Este Blog deseja a todos que nos acessaram um FELIZ 2008. Agora, para o pessoal acima de 49 anos poder matar a saudade dos anos 80, veja o clipp que pegamos do ex-blog de César Maia, pois representa o início da caminhada que nos fez chegar a este momento. Naquela época, saíamos da ditadura militar e começávamos a transição, que se concretizaria em 1985. Se os anos 60 foram os anos do sonho, do amor livre, das ideologias. Os anos 80 foram marcados pelo virada. Chegava ao fim do caminho o desenvolvimentismo bancado pelo Estado e era necessário descobrir novos rumos, embora poucas luzes aparecessem no túnel do tempo futuro. O fim da trajetória ditatorial e o início da redemocratização marcaram a chamada década perdida, enquanto o mundo vivia o balanço das discotecas. Vieram os difíceis anos 90 das eleições diretas (começaram no final dos anos 80, com a eleição de Collor de Mello), o neoliberalismo com a venda de diversas pérolas do patrimônio brasileiro e nova crise econômica no final da década, que abriu espaço para as lideranças emergentes dos movimentos de base na passagem para o novo século. Os primeiros anos do século XXI são marcados pela consolidação da globalização, pelos saltos tecnológicos, pela luta de convivência multicultural. A horizontalidade ditada pela tecnologia das comunicações, principalmente, traz as profundas mudanças que hoje vivenciamos e que, de certo modo, nos empurra ao encontro de um passado com novo guarda roupa. Os caminhos são imprevisíveis, mas o mundo está mais rico e pode dividir melhor essa riqueza, pois sabe que de outra forma não haverá saída.
Dá para esperar um mundo melhor. Belíssimo 2008.
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Mais Uma Lambança de Ciro Gomes
Quem acompanha o noticiário político viu (ou leu) que algumas pessoas do Governo Federal ou da dita subserviente base aliada não contiveram a frustração pela derrota da CPMF no Senado e atacaram os senadores que tiveram a coragem de votar contra. Dilma Roussef, a pretensa clone da dama de ferro, Margareth Thatcher, foi a primeira a se pronunciar. Incorporando o espírito de Luís XIV (1638-1715), rei da França, quando pronunciou a célebre frase “L’État c’est moi!” (o Estado sou eu!), ela tachou os senadores da oposição de irresponsáveis. Dias depois, para ganhar espaço junto ao Planalto (e pensando em mais uma candidatura a Presidente, claro), Ciro Gomes, no seu melhor estilo boquirroto, disse que “é indisfarçável a motivação subalterna, politiqueira e eleitoreira da resposta. É uma motivação de quem tentou escalar o golpe por um caminho, não conseguiu e, agora, quer impedir o presidente Lula de governar”. A entrevista de Ciro saiu no portal do ex-ministro José Dirceu, o pai do mensalão e também na coluna política do O Povo, na oportunidade escrita por Eliomar de Lima, que acrescenta dois detalhes, que transcrevo: “No passado, José Dirceu dizia que Ciro Gomes, então candidato a presidente da República pelo PPS, tinha uma “tendência incontrolável para mentir”; Outro - Ciro inclui entre os golpistas seu amigo fiel, o ex-presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, que, com o DEM, trabalhou contra essa matéria”.
