sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Quanto Mal se Pratica em Nome do Bem!


Recusei até agora fazer qualquer comentário sobre a atitude quixotesca do bispo Luiz Flávio Cappio. Ele deve pensar que é o próprio Cristo ressuscitado. E como já ressuscitado, poderá ressuscitar de novo. Claro que a transposição do São Francisco é polêmica, principalmente com o deputado Ciro Gomes verbalizando a defesa da obra. A verborragia dele cansa e confunde mais do que explica. Mas o tal bispo Cappio está querendo imolar-se para salvar o quê mesmo? Bom, se não pensa ser o Cristo, o bispo deve se contentar com o segundo escalão. Seria então Santo Antônio ou São Francisco de Assis, os dois mais fortes santos na questão do meio-ambiente. E há precedentes na história atual. Chávez, o doido que governa a Venezuela, pensa que é (e incorpora) Simon Bolívar. Evo Morales, em algumas decisões, parece incorporar Kitche Manitu, conforme a crença entre os ameríndios algonquinos, deus supremo e criador. Dom Cappio bem que quer fazer o melhor, para ele ou para o Deus que ele crê. O diabo (com perdão do santo bispo) é que ele está prejudicando muito com suas boas intenções. Dom Cappio espelhe-se no que disso o Santo Apóstolo Paulo ao abordar a questão: ”não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.” (Romanos 7,19).

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