domingo, 15 de agosto de 2010

Panorama em Alguns Estados

A propaganda eleitoral cara, mas dita gratuita, que se inicia nesta terça-feira pode determinar novos caminhos que venham a preencher vazios que nos parecem estranhos nos discursos de muitos dos candidatos. Em Minas Gerais, por exemplo, há terreno fértil para crescimento do tucano Antônio Anastasia, mas é preciso ir mais fundo na crítica ao peemedebista Hélio Costa, principalmente através de Aécio Neves. A diferença de 26 pontos é alta, mas Hélio não emana segurança.

No Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral, com 57%, segundo o último Datafolha, dificilmente deixará escorregar a vitória logo no primeiro turno. O verde Gabeira, com apenas 14%, não encontrará forças para reverter o quadro. A imensa máquina governativa e alianças amplas e a estrondosa visibilidade de Cabral não será ofuscada.

Em São Paulo o também tucano Geraldo Alckmin está com a vitória no primeiro turno nas mãos. O horário da TV deve consolidar sua posição, pois o petista Aloizio Mercadante, com apenas 16% das intenções de voto, dificilmente reagirá e menos ainda Celso Russomanno (PP), que só chega a 11%. Interessante é que a também petista Dilma Rousseff tem bem melhor desempenho em São Paulo que Mercadante.

No Amazonas, o atual governador Omar Aziz, que era vice de Eduardo Braga (saiu para concorrer ao Senado), lidera a disputa ao governo, conforme o Ibope. O candidato Aziz (PMN) tem 49% de intenções de voto. Em segundo lugar, aparece o candidato Alfredo Nascimento (PR), com 37%. Omar Aziz deve levar a disputa no primeiro turno, principalmente escudado na força de Eduardo Braga, que é o líder na disputa para o Senado. Mesmo que ele tenha registrado uma leve queda (erro amostral) de 2%, pois em junho (campo 12 a 17) ele apareceu com 51%, enquanto Alfredo Nascimento (PR) aparecia com 36%. Trata-se de uma simples acomodação amostral.

No Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC), com o 135 e tudo, lidera a disputa pelo governo do Distrito Federal com 41% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Datafolha. Apesar da dianteira, a diferença para o segundo colocado, Agnelo Queiroz (PT), que era de 13 pontos percentuais na rodada anterior, caiu para oito -o petista tem 33%. Um quadro complicado e Roriz, depois da crise do Ficha Limpa, vai ter de enfrentar uma pedreira. O segundo turno se aproxima.

No Paraná, Beto Richa (PSDB) abriu vantagem de 12 pontos sobre Osmar Dias (PDT). Segundo pesquisa Datafolha feita de 9 a 12 de agosto, Richa tem 46% de intenção de voto, contra 34% de Dias. No levantamento anterior, feito de 20 a 23 de julho, a vantagem de Richa era de apenas cinco pontos: 43% a 38%. Os demais candidatos, Paulo Salamuni (PV), Amadeu Felipe (PCB), Robinson de Paula (PRTB), Avanilson (PSTU) e Bergmann (PSOL), não chegaram a 1% cada. Se as eleições fossem hoje, o ex-prefeito de Curitiba seria eleito no primeiro turno, mas o quadro permanece incerto pelo menos até 30 de agosto. Se permanecer em tendência de crescimento, Richa pode liquidar a batalha logo no dia 3 de outubro.

No Rio Grande do Sul, a atual governador e candidata Yeda Crusius (PSDB) está com sinal amarelo em sua campanha, já que a campanha está se polarizando entre Tarso Genro e José Fogaça. A última pesquisa do Datafolha apontou que o candidato do PT, Tarso Genro, lidera a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul com 38% das intenções de voto. O petista ampliou a dianteira para 11 pontos percentuais em relação a José Fogaça (PMDB), que tem 27%. Na rodada anterior, a diferença entre eles era de oito pontos. Yeda Crusius (PSDB) aparece em terceiro lugar com apenas 16%. Há muita briga pela frente pelos lados gaúchos.

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