NÃO VALE PEDIR DESCULPAS
Ciro Gomes todos conhecemos de sobra. Sabemos de seu destempero verbal e de sua tendência à gabolice (também escorrega na verdade). Lembram da campanha passada, quando seu irmão Cid Gomes foi eleito governador, quando ele foi obrigado a aparecer na TV, horário gratuito do TRE, para pedir desculpas? Pois é, em um comício em horizonte, ele chamou o adversário do irmão Cid (era Lúcio Alcântara) de filho da p... Quando a imagem apareceu na TV no horário eleitoral de outro candidato (José Maria Melo) a reação no eleitorado foi tão negativa que Ciro foi obrigado a ocupar seu espaço na TV para candidamente pedir desculpas. Como bom ator, conseguiu o perdão, a tirar pelo volume de votos que obteve para deputado federal. Na eleição de 2002, disputando com Serra, Lula e Garotinho (os mais votados) Ciro foi pego na mentira ao dizer que sempre tinha estudado em escola pública. Serra mostrou que era mentira. Um mês antes, em entrevista a João Gordo, da MTV, afirmou que combateu a ditadura militar. Logo foi mostrado que ele começou a carreira política na famigerada Arena e depois foi para o PDS. Outra dele aconteceu já este ano (05/10/2007) quando concedia uma entrevista coletiva no auditório do Sebrae. Uma pergunta sobre o conteúdo publicado na revista ÉPOCA, fez o deputado federal Ciro Gomes dar um salto e um murro na mesa. Ciro Gomes estava programado para falar sobre o “O papel da microempresa na conjuntura econômica brasileira” no dia nacional das micro e pequenas empresas. Essa seria a primeira aparição pública no Ceará do ex-ministro Ciro Gomes, depois da reveladora matéria da revista ÉPOCA que envolveu Ciro Gomes com atos considerados ilegais praticados por um diretor do BNB (Victor Samuel Cavalcante da Ponte) indicado por Ciro. Com uma carta no bolso, assinada por Ciro, esse diretor saiu pedindo a pessoas, que tinham negociações com o banco, doações para a campanha de dele (Ciro Gomes) e do irmão Cid Gomes. Victor foi abandonado e responde sozinho ao processo, já demitido do Banco. Precisa mais?
SCARTAZ OBRANDO NO PLANALTO
Não entendo a necessidade de tanta subserviência. Só pode ser porque o deputado não leu as duas notas que estão na página e saíram na coluna do Cláudio Humberto. Veja o que foi publicado no dia 09/04/2007:
Maggi: Ciro é ‘carne seca’
A reunião do presidente Lula com governadores, mês passado em Brasília, conteve ingrediente ainda desconhecido: o apelido “carne seca” conferido ao ex-ministro Ciro Gomes pelo governador Blairo Maggi (MT). “Não precisa se preocupar com ele”, garantiu Maggi ao governador tucano de São Paulo, José Serra. “Lula e o PT vão colocá-lo ao sol para secar”. Serra respondeu: “nem como carne seca serve de prato principal em acordo político”.
Viva o verde
José Serra ainda disse a Blairo Maggi: “Sou vegetariano e não me alimento de cadáver. Seu ex-companheiro Roberto Freire é quem entende disso”.
DESCUBRA DE QUEM É O AUTORETRATO
Eu sou aquele político à moda antiga. Do tipo que tem muitos detratores e que jamais manda flores. Meu verbo é espoleta mofada, minha trajetória uma palhaçada, meus feitos uma enorme maçada. Adoro falar sobre o que desconheço, opinar sobre o que não sei, tergiversar e regurgitar estultices. Meu currículo é opaco, ganhei notoriedade pelos cargos que ocupo e belas boca que descolo. Mérito quase nenhum a não ser estar perto de quem está no poder. Sou uma rêmora ao redor do tubarão, um falastrão complexado, que sempre muda de lado conforme a conveniência. Minha estratégia de mando é a eterna subserviência e jogo na vala as esperanças de renovação. Mesmo sendo novo e usando o nome do povo sou o mesmo ovo choco da política mal galada. Antigo como a palavra patuscada que encerra em si mesma minha autodefinição.
Se você sabe de quem se trata, parabéns você conhece os nossos políticos.
Agora, responda outra. Você sabe o que oligarquia? Sabendo ou não, veja o que a Revista Piauí publicou, clicando o endereço abaixo.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Nem só o Rico Paga Segurança
A imprensa nacional e até a internacional e alguns blogs publicaram que os serviços de inteligência do Brasil suspeitam que está sendo preparada uma luta armada entre grupos que cobram proteção contra os narcotraficantes em Rio das Pedras-RJ. As organizações são integradas por ex-militares ou ex-policiais. O temor é que ocorra uma guerra entre os grupos pelo controle dos milionários recursos que cobram à população. Quando se lê uma notícia dessa a primeira reação é pensar que no Rio de Janeiro a situação já está sem controle (pelo Governo, em qualquer nível). Não é bem assim. A situação que é denunciada, e que fizemos questão de trazer para refletir com vocês, já está acontecendo também aqui em nosso quintal. Uma senhora humilde que abordei num terminal, antes de entrar no ônibus que a levaria para o Jenibaú, ao lado do conjunto Ceará, logo depois do Maranguapinho, me disse que quando sai de casa para trabalhar como doméstica numa casa na Aldeota, leva o dinheiro da passagem (ou vale transporte) e mais R$ 2,00. Este valor é o pedágio que ele paga todo dia à noitinha para atravessar da parada onde desce até sua casa. Cerca de 500 metros de ruelas escuras e com água servida correndo em valas improvisadas. Será que isso só ocorre no Jenibaú?
