sexta-feira, 26 de julho de 2013

A PROFÉTICA HOMILIA DO PAPA FRANCISCO


O papa Francisco chegou (23/07/2013) ao Brasil no momento em que o país vive sua cota parte na crise que afeta grande parte do globo. O conflito brasileiro apresenta característica singulares. Sofre com o enfraquecimento econômico – cessante – da maioria dos países com quem mantém relação e se revolve intestinamente na busca da uma nova identidade, pois a que ostenta atualmente está esgarçada pelo mal uso político. O diagnóstico é bastante conhecido, mas, apesar disso, o remédio está longe de aliviar as consequências danosas dos males – inflação teimosa (e todas as suas causas e consequências), crise moral e política, infraestrutura precária e insuficiente, serviços desastrosos e até o sagrado direito de ir e vir em duvidosas condições.

E aí o papa Francisco, com senso de oportunidade, ainda que através de parábola, como é mister do cristianismo, adverte, em sua homilia que "frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, de ídolos passageiros". O Papa, em seguida, explica e fotografa a efígie dos indigitados, parabolicamente, é claro: “... hoje em dia, em certa medida, todos, incluindo nossos jovens, se sentem atraídos por tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança – o dinheiro, o sucesso, o poder, o prazer...”. Conclui convocando os jovens, especialmente a “transmitirem valores que os tornem artífices de uma nação e de um mundo mais justo, solidário e fraterno”, e que “sejam alegres, nunca tristes".

Papa Francisco acertou o alvo em cheio, até no momento que conclamou os jovens para serem os construtores dos novos tempos, com certeza já sabendo do fracasso do atual contingente e que o trabalho do novo elenco já começou, mesmo que ainda só na prevenção, mas como um prenúncio certo de que virá forte e exemplar no momento oportuno – 05 de outubro de 2014.
No mesmo instante em que o papa Francisco era profético em sua parábola, um dos indigitados, o ex-presidente Lula da Silva, tal qual o cavaleiro da triste figura, defendia que a sociedade e o governo fizessem um “esforço monstruoso” para impedir qualquer sinal de volta da inflação. Lula está há mais de 10 anos no poder e só agora acha “que a inflação é um mal a ser extirpado da política econômica brasileira”. Também só agora descobriu que “só tem um setor que perde com a inflação: é quem vive de salário neste País”. Sério, nunca antes na história deste país se viu tanta cara de pau. Justo Lula, que perdeu as melhores chances de fazer o Brasil sair da eterna promessa de país emergente, abre a boca para pedir mais sacrifício do povo, classe média, especialmente, porque as duas pontas estão contempladas – a baixa (quase ou miserável) recebe um consolo igualmente miserável para permanecer assim como está. A alta continua cada vez mais subindo. É uma atitude desprezível, que só busca uma brecha para pegar carona na revolta do povo, que ele engana há décadas.


Eh, Brasil, desperta do sono letárgico em que repousas pois o berço esplêndido, depois de Lula e do PT, não é mais tão esplêndido assim. Cuida de dominar o dragão da inflação porque a Europa, em crise cessante, já cresce este ano mais de 1%. E não esqueça a parábola do Papa Francisco – Cuidados dom esses ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança – o dinheiro, o sucesso, o poder, o prazer...

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