhures – quase acaba com o DNOCS. Um processo que se arrastou por quase dez anos mostrou, enfim, a verdadeira face daquele político sem votos. Santana e Leão Montezuma, ambos diretores do DNCS àquela época, foram condenados a pagar, cada um, multa de R$ 321.812 e, por isso, tiveram os bens indisponibilizados pela Justiça Federal. E tem mais: a sentença também prevê a suspensão dos direitos políticos da dupla por oito anos, proibição de contratação com o poder público por cinco anos e a perda de funções públicas que ocupem.

O processo era relativo à compra superfaturada de um terreno destinado aos moradores de Jaguaretama removidos pela construção do açude Castanhão. Segundo o Ministério Público Federal, que moveu a ação de improbidade administrativa, o superfaturamento lesou os cofres públicos em mais de R$ 640 mil (em valores de 2004). O DNOCS ficou responsável pela compra dos terrenos para assentamento da desalojada população de Jaguaretama, onde foi construído o açude Castanhão. O terreno superfaturado sequer serviu à sua finalidade. Segundo o MPF, o DNOCS se baseou em laudo “tendencioso” para comprar, em 2004, um terreno diferente daquele escolhido em consulta pública pela população de Jaguaretama, pagando R$ 6,98 pelo metro quadrado, quando o preço de mercado não ultrapassava, à época, R$ 1,20. Duplo prejuízo, pois o terreno, atualmente abandonado, não foi utilizado pelo Governo do Ceará, que preferiu seguir o que a população havia escolhido, tendo de adquirir a área indicada.


Claro que Eudoro vai recorrer da sentença do juiz Gustavo Melo Barbosa, da 15ª Vara Federal, anunciada em 20 de agosto (2003). Ele já declarou que o processo de compra do terreno começou antes de sua gestão (2003-07) no DNOCS, em 2002 (veja matéria completa no link http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2013/09/05/noticiasjornalpolitica,3123711/em-cargos-no-estado-e-municipio-ex-gestores-do-dnocs-sao-condenados.shtml). Como cabe apelação, a sentença será suspensa tão logo o recurso seja impetrado. Mas é interessante saber se prefeitura de Fortaleza e governo do Ceará vão esperar o julgamento do recurso, daqui a “n” anos, ou se tomam agora a decisão de afastar os dois dos cargos que ocupam? Eudoro preside hoje o Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) e Leão está à frente da Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) do Governo do Estado. A moda nefasta é seguir o que fez a Câmara Federal no caso Donadon. A praxe manda seguir o princípio (também conhecido como princípio do favor rei oligarca) do “in dubio pro reo”. Implica em que na dúvida interpreta-se em favor do acusado. Afinal, há ainda o velho axioma “in omni fortuna tuis adhaere”. Ou seja, “mal ou bem, com os teus te avém”. Pelo menos uma vez se poderia seguir o princípio de favor ao povo: “in dubio ad populum”. Não queremos pensar que na cúpula do poder cearense (e na do brasileiro) prevalece o “pares cum paribus facillime congregantur” (cada qual com seu igual).

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O FAZ DE CONTA DA SAÚDE, PÚBLICA OU DOS PLANOS


Tento ser a favor dos médicos no caso do pessoal que vem de fora e não consigo. Eles vivem de maltratar o paciente (sei que há exceções). Acabei de passar por uma que só suportei porque estava em um dia bom, sem querer briga e já preparado para o que viria. Vou resumir. Fui ao Otorrino para uma consulta, através de um convênio falido (só quanto ao serviço) como a Unimed e outros tantos. O médico me atendeu com alguma atenção. Viu meu ouvido e meu nariz. Para o processo alérgico do nariz, que ele disse que eu tenho, passou um descongestionante nasal e uns comprimidos. Tudo bem, mas no caso do ouvido, ele viu que havia cerume em excesso no ouvido direito, mas não extraiu, através de lavagem auditiva ou sucção, como é normal e fiz diversas vezes. Disse que seria o caso de uma outra consulta, que eu teria de pedir autorização ao plano. Ora, eu fui lá para extrair a cera, que me causa dores, zumbidos e até vertigens, porque o cerume acumulado pressiona o labirinto. Mas isso não interessou ao cidadão/médico, que só estava ali para ganhar o valor, por mais irrisório que seja, da consulta. É um procedimento vergonhoso. Para ter outra consulta, ele deixa o paciente com dores e tonturas. O jeito, foi sair de lá e pagar R$ 150,00 por uma consulta particular para que o outro médico lavasse os meus ouvidos.

É ou não este o Brasil varonil que o PT (& aliados) há mais de 10 anos prometeu mudar? Que médicos nós temos? E são médicos desse nível de compromisso ético que os planos de saúde contratam. OUTROS, MAIS PRESUNÇOSOS, preferem colocar os conveniados no fim fila. E o caso do filho do presidente da Unimed, Mairton Lucena, que só marca para julho de 2014. Convênio, é claro. Há ainda aqueles que cobram, por fora, um complemento. A resultante infeliz de tudo é que, seja pública ou particular (através de planos de saúde) a saúde brasileira não funciona. Só no dinheiro vivo, paga pelo particular – um mês de UTI quebra qualquer milionário de meia tigela – ou, preferencialmente bancada pelo poder público maior – como a que bancou o tratamento de Lula e agora de Sarney. O mesmo poder público maior que GASTA mais R$ 23 milhões com contratação particular de aeronaves e 3,4 milhões com um cardápio das arábias.

