Como o cidadão pode cumprir um contrato social se o Governo é o primeiro a descumpri-lo? O Estado, como escreve Max Weber, tem o “monopólio da violência legítima”, mas o presidente Lula e seus ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) precisam entender que não se trata da violência que eles praticaram contra o País. A violência da mentira, da enganação. E com que cara de pau Mantega explicou que o presidente estava cumprindo a palavra quando disse que não iria aumentar imposto... em 2007. Um governo sério e honesto teria outra atitude, e que fosse a de aumentar imposto. O problema maior é o péssimo exemplo da enganação. Quando se presencia atitudes dessa natureza, imediatamente vem à lembrança a famosa frase atribuída a Charles De Gaulle: “Le Brésil n’est pas um pays sérieux” (O Brasil não é um país sério), no auge da crise política surgida entre Brasil e França, nos anos 60, decorrente da apreensão de pesqueiros franceses que capturavam lagostas na costa brasileira. De Gaulle morreu sem conseguir convencer que não pronunciara a frase. Há versões sobre o episódio que deixam a situação ainda pior. O general teria dito quase tudo e que teria sido o embaixador do Brasil, Carlos Alves de Souza, a acrescentar o adjetivo “sério”. Não tem importância, mas vale dizer que o Brasil é um país sério, mas há governantes que nos envergonham como o honesto Lula e seus seguidores trambiqueiros.
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