O RONDA DEIXA A FASE DE EXPERIÊNCIA
Como anunciou o governador Cid Gomes, que desfilou em carro aberto pela cidade acompanhado pelos 200 carros marca Hilux e pelas 500 motos, o programa Ronda do Quarteirão entra agora em abrangente fase de execução. Não serão mais os 4 bairros, mas toda Fortaleza e alguns municípios do Ceará (ainda não é possível todo o Estado). 900 novos policiais saídos do forno vão assumir o serviço. Claro que vale parabenizar o governador pela pertinácia em implantar e fazer funcionar o programa. Torcemos para os resultados sejam alentadores (e serão), embora acreditando que são necessárias mais algumas providências. A questão da segurança só pode chegar a uma solução sustentável através de um trabalho integrado de todo o governo em parceria com a sociedade. Mas não é o caso de aprofundarmos agora esta questão. O que está em tela é o barramento da escalada da violência, que o Ronda tenta fazer. O que é o Ronda? É um programa de policiamento motorizado ostensivo e preventivo. É suficiente para barrar o crime? Não. Vai inibir algumas ações em algumas áreas, o que já representa um ganho considerável. É muito mais do que os governadores anteriores fizeram.
NÃO PRECISA CAMUFLAR
Vamos pegar o caso do “arrastão” (negado pelas autoridades) ocorrido no dia 22, sábado, no centro de Fortaleza, véspera do desfile pela cidade em carro aberto, para reflexionar o complexo problema. O centro, como diz o próprio governador, tem uma malha xadrez, propensa, portanto, a demorados engarrafamentos, principalmente em virtude do período natalino, com atrações lúdicas e promoções do comércio. Foi, por tudo isso, escolhido pelos marginais. E por que? Simples, por pelo menos meia hora, o centro estaria sob a vigilância apenas dos poucos policiais que faziam o patrulhamento a pé. A Hilux ficaria presa no engarrafamento e só as motos poderiam chegar mais rápido. Mesmo assim, no tumulto gerado, como foi o caso, levaria tempo para que fosse possível localizar o foco do ato criminoso, tempo suficiente para que todos fugissem. É assim, os criminosos também pensam, tem equipamento e preparo para executar a ação. Também não é mera coincidência que os assaltos (inclusive a bancos) se intensificaram no interior do Estado e Região Metropolitana. O crime se muda. Por tudo isso, não precisava tanto esforço das autoridades para negar o “arrastão”. Houve, sim, e outras ações vão ocorrer. Sabemos do esforço do Governo e o louvamos por isso. Negar não honra este esforço.
POLICIA DE PROXIMIDADE
(ou o infame trocadilho da polícia da boa vizinhança)
Fazer policiamento ostensivo preventivo não tem mistério. É feito hoje da mesma forma que no início do século passado. Hoje, a tecnologia ajuda e dá mais agilidade, mas as cidades se tornaram megalópoles de complicada malha viária e habitacional e enormes contradições sociais, que permitem, como no Rio e já há alguns focos em Fortaleza, a presença de um “estado” pela ausência do outro, contrariando o que diz Max Weber: o Estado tem o “monopólio da violência legítima”. O serviço do policiamento a pé é a mais antiga forma de patrulha. Segundo o escritor Paolo Napoli (Naissance de la Police Moderne. Pouvoir, Normes, Societé, Paris, Éditions la Découverte, 2003) foi a partir da noção de itinerância a pé que se criou a idéia mesmo de policiamento, na expansão de um modelo de “polícia das cidades para o Estado” desde o século XVIII. Já o policiamento Motorizado (incluindo Hilux) é recente na história da polícia brasileira. Ganhou expressão nas maiores cidades do país, principalmente com a introdução rádio (ou intercomunicadores) para resposta a emergências, a partir da década de 1960. Significa dizer que fazer policiamento ostensivo preventivo é colocar polícia nas ruas, como está sendo feito. Mas não fica só nisso. O policiamento deve ser integrado, falando somente do aparato policial. Melhor dizendo, é preciso fazer funcionar o que os estudiosos da área chamam de os quatro tipos de policiamento: polícia de proximidade, polícia de investigação, uma polícia de interpelação e uma polícia de terreno. Combinar esses tipos de polícia não é impossível. Todos tomamos conhecimento do negado “arrastão” do centro. É a prova de que somente colocar duplas “cosme e damião” ou patrulhas Hilux e motos na cidade –vai reduzir- mas não vai resolver o angustiante problema de segurança ao cidadão. E depois daí virão a Justiça e as leis, as ações sociais, a educação, o emprego, a moradia...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Um Bom Ano se Foi...