Criam uma agência de saúde (ANS) que não consegue impor uma norma. Não sabe o que fazer, por exemplo, na relação conflituosa dos planos de saúde com os conveniados de mais de 60 anos de idade. Os planos não querem aceitar ou então elaboram uma tabela de preços proibitiva. O meu caso, por exemplo, como o de milhares de pessoas, é de tripla contribuição, às vezes, até tetra. Como funcionário público me é descontado um percentual para o ISSEC. Pagava, até recentemente, um plano de saúde (era a Unimed). Quando sou contratado para um serviço, pago INSS. E como nada disso funciona, pago consultas e exame e até cirurgias (graças a Deus, pequenas) particulares. E preste atenção que a Unimed está com uma campanha no ar dando 25% de desconto aos policiais militares do Ceará, certamente com o aval do governo, que deveria dar impulso e fazer funcionar o ISSEC (ao invés de se banquetear), já que acabou com o Hospital e o serviço de saúde da PM, mas desconta um percentual para o serviço de saúde, que não existe. Penso que vai para o ISSEC. É um reconhecimento do governo do Ceará que o serviço público de saúde não funciona e tampouco o ISSEC (antigo IPEC).

Você deve ter visto no jornal Nacional da Rede Globo, que, vez por outra, solta uma matéria mais comprometedora, uma reportagem sobre o homem de mais de 60 anos, em Minas Gerais, que teve um sincope na rua e passou quase uma hora para ser atendido, vindo a morrer a caminho do hospital.  O SAMU não tinha ambulância e a PM mineira, apesar de tentar passar o caso, acabou fazendo o tardio socorro. No Maranhão, uma jovem pariu o filho na porta da maternidade, por falta de atendimento. Casos corriqueiros no mundo representados. Fico pensando se os representantes Sarney e mesmo Lula teriam sobrevivido se estivessem na situação daquele homem que desmaiou nas ruas de Minhas! Mas ele era apenas um eleitor/representado no poder...


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TUDO REGADO PELO BOLSO DO CONTRIBUINTE


O caso é mais grave do que pensávamos. R$ 3,4 milhões é o que o governo do Ceará prevê gastar em buffet COM CAVIAR E LAGOSTA, NO gabinete e na residência oficial. E a previsão é baixa, pois em 2011 foram gastos R$ 4,9 milhões nos ditos acepipes. Vida de luxo é assim; jatinho à mão, shows e férias internacionais, até mesmo com a sogra, e uma mesa que nem a tradicional oligarquia cearense desfrutava. E a gente lembra a música do cantor Zeca Pagodinho no verso "você sabe o que é caviar? Nunca vi, não conheço, só ouço falar". Imagine o povo atingido pela seca...

Sim, mas será que nas fartas mesas do palácio e da residência oficial do governo nunca servem pratos típicos do Ceará, tipo carne de sol assada com baião de dois? Ou galinha caipira com pequi, puxando um pouco para o Cariri, terra da amada sogra do senhor governador? Ou ainda carne na brasa com baião de dois, do jeito que fazia o Félix na amada Sobral do clã Gomes? Não poderia ser também um cozido de carneiro criado com favela, acompanhado de pirão escaldado e arroz, no melhor estilo de Tauá, terra do vice-governador Domingos Filho? Ou será que o vice (e o filho) não encara mais o prato só porque perdeu diversos quilos e nunca mais encontrou?



terça-feira, 13 de agosto de 2013

UM GOVERNO QUE É UM LUXO!


Governo do Ceará, um luxo! Vale a frase, sim senhor. Poderia ser dito diferente quando se toma conhecimento da farra com o erário: R$ 3,4 milhões paga o governo do Ceará em comida e decoração; R$ 23 em aluguel de aeronaves; milionário show internacional para convidados na inauguração de centro de eventos; viagem internacional com a sogra em jato fretado; farra em família (em limusine) em Nova Iorque; férias europeias em jato cedido por empresário beneficiado com isenção fiscal; viagem à Itália de férias (afinal, o governador é de carne e osso) em meio à crise das manifestações de ruas pelo Brasil...

O que dizer? "Cantharus assidue gestatus perdidit ansam". Tradução.
Tanto vai o pote à bica, que um dia lá se fica.

domingo, 28 de julho de 2013

O DESESPERO DA QUEDA DE POPULARIDADE


Já disse neste e em outros espaços que ninguém foi poupado. De ponta a ponta, sem nenhuma exceção, os políticos, aqueles que têm o ônus de governar, principalmente, viram, de uma hora para outra, se desmancharem no ar os índices de popularidade que sustentavam sem muito sacrifício, a não ser o de um faz de conta repetido e roto, tão comum que eles nem percebiam que estava esgotado. Todos perderam, claro, uns mais outros menos. A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff (PT) foi quem mais perdeu, fazendo parelha com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), justamente os dois que mais têm feito jogo de cena para encobrir uma verdade que eles pensavam que ninguém estava vendo.

