O panorama das pesquisas começa a mostrar algumas mudanças no quadro eleitoral. É a segunda rodada do Datafolha e o que se percebe é a situação se consolidar na campanha presidencial e em alguns estados, enquanto em outros tem início a marcha da mudança.
A disputa presidencial segue em marcha batida para um desfecho que coloca o País como refém de um jogo perigoso. Dilma Rousseff, a despótica candidata do PT, está a apenas 3 pontos de uma vitória logo no primeiro turno. Não considero um fatura definida, mas um freio no crescimento constante da candidata deve ser logo aplicado. E o grande problema é que não enxergo na estratégia de José Serra (PSDB-DEM) as condições necessárias para isso. Apostar somente no tambor global da TV é esperar demais. É fácil disfarçar a fala sem nexo da candidata no programa e nos comerciais do horário eleitoral. Sobram os debates, mas sempre há uma rota de fuga, principalmente se ela continuar inflando.
O sinal para uma mudança de rota tem de aparecer até 30 de agosto. Até lá, se a proa do navio não tomar outro rumo, o barco poderá soçobrar no primeiro turno. Será uma batalha renhida, a partir da próxima terça-feira, dia 17. Claro que os ecos do programa eleitoral, de início, com baixa assistência, deve chegar às ruas em sintonia. Ou seja, o que for dito na TV deve ser repicado no rádio, nos comícios, nas caminhadas e entrevistas.
Não vão bastar somente a apresentação de planos de governo, a realização de obras, a experiência administrativa. É preciso ir mais fundo e escarafunchar o comportamento individual ou o traço de caráter de cada um. Sem dúvida, Dilma vai seguir a estratégia de se segurar, explorando seu banco de crédito eleitoral: Lula. Serra deve ter coragem e ousadia para mostrar o que sabe fazer e ir além, espicaçando a couraça de proteção da candidata situacionista, chegando ao seu passado, procedimento e ligações. É jogo baixo, vão dizer alguns, mas em uma campanha deve-se fazer o necessário para vencê-la. Não se pode ficar silente diante os fatos graves em nome de uma cobrança de nível. Incorre em aguda desídia quem, sabedor de fatos de relevante gravidade, os omite ao povo. Só resta este caminho e Serra, ou qualquer outro candidato de oposição, deve trilhá-lo sem medo.
ALIANÇAS INODORAS
Há pouco a esperar em termos de alianças políticas para o candidato tucano. Afora o tempo de TV e de rádio, o DEM nada lhe adiu. Em alguns casos até subtraiu. Mesmo o pavão Aécio Neves, confortável nos seus 70% de preferência para o Senado, não tem feito valer sua influência para guindar com presteza seu candidato, Anastasia, em Minas, que tem apenas 17% contra 43% de Hélio Costa. O mesmo pode-se dizer de Tasso Jereissati, no Ceará, montado em seus 63% para repetir o mandato no Senado, enquanto seu candidato Marcos Cals se arrasta com lesmice. Minas e Ceará vivem situações inversas, mas similares. Anastasia, que era o vice de Aécio, apesar do peso eleitoral da máquina, cresce lentamente, enquanto no Ceará, Marcos Cals, candidato de oposição tem caixa para crescer, mas se move tropegamente, empurrado por uma campanha insossa, de ideias batidas, quase reverenciando o poder. Nos bastidores correm soltos os boatos que Ciro F. Gomes (deputado federal por São Paulo, embora com votos dos cearenses), coordenador da campanha do irmão Cid F. Gomes, durantes as reuniões com prefeitos, vereadores e lideranças (independente do partido) só pede votos para o irmão.
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