O papa Francisco chegou (23/07/2013) ao Brasil no momento em
que o país vive sua cota parte na crise que afeta grande parte do globo. O
conflito brasileiro apresenta característica singulares. Sofre com o
enfraquecimento econômico – cessante – da maioria dos países com quem mantém
relação e se revolve intestinamente na busca da uma nova identidade, pois a que
ostenta atualmente está esgarçada pelo mal uso político. O diagnóstico é
bastante conhecido, mas, apesar disso, o remédio está longe de aliviar as consequências
danosas dos males – inflação teimosa (e todas as suas causas e consequências),
crise moral e política, infraestrutura precária e insuficiente, serviços
desastrosos e até o sagrado direito de ir e vir em duvidosas condições.
E aí o papa Francisco, com senso de oportunidade, ainda que
através de parábola, como é mister do cristianismo, adverte, em sua homilia que
"frequentemente, uma sensação de
solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações,
de ídolos passageiros". O Papa, em seguida, explica e fotografa a
efígie dos indigitados, parabolicamente, é claro: “... hoje em dia, em certa
medida, todos, incluindo nossos jovens, se sentem atraídos por tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e
parecem dar esperança – o dinheiro, o sucesso, o poder, o prazer...”.
Conclui convocando os jovens, especialmente a “transmitirem valores que os
tornem artífices de uma nação e de um mundo mais justo, solidário e fraterno”,
e que “sejam alegres, nunca tristes".
Papa Francisco acertou o alvo em cheio, até no momento que
conclamou os jovens para serem os construtores dos novos tempos, com certeza já
sabendo do fracasso do atual contingente e que o trabalho do novo elenco já
começou, mesmo que ainda só na prevenção, mas como um prenúncio certo de que
virá forte e exemplar no momento oportuno – 05 de outubro de 2014.
No mesmo instante em que o papa Francisco era profético em
sua parábola, um dos indigitados, o ex-presidente Lula da Silva, tal qual o
cavaleiro da triste figura, defendia que a sociedade e o governo fizessem um
“esforço monstruoso” para impedir qualquer sinal de volta da inflação. Lula
está há mais de 10 anos no poder e só agora acha “que a inflação é um mal a ser extirpado da política econômica
brasileira”. Também só agora
descobriu que “só tem um setor que perde com a inflação: é quem vive de salário
neste País”. Sério, nunca antes na história deste país se viu tanta
cara de pau. Justo Lula, que perdeu as melhores chances de fazer o Brasil sair
da eterna promessa de país emergente, abre a boca para pedir mais sacrifício do
povo, classe média, especialmente, porque as duas pontas estão contempladas – a
baixa (quase ou miserável) recebe um consolo igualmente miserável para permanecer
assim como está. A alta continua cada vez mais subindo. É uma atitude desprezível,
que só busca uma brecha para pegar carona na revolta do povo, que ele engana há
décadas.
Eh, Brasil, desperta do sono letárgico em que repousas pois
o berço esplêndido, depois de Lula e do PT, não é mais tão esplêndido assim.
Cuida de dominar o dragão da inflação porque a Europa, em crise cessante, já
cresce este ano mais de 1%. E não esqueça a parábola do Papa Francisco – Cuidados dom esses ídolos que se colocam
no lugar de Deus e parecem dar esperança – o dinheiro, o sucesso, o poder,
o prazer...
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