O fato é que está roto o discurso e a maneira de trabalhar da maioria dos governantes. E não me diga que você ainda se entusiasma com o discurso de Lula da Silva (PT-SP), pedindo um “esforço monstruoso” da sociedade e do governo para impedir que a inflação teime em crescer no País, ou da presidente Dilma Rousseff dizendo que ela e Lula são indissociáveis. Ou que ainda fica admirado e eufórico com a verborragia de Ciro Gomes (PSB-CE) no ataque – burgês e maconheiro – a quem é contra a construção de duas pontes sobre o rio Cocó! Ou, principalmente, que acredita e até fica emocionado quando Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, desce um degrau para conversar, via Twitter, com o jovem eleitor cearense, afirmando que “não tem vocação para ditador”, e chega a fungar penalizado quando ele confessa que nunca o Ceará investiu tanto em segurança e que não sabe porque não baixam ‘todos’ (só alguns) os índices de violência.

Ditador por quê? Cabe, sim, a indagação do governador cearense, pois mesmo eu, que quase sempre o critico nesse campo (como governante, é óbvio), nunca pensei nisso. Fiquei só no oligarca, no luxento, arrogante... Será que fui benevolente em excesso? Bom, mas já tenho muitos verões (mais do que invernos) para saber que se trata apenas de um jogo para sensibilizar e se fazer de vítima de ferozes e imperdoáveis algozes. Mesmo que esteja – não sei – entre os ferozes e imperdoáveis algozes e que não me deixe levar por discursos apelativos e piegas, manifesto-me cristalinamente favorável às duas iniciativas mais polêmicas do clã Gomes: as duas pontes sobre o Rio Cocó e a construção do aquário e até ouso explicar alguns pontos que levaram ao fracasso os programas de combate ao crime.  

Agora, vamos por parte. Ora, senhores ambientalistas as árvores que serão decepadas na periferia do rio Cocó nem fazem parte do rol de árvores nativas da área. Ademais, pelo 10 vezes mais podem ser plantadas na área, a título de compensação. A cidade é que não pode continuar sufocada por 94 espécimes ádvenas e a birra de meia dúzia de ultrapassados ambientalistas. Já o aquário é um equipamento que vai agregar conteúdo ao turismo e aliviar o roteiro da prostituição. Sei que algumas obras ditas importantes não agregaram valores ao ambiente onde se instalaram. O Centro Dragão do Mar é um exemplo e, por ironia, está encravado na mesma área onde já está em construção o aquário. Mas não é salutar se perder no argumento pequeno, mesquinho de que há muitas outras prioridades. A construção ou não do aquário não mudaria nada disso. Já o programa de segurança, de que foi carro chefe o Ronda do Quarteirão, esvaziou-se pela arrogância e despreparo do próprio comandante em chefe e mais ainda dos executores. O programa perdeu o rumo nas luzes da ribalta e não tiveram humildade e competência para reavaliá-lo, aproveitando para chamar a sociedade a participar. Insistiram em tornar indispensáveis meios e pessoas. Os meios, certo, são imprescindíveis, mas as pessoas podem ser cambiadas, pois é o homem (e não Hilux) e sua inteligência (e não só propaganda) que fazem a diferença.

A soberba e a corrupção (um ou outro e, às mais das vezes, os dois juntos), que são as marcas da maioria dos atuais detentores do poder, principalmente do PT, PMDB e outros aliados como o PSB, encheram o saco e levaram as pessoas aos protestos nas ruas. E não adianta fazer beicinho, tirar férias – porque é de carne e osso – confessar erros, tachar adversários de maconheiros ou burgueses ou ter a cara de pau de pedir sacrifício do povo para combater a inflação e tampouco se apresentar como alma gêmea. Não é novela o que vivemos neste Brasil carente de bons homens públicos (em todos os poderes). Há que ter humildade diante dos fatos. O que está aí é uma realidade que remete os atores dessa malsinada comédia a dificuldades enormes no teatro eleitoral do próximo ano. A pesquisa do Ibope/CNI mostra o derrapante quadro, que causa tristeza em que está no poder e traz uma enganosa alegria para quem é oposição. Há até aqueles oportunistas escorregadios que, mesmo sendo governo, tentam um mimetismo de oposição, como o senador Eunício Oliveira (PMDB), governo nos planos municipal, estadual e federal. Mesmo nomes como o ex-senador Tasso Jereissati, oposição em nível nacional e mais ou menos nos níveis estadual e municipal, não pode e nem deve se iludir com números que apareceram ainda inflados pelo calor das ruas. Mesmo argumento vale para a ex-senadora Marina Silva (Rede), senador Aécio Neves (PSDB-MG) e até para o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Muito vai mudar e começa já-já, no final de setembro próximo, quando finda o prazo de mudanças partidárias.