2007. Um bom ano que se esvai. Em que pese o aumento constante da violência em todo o País, os acontecimentos foram sempre positivos. Mesmo quando as coisas ruins vinham de fora, o Brasil conseguiu resistir, apesar de nunca ter contado como um governo que soubesse aproveitar a boa onda. É, e o ano termina com a boa queda da CPMF. Todos devemos comemorar, até os prefeitos e governadores, pois suas receitas vão aumentar. Raciocinem assim: a CPMF centralizava a receita nas mãos de políticas do governo federal, que barganhava com estados e municípios sua aplicação através de convênios. Agora, sem CPMF, o dinheiro vai para o bolso das pessoas e empresas, que gastam e recolhem impostos federais compartilhados com estados e municípios (imposto de renda e IPI) e impostos e taxas próprios ou compartilhados de estados e municípios, como o ICMS, o ISS etc... E ninguém precisa pedir favor ao governo federal. É dinheiro vivo e direto para estados e municípios.
...UM BOM QUE VIRÁ.
2008. Claro que paira no ar a escura nuvem da crise. Não é nossa, mas importada dos Estados Unidos. Os norte-americanos estão fazendo tudo para sufocá-la, mas só aumentam o rombo das contas públicas, o que tem desequilibrado o mercado internacional. Os bancos centrais dos EUA, da UE, do Japão têm jogado dinheiro para entupir o buraco, mas até agora tem sido debalde o esforço. Até agora são poucos os reflexos no Brasil, mas nada garante que permaneça assim. De qualquer modo, o ano novo que começa a nascer ao lusco-fusco do velho será bom e poderemos conquistar avanços, inclusive na distribuição de renda, principalmente porque é um ano eleitoral.
É preciso ser otimista e acreditar. Que o novo ano traga para você a mesma felicidade e fraternidade que você está espargindo por anda, tomado pelo chato, mas comercial, clima natalino.
Quanto Mal se Pratica em Nome do Bem!
Recusei até agora fazer qualquer comentário sobre a atitude quixotesca do bispo Luiz Flávio Cappio. Ele deve pensar que é o próprio Cristo ressuscitado. E como já ressuscitado, poderá ressuscitar de novo. Claro que a transposição do São Francisco é polêmica, principalmente com o deputado Ciro Gomes verbalizando a defesa da obra. A verborragia dele cansa e confunde mais do que explica. Mas o tal bispo Cappio está querendo imolar-se para salvar o quê mesmo? Bom, se não pensa ser o Cristo, o bispo deve se contentar com o segundo escalão. Seria então Santo Antônio ou São Francisco de Assis, os dois mais fortes santos na questão do meio-ambiente. E há precedentes na história atual. Chávez, o doido que governa a Venezuela, pensa que é (e incorpora) Simon Bolívar. Evo Morales, em algumas decisões, parece incorporar Kitche Manitu, conforme a crença entre os ameríndios algonquinos, deus supremo e criador. Dom Cappio bem que quer fazer o melhor, para ele ou para o Deus que ele crê. O diabo (com perdão do santo bispo) é que ele está prejudicando muito com suas boas intenções. Dom Cappio espelhe-se no que disso o Santo Apóstolo Paulo ao abordar a questão: ”não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.” (Romanos 7,19).
