Quem acompanha o noticiário político viu (ou leu) que algumas pessoas do Governo Federal ou da dita subserviente base aliada não contiveram a frustração pela derrota da CPMF no Senado e atacaram os senadores que tiveram a coragem de votar contra. Dilma Roussef, a pretensa clone da dama de ferro, Margareth Thatcher, foi a primeira a se pronunciar. Incorporando o espírito de Luís XIV (1638-1715), rei da França, quando pronunciou a célebre frase “L’État c’est moi!” (o Estado sou eu!), ela tachou os senadores da oposição de irresponsáveis. Dias depois, para ganhar espaço junto ao Planalto (e pensando em mais uma candidatura a Presidente, claro), Ciro Gomes, no seu melhor estilo boquirroto, disse que “é indisfarçável a motivação subalterna, politiqueira e eleitoreira da resposta. É uma motivação de quem tentou escalar o golpe por um caminho, não conseguiu e, agora, quer impedir o presidente Lula de governar”. A entrevista de Ciro saiu no portal do ex-ministro José Dirceu, o pai do mensalão e também na coluna política do O Povo, na oportunidade escrita por Eliomar de Lima, que acrescenta dois detalhes, que transcrevo: “No passado, José Dirceu dizia que Ciro Gomes, então candidato a presidente da República pelo PPS, tinha uma “tendência incontrolável para mentir”; Outro - Ciro inclui entre os golpistas seu amigo fiel, o ex-presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, que, com o DEM, trabalhou contra essa matéria”.
NÃO VALE PEDIR DESCULPAS
Ciro Gomes todos conhecemos de sobra. Sabemos de seu destempero verbal e de sua tendência à gabolice (também escorrega na verdade). Lembram da campanha passada, quando seu irmão Cid Gomes foi eleito governador, quando ele foi obrigado a aparecer na TV, horário gratuito do TRE, para pedir desculpas? Pois é, em um comício em horizonte, ele chamou o adversário do irmão Cid (era Lúcio Alcântara) de filho da p... Quando a imagem apareceu na TV no horário eleitoral de outro candidato (José Maria Melo) a reação no eleitorado foi tão negativa que Ciro foi obrigado a ocupar seu espaço na TV para candidamente pedir desculpas. Como bom ator, conseguiu o perdão, a tirar pelo volume de votos que obteve para deputado federal. Na eleição de 2002, disputando com Serra, Lula e Garotinho (os mais votados) Ciro foi pego na mentira ao dizer que sempre tinha estudado em escola pública. Serra mostrou que era mentira. Um mês antes, em entrevista a João Gordo, da MTV, afirmou que combateu a ditadura militar. Logo foi mostrado que ele começou a carreira política na famigerada Arena e depois foi para o PDS. Outra dele aconteceu já este ano (05/10/2007) quando concedia uma entrevista coletiva no auditório do Sebrae. Uma pergunta sobre o conteúdo publicado na revista ÉPOCA, fez o deputado federal Ciro Gomes dar um salto e um murro na mesa. Ciro Gomes estava programado para falar sobre o “O papel da microempresa na conjuntura econômica brasileira” no dia nacional das micro e pequenas empresas. Essa seria a primeira aparição pública no Ceará do ex-ministro Ciro Gomes, depois da reveladora matéria da revista ÉPOCA que envolveu Ciro Gomes com atos considerados ilegais praticados por um diretor do BNB (Victor Samuel Cavalcante da Ponte) indicado por Ciro. Com uma carta no bolso, assinada por Ciro, esse diretor saiu pedindo a pessoas, que tinham negociações com o banco, doações para a campanha de dele (Ciro Gomes) e do irmão Cid Gomes. Victor foi abandonado e responde sozinho ao processo, já demitido do Banco. Precisa mais?
SCARTAZ OBRANDO NO PLANALTO
Não entendo a necessidade de tanta subserviência. Só pode ser porque o deputado não leu as duas notas que estão na página e saíram na coluna do Cláudio Humberto. Veja o que foi publicado no dia 09/04/2007:
Maggi: Ciro é ‘carne seca’
A reunião do presidente Lula com governadores, mês passado em Brasília, conteve ingrediente ainda desconhecido: o apelido “carne seca” conferido ao ex-ministro Ciro Gomes pelo governador Blairo Maggi (MT). “Não precisa se preocupar com ele”, garantiu Maggi ao governador tucano de São Paulo, José Serra. “Lula e o PT vão colocá-lo ao sol para secar”. Serra respondeu: “nem como carne seca serve de prato principal em acordo político”.
Viva o verde
José Serra ainda disse a Blairo Maggi: “Sou vegetariano e não me alimento de cadáver. Seu ex-companheiro Roberto Freire é quem entende disso”.
DESCUBRA DE QUEM É O AUTORETRATO
Eu sou aquele político à moda antiga. Do tipo que tem muitos detratores e que jamais manda flores. Meu verbo é espoleta mofada, minha trajetória uma palhaçada, meus feitos uma enorme maçada. Adoro falar sobre o que desconheço, opinar sobre o que não sei, tergiversar e regurgitar estultices. Meu currículo é opaco, ganhei notoriedade pelos cargos que ocupo e belas boca que descolo. Mérito quase nenhum a não ser estar perto de quem está no poder. Sou uma rêmora ao redor do tubarão, um falastrão complexado, que sempre muda de lado conforme a conveniência. Minha estratégia de mando é a eterna subserviência e jogo na vala as esperanças de renovação. Mesmo sendo novo e usando o nome do povo sou o mesmo ovo choco da política mal galada. Antigo como a palavra patuscada que encerra em si mesma minha autodefinição.
Se você sabe de quem se trata, parabéns você conhece os nossos políticos.
Agora, responda outra. Você sabe o que oligarquia? Sabendo ou não, veja o que a Revista Piauí publicou, clicando o endereço abaixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário