sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Raul Seixas

Mais uma de Lula. Desta vez, ele se inspirou em Raul Seixas para dizer que prefere ser uma “metamorfose ambulante”, justificando que vai mudando à medida que as coisas vão se transformando. Evidente que Lula fazia referência a votação da CPMF no Senado, mais que uma questão de honra, uma forma de manter a boa vida dele e dos ungidos. A CPMF seria para melhorar a ação da saúde. Piorou. O Barril de pólvora chamado Saúde está prestes a explodir de vez, no Nordeste, principalmente. Será que o Lula pensa que o ouvido do povo é penico.

É PRECISO ENTENDER A POLÍTICA

É preciso entender que na América Latina não há mais espaço para ditaduras, disfarçadas de esquerda ou não. Alguns espertos em política têm feitos análises equivocadas sobre os rumos políticos, principalmente depois que tomou posse a atual safra de mandatários latino-americanos. Lula, Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e mesmo Michelle Bachelet, Tabaré Vázquez e Daniel Ortega. Em 2002, após a primeira eleição de Lula as previsões eram de que a América latina daria uma guinada à esquerda, entendendo esquerda como os modelos políticos comprometidos com projetos sociais. Sinceramente, o que realmente ocorreu?

UMA SOCIEDADE EM MOVIMENTO

O giro à esquerda não se completou. Com exceção do Uruguai, por sua maior estabilidade, os demais esbarraram no assistencialismo travestido de justiça social. O Chile, também por seu maior avanço do sistema político, estancou numa democracia socialista vegetariana. Chávez pratica um modelo totalitário atrasado, apenas sustentado pelas “verdinhas” que brotam do petróleo. Lula sustenta um modelo menos atrasado, mas seu “doping” social não deixa perspectivas alentadoras quanto ao futuro. Não há unidade, nem liderança duradoura e prevalecente na AL. De tudo só fica uma certeza é a sociedade quem dá o tom dos movimentos, atravessada por toda classe de conflitos. De distribuição de renda, de origem étnica (Caso maior de Morales), de incorporação dos excluídos...

DUPLA HORIZONTALIDADE

Andando pelo sertão queimado pelo sol causticante despertei para o intenso brilho do chapéu das parabólicas, encimando barracos miseráveis. Depois, vi na cintura de transeuntes entorpecidos pela modorra um pequeno aparelho –o celular. É a horizontalidade tecnológica influindo diretamente na horizontalidade social. Essa consciência, que chega de longe e de perto que difunde inexoravelmente a injustiça das desigualdades, coloca em ebulição as tradições, o desenvolvimento de novos extratos sociais, nascidos da expansão do sistema educativo, produz o amálgama da resistência aos regimes políticos verticais.

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