segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dependemos de São Pedro


O presidente Lula, em seus exageros megalômanos, disse no seu programa de rádio que o Brasil não entra em racionamento de energia e há suficiente para bancar o crescimento do País até 2010. Como o presidente não costuma dizer a verdade, as pessoas não estão acreditando. Quanto mais Lula tenta desmentir, mais as pessoas têm como referência as declarações do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, de que "não é impossível" um racionamento de eletricidade ainda neste ano.

Quanto mais procura desmentir as afirmações do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, de que "não é impossível" um racionamento de eletricidade ainda neste ano, mais o governo exibe sinais de que sabe que a possibilidade é real. A ministra sargentão do Governo Lula, Dilma Rousseff, proclamou que a interligação do sistema elétrico e a malha de termoelétricas evitarão que se repita o racionamento de 2001 e que é possível antever problemas com margem de segurança necessária para tomar providências. Sei não, mas não acredito, sinceramente. Levo mais fé nas pessoas que estão olhando o céu com bastante atenção, pois depende de São Pedro abrir as comportas para mandar chuvas nas regiões que abastecem os nos nossos reservatórios com usinas geradoras de energia. Agora, por que o presidente Lula não faz o que nunca quis fazer, ou seja: convocar o setor privado para uma discussão franca sobre a melhor maneira de economizar energia desde já, e se preparar para um racionamento que só São Pedro pode evitar?


DE VÍTIMA A ALGOZ

A prefeita conseguiu dominar PT. De vítima, na campanha anterior, quando o partido quis tirar a sua candidatura, ele se transformou agora em algoz do grupo que era dominante –Joaquim Cartaxo e Guimarães– e em uma candidata poderosíssima, com apoio das três esferas de poder (federal, estadual e municipal). Não vai dar, então, para o ela fazer o papel que mais gosta: de vítima. Vai ser mesmo algoz daqueles que ousarem enfrentá-la, massacrando-os com a imensa estrutura (e dinheiro) de poder que manipula. O partido está em suas mãos e ela fez questão de estar presente e posar para as fotos, como a mandar um recado aberto para os setores que tentaram minar sua força, ameaçando com candidaturas independentes (Chico Lopes e Patrícia Sabóia): PC do B e PSB (oligarquia Gomes).Só falta agora combinar com o eleitor, que foi massacrado nos três primeiros anos de mandato do aparelho petista, que engordou mas deixou à míngua a população mais pobre.


POPULAÇÃO CONTINUA ASSUSTADA

Não sou contra o Ronda do Quarteirão. Torço para que dê certo. Mas é fato, apesar de o Jornal O Povo, com os seus colunistas, principalmente Fábio Campos (Política), continuarem em campanha aberta a favor do programa, escamoteando os fatos e a verdade. Por mais que esteja cumprindo o seu papel, o Ronda precisa de críticas para se aprimorar e se estender, como é necessário. Os cruzamentos de Fortaleza continuam a espalhar terror. O Ronda até que se esforça, mas não consegue fazer uma prisão. E os assaltos se sucedem nos semáforos. Não será porque os policiais estão nos restaurantes da cidade fazendo uma boquinha? As vítimas preferenciais são as mulheres que conduzem seus carros sozinhas. Também não têm tréguas os proprietários de casas de praia na Região Metropolitana. Não sei quanto a você, mas eu não tenho de coragem de entrar no trânsito congestionado das 18 horas nas regiões do Cocó, Aldeota, Papicu e Via Expressa. Mais de 10 assaltos ocorreram este fim de semana. Estou falando somente daqueles motoristas que ainda acreditam e vão às delegacia para registrar um BO.

ABUSO GRAVE OU SÍNDROME DE ESTOCOLMO?

Há algum tempo martelava em minha cabeça recorrentemente a pergunta, que vi agora no ex-blog do César Maia: seria incorreto politicamente perguntar em que situação a deputada Clara Rojas -refém do grupo narcoguerrilheiro FARC- ficou grávida? Não vi uma linha sequer na imprensa, seja daqui ou da colombiana e venezuelana. Ela só trata do assunto em relação ao parto e a separação de seu bebê, como na coletiva de sexta-feira que se pode assistir no link abaixo de oito minutos. Teria a deputado sido obrigada por constrangimento grave ou seria síndrome de Estocolmo? Só para não deixar em branco, acrescento que a Síndrome de Estocolmo ocorre como uma resposta psicológica em situações em que os reféns demonstram lealdade aos seus seqüestradores. Alguns casos –está na literatura– de abuso infantil ou violência doméstica também podem caracterizar a síndrome. Para os pesquisadores, parece que é um mecanismo de sobrevivência desenvolvido por pessoas que se encontram sob o poder de outras.

Clique no link abaixo para ver a entrevista:

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