Na história não há um exemplo sequer de regime populista que tenha conseguido acabar, ou mesmo mitigar eficientemente, com a pobreza, estimular a educação aberta ou desmontar o fanatismo. Os programas populistas não se voltam efetivamente para o desenvolvimento dito sustentável e firme. O populista, é claro, não se interessa pelos direitos individuais, nem pela majestade das instituições republicanas. Bem ao contrário, exagera o assistencialismo mendicante, impõe doutrinas tendenciosas e exalta diversos tipos de animosidade para conseguir a adesão de multidões desprotegidas, exploradas, ressentidas ou perturbadas pela confusão. O texto é parte de um artigo de Marcos Aguinis, publicado no jornal La Nación, que fiz questão de transcrever para fazer uma análise comparativa com a situação que vive alguns países latino-americanos, principalmente o Brasil de Lula da Silva e a Venezuela de Hugo Chávez. O mexicano Enrique Krause completa o desenho quando diz que no populismo nunca falta o personalismo, porque o partido ou o movimento se constrói em torno da figura providencial. O líder é um demagogo, porque se acomoda, mente, adula e desacredita, segundo convenha ao crescimento de seu poder.
O DESDÉM AO FUNCIONAMENTO LEGAL
Veja agora, o trecho seguinte do artigo de Marcos Aguinis: Também pertence a esse modelo seu desdém para com a ordem legal. A lei é apenas um traje que se ajusta de acordo com o gosto e a medida. Está claro que o modelo populista não aceita a alternância, mas sim quer permanecer aparafusado ao trono. Reeleição ilimitada ou presidência vitalícia. A todas essas características não lhe falta o cultivo da utopia. Ou seja, a promessa de que se avança na direção de um futuro esplendido. É uma ilusão, que se prepara com tenacidade, o mesmo que atribuir a culpa a outros e ao passado para encobrir a ineficiência da gestão atual e disfarçar os sintomas da deterioração. A hipnose de repetir, que se lograram resultados brilhantes com este modelo populista e que serão ainda melhores, não deixa de perturbar e convencer. Enquanto nos resignamos à mediocridade de continuar navegando sem rumo.
Reflita um pouco sobre a reação de Lula da Silva à queda da CPMF. Ele e seus séquito de aduladores não cansaram de dizer que a saúde não poderia ser a mesma com o fim da constribuição (imposto) do cheque, como se o quadro caótico que existe (com CPMF e tudo) até hoje pudesse ser pior. Só para relembrar clique no endereço abaixo para ouvir as palavras do presidente.
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