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Antenção à Crise na Bolívia
Nada na política latino-americana ocorre isoladamente. Quando acontece, logo se desfaz. Há uma onda de volta ao passado, claro que com novo figurino, como reflexo do fracasso da onda neoliberal. Muito foi prometido e nada foi cumprido. Emerge um movimento que parte da base dos excluídos. Terminada a segunda guerra mundial, o mundo experimentou uma onda de progresso e deu saltos na conquista dos direitos do cidadão. O poder público tudo podia. Os anos 60 chegaram com a explosão dos direitos individuais (apogeu filosófico, amor livre, drogas e “rock and roll”), mas trouxe a tiracolo o fantasma das ditaduras na América Latina. A onda de crescimento (ideário cepaliano) à custa do poder público leva à bancarrota dos anos 80, a dita década perdida. O fim da rota empurrou o bloco no rumo da democracia. Democracias instáveis foram o resultado da transição apressada, sem prestação de contas com o passado. Os anos 90 foram marcados pelo neoliberalismo, rendidos à idéia de que o mercado tudo podia. Da mesma forma que o Estado não pode. O mercado também não. O final da década passada trouxe nova crise e um novo século em ebulição.
OS NOVOS VELHOS
O século XXI fincou uma nova leva de governantes, muitos localizados na esquerda. Na prática, a teoria não se confirmou. Em verdade, à esquerda de hoje cairia melhor o carimbo de social-democracia, cujas bandeiras coincidem com os problemas da região: pobreza, desigualdade e desemprego. Afinal, o que é esquerda? A própria denominação de esquerda confunde pessoas "bem definidas" ideologicamente como Oman carneiro, Ciro Gomes, Cid Gomes, Arialdo Pinho, Ivan Bezerra, entre outros, já que se trata de um conceito que vem da Guerra Fria, dos anos 60, associado aos movimentos revolucionários de Guevara, ao governo chileno de Allende e a própria revolução cubana. Mesmo os governos feitos marcadamente por pessoas com convicções –comunistas, socialistas– de esquerda, não lograram implantar suas idéias no Governo. São exemplos o Uruguai (Tabaré Vázquez), o Chile (Michelle Bachelet), Bolívia (Evo Morales, maior identificação prática) e Brasil (Lula). A força do liberalismo, da organização produtiva e o sistema internacional funciona como um eficaz freio à aplicação do ideário esquerdista. Apenas um rasgo esses governos têm em comum: uma determinada preocupação com o social e a trôpega intenção de distribuir renda dentro do capitalismo, depois de 30 anos de ditaduras e neoliberalismo. É assim que instalaram redes sociais de apoio aos excluídos, mas sem rupturas e assumindo orientações econômicas plenamente conservadoras.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
As Trapalhadas e a Grande Vaia!
Quando se acompanha a sucessão de trapalhadas que a equipe do Governo Lula cometeu depois da queda da CPMF no Senado é que se percebe o quanto é despreparada grande parte do time do presidente. Quando o assunto é sério (e mesmo nas trambicagens, já que muitas das maracutais foram descobertas facilmente) aí todo mundo fala e ninguém consegue entender nada. Quem melhor se comportou foi o próprio presidente. O grande problema é que ninguém mais acredita no que dizem os governistas. O presidente desautorizou falar de aumento de impostos, mas seus asseclas acrescentam: “este ano”. Por último, liberaram, no Planalto, a informação de que no corte de gastos, o Governo reduziria o repasse da Justiça. Foi o início de uma guerra em que os governistas só têm a perder (com 40 indiciados). Só faltava o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fazer a bazófia de querer todos os parlamentares, assessores e funcionários da Casa de sapatos reluzentes. E já meteu a mão na massa, abrindo uma licitação para contratar serviços de engraxataria no prédio, num total de R$ 3.135 milhões por 12 meses, o que dá R$ 8.700 mil por dia. Agora, concorde comigo, esse povo não merece uma vaia como a do Maracanã, na abertura do PAN?
Para que você possa rever e ouvir outra vez a vaia do Maracanã, aperte no link abaixo. Veja, são só 4 minutos. 341 mil pessoas já conferiram.
Para que você possa rever e ouvir outra vez a vaia do Maracanã, aperte no link abaixo. Veja, são só 4 minutos. 341 mil pessoas já conferiram.
