Interessante como o leitor atento pode identificar o dinheiro do segmento político (geralmente do erário) que corre nas redações de jornais (sem falar na TV e no rádio, este muito mais). Nos jornais, basta dar uma alhada mais atenta nas colunas ditas sociais, principalmente, e políticas. Lá se vê inteirinho o discurso dos políticos –geralmente candidatos– interessados em desgastar os adversários. Colunistas, como a Regina Marshall, do Diário do Nordeste, deveriam, pelo menos mudar a redação das notas que recebem. Na coluna de hoje, Marshall publica um discurso recorrente contra Moroni (que só conheço pelos discursos sobre polícia), com certeza de interessa da prefeita. Pelo que li das duas últimas campanhas para prefeito de Fortaleza, a questão do Sindes (Sistema Integrado de Defesa Social) foi a base dos ataques contra o candidato do então PFL, hoje Democratas. Faltando pouco mais de seis meses para a campanha já desenterraram o mesmo discurso. Falta falar também que Moroni é delegado federal e gaúcho (também muito usado nas campanhas anteriores). Não voto no Ceará, mas se votasse já começaria a gostar desse Moroni, já que só têm isso para dizer contra ele.
COLETORES DO JABÁ
O pior, pelo que fui informado, é que os colunistas afeitos ao jabá, como a Regina Marshall, têm coletores de jabá. São pessoas que peitam os políticos interessados em desgastar adversários. Da Marshall seria Hélio Passos e Pedro Gomes de Matos. Falam também que uma pessoa chamada Donizete (não lembro o sobrenome) coletaria para mais de um colunista e que também comandaria um esquema de rádios na Capital e Interior. São os chamados mercadores da imprensa “livre”. Há também aqueles que, menos sofisticados, fazem a coleta direta, sem intermediário. Há ainda aqueles que gostam de presentes caros e de passagens internacionais (com estadia). O que é fato é que o dinheiro está correndo à farta nas redações. Às vezes, a mesma nota sai com a igual redação em mais de um veículo. É um mercado caro e bem estruturado. O preço a ser pago varia de acordo com a penetração e a credibilidade. O preço varia de R$ 2.000,00 a R$ 5.000,00 por mês. No rádio, vai de R$ 300,00 a R$ 3.000,00 na emissora de maior audiência. Além da Prefeitura, quem mais se habilita?
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