Por isso é que ninguém –a não ser os petistas que são partes do aparelho– acredita quando Lula afirma que há energia suficiente para sustentar o crescimento do Brasil (se não chover) e que não vai haver racionamento de energia. Da mesma forma como ele disse que não haveria aumento de impostos e houve, como foi anunciado no primeiro dia-útil do ano/08. Depois, na sua gutural, Lula falou que iria cortar na carne, ou seja, que cortaria gastos internos. Sabe como ele cortou? Elevando os gastos com os aviões presidenciais, incluindo o luxuoso aerolula. O contrato com uma empresa privada para fornecimento de alimentação para as aeronaves presidenciais acaba de ter um aumento de 14,87%, já descontada a inflação de 2007. Passou de R$ 1,5 milhão para R$ 1,8 milhão, segundo o "Diário Oficial" da União do dia 13/01/08. O contrato, válido de 2 de janeiro até 31 de dezembro deste ano, é com a Comissaria Aérea Brasília, empresa que detém o monopólio do serviço de "catering" (alimentação para vôos) em aviões na capital federal. O contrato prevê o fornecimento de comida e bebida para todos os aviões da Presidência: o Airbus 319 ("Aerolula", usado pelo presidente), dois Boeings 737-200 (os "Sucatinhas"), sete aviões da Embraer, sete jatos Learjet e dois helicópteros. Além do presidente, ministros e autoridades do Legislativo usam essas aeronaves.
VEJA A CONTA DA MORDOMIA (só na aviação)
Só para você ficar ciente de como é bem gasto o imposto que você recolhe, entre janeiro e novembro do ano passado, os gastos do governo federal com passagens e diárias foram de R$ 843,7 milhões, segundo dados disponíveis do Siafi (sistema de acompanhamento de gastos do governo). Essa fatia deveria dar alguma contribuição no esforço do governo de cortar R$ 20 bilhões para compensar o buraco deixado pelo fim da CPMF. Lula, antes de embarcar para a vilegiatura na América Central, incluindo Cuba do morto-vivo Fidel Castro, recomendou aos auxiliares que fossem parcimoniosos (se é que ele sabe o que é isso) com os gastos, mas adiantou que pretende intensificar suas viagens pelo Brasil no primeiro semestre, inaugurando obras de saneamento e habitação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No segundo semestre, por conta do período eleitoral, o presidente deve fazer viagens ao exterior, principalmente para a Ásia.
AGORA A CONTA DOS CARTÕES
O valor gasto com os cartões corporativos, tido como dinheiro de ninguém e fiscalizado por ninguém, cresce em progressão geométrica. Como gosta de dizer o presidente Luiz Inácio da Silva, nunca antes na história deste país nenhum setor registrou aumentos como os cartões. De 2006 para 2007 o incremento foi de 129%, como demonstra levantamento publicado domingo no Estado, com base nos números da Controladoria-Geral da União.
Durante o ano passado, foram R$ 75,6 milhões, dos quais R$ 58,7 milhões (75%) sob a forma de saques diretos nos caixas eletrônicos. Dinheiro vivo, em espécie, de destino questionável.
O volume é significativo, o aumento, espantoso - em 2004 o gasto foi de R$ 14,15 milhões; em 2005, R$ 21,7 milhões; em 2006, R$ 33,027 milhões. O pior de tudo é que o dinheiro gasto à farta é protegido em seu uso. Parte não se sabe para onde vai, parte não se tem como fiscalizar se foi para onde deveria. Por exemplo: quando a campeã de gastos em cartões, a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, apresenta uma conta de R$ 171,5 mil em viagens, aí incluídas despesas com hotéis, restaurantes e aluguéis de carros, não há outro meio, a não ser a palavra dela, de saber se realmente todos os gastos guardaram relação com atividades profissionais.
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