O Brasil Chora
Não posso calar quando sou obrigado a ver na mídia o festival de insanidades patrocinado por integrantes do governo Lula. Guido Mantega (tão simplório que chega a dar saudades do Maílson da Nóbrega), o despreparado senador Romero Jucá e, agora, até mesmo Dilma Roussef, a pretensa clone da dama de ferro, Margareth Thatcher, incorpora Luís XIV (1638-1715), rei da França, quando pronunciou a célebre frase “L’État c’est moi!” (o Estado sou eu!). Só assim pode-se entender o personalismo de reis com que ela acusou de irresponsáveis os senadores da oposição que votaram favorável a queda da CPMF. E concluiu soberana: o Governo não podia perder R$ 40 bilhões. Dito dessa forma soa como se a montanha de dinheiro fosse colocada em sacos e jogada fora. Não ministra, a dinheirama ficou com a sociedade (principalmente a que produz), com o povo, e parte dela vai voltar aos cofres do governo que a senhora representa através da pesada carga de impostos cobrada atualmente. E saiba que a sociedade gasta muito melhor do que o Governo eivado de cafajestes (mensaleiros, cuequeiros, vampiros, toqueiros, trambiqueiros). Como na época de Luís XIV, o tempo vai mostrar o quanto a senhora estava enganada. Na Revolução Francesa não foi a França quem perdeu a cabeça.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Notas Pagas ou o Reino do Jabá!
Interessante como o leitor atento pode identificar o dinheiro do segmento político (geralmente do erário) que corre nas redações de jornais (sem falar na TV e no rádio, este muito mais). Nos jornais, basta dar uma alhada mais atenta nas colunas ditas sociais, principalmente, e políticas. Lá se vê inteirinho o discurso dos políticos –geralmente candidatos– interessados em desgastar os adversários. Colunistas, como a Regina Marshall, do Diário do Nordeste, deveriam, pelo menos mudar a redação das notas que recebem. Na coluna de hoje, Marshall publica um discurso recorrente contra Moroni (que só conheço pelos discursos sobre polícia), com certeza de interessa da prefeita. Pelo que li das duas últimas campanhas para prefeito de Fortaleza, a questão do Sindes (Sistema Integrado de Defesa Social) foi a base dos ataques contra o candidato do então PFL, hoje Democratas. Faltando pouco mais de seis meses para a campanha já desenterraram o mesmo discurso. Falta falar também que Moroni é delegado federal e gaúcho (também muito usado nas campanhas anteriores). Não voto no Ceará, mas se votasse já começaria a gostar desse Moroni, já que só têm isso para dizer contra ele.
COLETORES DO JABÁ
O pior, pelo que fui informado, é que os colunistas afeitos ao jabá, como a Regina Marshall, têm coletores de jabá. São pessoas que peitam os políticos interessados em desgastar adversários. Da Marshall seria Hélio Passos e Pedro Gomes de Matos. Falam também que uma pessoa chamada Donizete (não lembro o sobrenome) coletaria para mais de um colunista e que também comandaria um esquema de rádios na Capital e Interior. São os chamados mercadores da imprensa “livre”. Há também aqueles que, menos sofisticados, fazem a coleta direta, sem intermediário. Há ainda aqueles que gostam de presentes caros e de passagens internacionais (com estadia). O que é fato é que o dinheiro está correndo à farta nas redações. Às vezes, a mesma nota sai com a igual redação em mais de um veículo. É um mercado caro e bem estruturado. O preço a ser pago varia de acordo com a penetração e a credibilidade. O preço varia de R$ 2.000,00 a R$ 5.000,00 por mês. No rádio, vai de R$ 300,00 a R$ 3.000,00 na emissora de maior audiência. Além da Prefeitura, quem mais se habilita?
COLETORES DO JABÁ
O pior, pelo que fui informado, é que os colunistas afeitos ao jabá, como a Regina Marshall, têm coletores de jabá. São pessoas que peitam os políticos interessados em desgastar adversários. Da Marshall seria Hélio Passos e Pedro Gomes de Matos. Falam também que uma pessoa chamada Donizete (não lembro o sobrenome) coletaria para mais de um colunista e que também comandaria um esquema de rádios na Capital e Interior. São os chamados mercadores da imprensa “livre”. Há também aqueles que, menos sofisticados, fazem a coleta direta, sem intermediário. Há ainda aqueles que gostam de presentes caros e de passagens internacionais (com estadia). O que é fato é que o dinheiro está correndo à farta nas redações. Às vezes, a mesma nota sai com a igual redação em mais de um veículo. É um mercado caro e bem estruturado. O preço a ser pago varia de acordo com a penetração e a credibilidade. O preço varia de R$ 2.000,00 a R$ 5.000,00 por mês. No rádio, vai de R$ 300,00 a R$ 3.000,00 na emissora de maior audiência. Além da Prefeitura, quem mais se habilita?
