A temperatura da campanha aumenta. O tempo é curto para causar o efeito desejado, mas antes tarde do que nunca. Em um ato político em Porto Alegre, Serra acusou o governo de clientelismo no caso dos Correios, cuja diretoria, segundo ele, “não serve aos Correios, mas aos partidos ou setores de partidos”. Depois, acrescentou: “Nunca o patrimonialismo e a fisiologia avançou tanto no nosso país. Nunca o governo foi tão ousado para fins privados. O que eu quero fazer é estatizar os órgãos públicos para servirem ao público, e não aos partidos, a um interesse, a um grupo”.
GERAÇÃO DILMA NA GRAMÁTICA
Já vimos algumas vezes, estupefatos, as falas truncadas, sem qualquer nexo, da candidata do PT, Dilma Rousseff, na TV -e o youtub esta repleto. Fazem-me lembrar até, permita-me a digressão, as falas e gesticulação de Sergio Machado (presidente da Transpetro) em 1998, quando foi candidato ao Governo do Ceará. Quando ele dizia "nós vamos", gesticulava para trás, e quando falava "vamos voltar", gesticulava para frente. Um desastre. Ainda bem que ele quase fica devendo voto. Voltando ao assunto da falta de preparo da turma do PT na formação intelectual deste país, faço questão de mostrar aqui outro exemplo de barbárie intelectual, para tomar as palavras do jornalista Reinaldo Azevedo (comentando o assunto), que toma conta até das universidades.
Foi durante uma aula inaugural de História na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, a Uni-Rio, proferida pelo ministro Celso Amorim. Ao fazer a saudação ao ministro, que só acumulou derrotas na política externa brasileira, a magnifíca reitora, professora doutora Malvina Tuttman (petista de carteirinha) fez o seguinte discurso (veja trechos transcritos por Reinaldo Azevedo):
"(…) Celso Amorim, um dos homens deste país que, atualmente, vem imprimindo e mostrando a seriedade desse país não só para fortalecer a autoestima nossa, do povo brasileiro, mas, em especial, dos nossos irmãos estrangeiros, que, por meio de uma política governamental importante de relações exteriores e, sem dúvida alguma, falava há pouco com o ministro, por conta da capacidade, da força, da história de vida do ministro, do embaixador Celso Amorim, o nosso país, hoje, não só por isso, mas também por isso, tem um reconhecimento e um valor importante internacional. (…) Uma das pessoas que eu considero (…) um dos nomes mais representativos da história deste país".
(…) O ministro, ele não ficará historicamente lembrado, já que estamos numa aula inaugural de história, apenas por sua passagem neste momento político do nosso país, mas enquanto aquilo que ele representa como brasileiro que se orgulha de ser brasileiro e que leva esse orgulho para fora dos muros, das fronteiras do nosso país.
(…) E posso lhe [a Amorim] dizer que, além da satisfação de estar reitora neste momento político importante do nosso país, onde as universidades têm recebido um justo olhar para aquilo que ela produz de importante, de ciência para esse país, e isso tem acontecido, nós podemos ter um marco importante, antes de 2003 e depois de 2003, e, por isso, eu posso me orgulhar de estar reitora neste momento, desde 2004, ministro, e completarei o meu mandato até 2012…
Mas eu quero também lhe cumprimentar e lhe dizer da grande satisfação de Malvina Tuttman, cidadã brasileira, estar, neste momento, sentada ao lado de um grande homem, um homem que fortalece o nosso país, um país que vem crescendo e que irá, se ainda não surpreendeu, irá surpreender não só alguns brasileiros incrédulos, mas Irá surpreender ao mundo. Ministro, que quero lhe dizer que o senhor verdadeiramente nos deu uma aula. Uma aula de autoestima, uma aula de mediação de combinação de habilidade de negociação com, se o senhor me permite, uma certa ousadia, ou muita ousadia, diplomática importante. E eu acho que essa é a grande diferença, essa habilidade conjugada à ousadia, mas uma ousadia que sabe aonde quer chegar, uma ousadia respeitosa. Isso fez e faz com que o nosso país, internamente, se veja de uma outra maneira e que, externamente, tenha essa representatividade internacional que nós temos.
Do contra, ministro, nós sempre vamos encontrar. E é bom até, porque as opiniões muitas vezes contrárias nos fazem repensar e, algumas vezes, se temos essa habilidade, nos fazem crescer também e verificar que as diversas vozes contribuem, se elas não vêm para atrapalhar, elas contribuem para o nosso avanço. O senhor falou tantas coisas importantes, mas eu destacaria, se o senhor me permite, uma palavra importante, que, para nós, é especial e que marca também a visão da política no nosso país em todos os sentidos, principalmente neste momento das relações exteriores.
E é alguma coisa que tem de ser inserida no nosso modo de estar no mundo, que é a paz. E o nosso governo, por meio do nosso presidente e do senhor, tem dado também essa lição para o mundo, para nós e para o mundo. Eu fiquei orgulhosa, orgulhosa, ministro, da atitude que o Brasil teve especificamente, há muitas, mas especificamente ao fato do Irã. Gostei. E sou judia! E aí fico muito á vontade de dizer dessa minha satisfação, desse meu orgulho, porque, acima de tudo, nós somos homens e mulheres, crianças e pessoas mais amadurecidas, mas que temos convicções muitas vezes contraditórias, mas alguma coisa tem de nos unir, a condição de sermos humanos, e, por isso, a paz é imprescindível.
Eu acho que a atuação do presidente Lula e a atuação do ministro das Relações Exteriores pode, no meu entendimento, podem ser caracterizadas e definidas, para mim, numa palavra que, nesse momento, é a mais importante de todas: paz. Muito obrigada, ministro, seja muito saudado pela nossa comunidade!
Entendeu tudo?
Confira nos links abaixo:
http://www.youtube.com/mrebrasil#p/u/0/Y4LW97Vy99w
http://www.youtube.com/watch?v=qWgol6I-YpY&feature=related
http://http://www.youtube.com/mrebrasil#p/u/0/Y4LW97Vy99w
Agora vejam como Dilma vai falar na TV (veja no link):
http://www.youtube.com/watch?v=KDI31P0vj2Q
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