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Paciência Secular
Paciência secular dá nisso. Thomas Hobbes, sem dúvida, um dos pais do Estado moderno, em suas três obras básicas –Elementos de direito natural e político (1640), O Tratado sobre o cidadão (1642) e O Leviatã (1651)- mostra com destaque a relação ente o Estado e o Cidadão. E nessa relação se percebe a segurança como um dos componentes essenciais do Estado. Quase quatro séculos depois, a segurança é agenda obrigatória para os atuais Estados e para a geopolítica mundial. Ensina Hobbes (O tratado sobre o Cidadão) que o soberano (governante) não deve ter limitações para cumprir com o mandado ou com o mandato que surgiu a partir do pacto social entre os homens quando acordaram em criar o Estado e que assim sendo, “... o Estado tem como primeira obrigação cuidar da vida dos seus membros”. Ensina também que é aceitável que nenhum indivíduo tenha a obrigação de obedecer ao Estado quando este não cumprir com suas obrigações, ou seja, quando o estado não já não consegue garantir a segurança de seus súditos, a obrigação política perde a sua força e cada cidadão tem a faculdade de cuidar de sua preservação enquanto não se estabeleçam ou reabilitem os termos da boa convivência. Reflita sobre o que escreveu Hobbes e sobre o que vivemos no Brasil.
RAZÃO E O MEDO
A teoria política de Hobbes se sustenta em dois medos. O primeiro, tendo em conta a destruição do homem pelas mãos do próprio homem, que vive em um constante medo, pânico ou pavor, o que lhe faz desconfiar de todos os homens. É um reino de caos, nascido a partir da própria natureza do homem: ser ambicioso e com uma tendência natural a destruir a si mesmo. A razão levou o homem a pactuar o Estado, como única forma de garantir a segurança necessária (acabar com o estado de agonia e incertezas), se não para todos, pelo menos, para a maioria. Daí decorre o segundo medo. O Estado criado a partir do pacto aceito pela grande maioria deve encarnar o medo suficiente de modo a que os indivíduos lhe obedeçam e que se logre a segurança necessária. T. Hobbes enfatiza, então, que desta forma o acordo ou a sociedade que se estabelece com um poder comum que não seja capaz de governar a cada um por medo ao castigo não consegue a segurança necessária para o exercício da justiça natural. A condição preliminar para se conseguir a paz é o acordo entre todos para sair do estado natureza e instituir um Estado em que cada um aceite seguir as regras, os ditames da razão, com a segurança de que os demais também o farão. Que Estado nós construímos?
RAZÃO E O MEDO
A teoria política de Hobbes se sustenta em dois medos. O primeiro, tendo em conta a destruição do homem pelas mãos do próprio homem, que vive em um constante medo, pânico ou pavor, o que lhe faz desconfiar de todos os homens. É um reino de caos, nascido a partir da própria natureza do homem: ser ambicioso e com uma tendência natural a destruir a si mesmo. A razão levou o homem a pactuar o Estado, como única forma de garantir a segurança necessária (acabar com o estado de agonia e incertezas), se não para todos, pelo menos, para a maioria. Daí decorre o segundo medo. O Estado criado a partir do pacto aceito pela grande maioria deve encarnar o medo suficiente de modo a que os indivíduos lhe obedeçam e que se logre a segurança necessária. T. Hobbes enfatiza, então, que desta forma o acordo ou a sociedade que se estabelece com um poder comum que não seja capaz de governar a cada um por medo ao castigo não consegue a segurança necessária para o exercício da justiça natural. A condição preliminar para se conseguir a paz é o acordo entre todos para sair do estado natureza e instituir um Estado em que cada um aceite seguir as regras, os ditames da razão, com a segurança de que os demais também o farão. Que Estado nós construímos?
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
O Reino das Mentiras
Todos já sabemos o quanto o povo do PT de Lula gosta de mentir. A derrota no Senado muito se deveu à condução cheia de armadilhas que o Governo Lula teimou em conduzir. O blefe final ocorreu já na madrugada. Tasso Jereissati leu em plenário a carta do ministro da Fazenda, desmentindo o que os representantes do governo diziam em plenário. O ministro explicava que não eram 100% de imediato a ser aplicado na Saúde, como diziam os arautos do governo, mas progressivamente até 2010. Lula e seus arautos servis –Ideli Salvati, Mercadante, Romero Jucá, Inácio Arruda– mentiram até o último momento. A proposta de 100% para a saúde de imediato era uma farsa como tudo neste governo de safados e surrupiadores do erário.
A FORÇA DO SIMBÓLICO
O tom dos discursos dos governistas, apelando para a aprovação da CPMF, era um só: que a saúde ia piorar e que a oposição seria a responsável. Cabe até a pergunta: e pode ficar pior do que está? Somente alguns dos governistas reconheceram que a CPMF era um imposto regressivo, ou seja, que castiga também o bolso dos pobres. Qualquer estudante de Economia sabe que quando se corta tributo os recursos vão para a sociedade, que gasta o dinheiro a mais consumindo ou aplicando. É claro que sobre esses gastos incidem os impostos existentes (37%) com a mesma ou maior velocidade que era dada ao uso anterior. Os economistas já calculam que pelo menos R$ 16 bilhões vão retornar aos cofres do Governo. Agora, cada um deve cumprir o seu papel, inclusive os ávidos bancos, pois a carga tributária sobre movimentação financeira diminuiu. Todos ganham com a queda da CPMF. Ganham até os candidatos de oposição a prefeito nos mais de 5 mil municípios deste Brasil, pois a derrama de dinheiro público será menor para os governistas. A derrota do governo tem força simbólica, mas pode render muito, basta baixar a crista, deixar de mentir nas negociações.
A FORÇA DO SIMBÓLICO
O tom dos discursos dos governistas, apelando para a aprovação da CPMF, era um só: que a saúde ia piorar e que a oposição seria a responsável. Cabe até a pergunta: e pode ficar pior do que está? Somente alguns dos governistas reconheceram que a CPMF era um imposto regressivo, ou seja, que castiga também o bolso dos pobres. Qualquer estudante de Economia sabe que quando se corta tributo os recursos vão para a sociedade, que gasta o dinheiro a mais consumindo ou aplicando. É claro que sobre esses gastos incidem os impostos existentes (37%) com a mesma ou maior velocidade que era dada ao uso anterior. Os economistas já calculam que pelo menos R$ 16 bilhões vão retornar aos cofres do Governo. Agora, cada um deve cumprir o seu papel, inclusive os ávidos bancos, pois a carga tributária sobre movimentação financeira diminuiu. Todos ganham com a queda da CPMF. Ganham até os candidatos de oposição a prefeito nos mais de 5 mil municípios deste Brasil, pois a derrama de dinheiro público será menor para os governistas. A derrota do governo tem força simbólica, mas pode render muito, basta baixar a crista, deixar de mentir nas negociações.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Tudo ou Nada na Prefeitura
A tirar pelos servis aliados escalados para atacar os adversários que saíram melhor colocados na pesquisa do Datafolha, o desespero bateu nas hostes mais vizinhas da prefeita. O problema maior não são os números da intenção de voto, mas a rejeição, que lambe o patamar dos 58%, de matar qualquer pretensão. A ordem é partir para o tudo ou nada, com o dinheiro do contribuinte, claro. O festival de gastança vai ter início agora no réveillon. Vão fazer uma “festa de arromba” com direito a compra de elogios em cobertura total da mídia, obviamente comprada. E daí não pára mais. Vale prometer o céu, mentir, cooptar, enganar e o que vier nesse caminho tenebroso.
TRÊS ANOS DE ATRASO
Bem que a prefeita deve estar se roendo por não ter feito como Cid Gomes. Com pouco menos que um ano sem ação concreta, o governador lançou o MAPP (o nome é estranho, mas é um programa de desenvolvimento nos moldes do PAC de Lula) com promessas de obras em diversas regiões do Ceará. O total de investimentos para 2007-2009 (ano eleitoral) é de R$ 5.271.558.633,97. Se um terço for realizado ele já terá discurso. Agora, a prefeita, em sua incompetência administrativa, quer lançar o pacote de obras faltando apenas um ano para concluir o mandato. É enganação pura. Vai ter de fazer a campanha de reeleição mostrando maquete e alguns poucos canteiros de obras, prometendo que fará tudo se for reeleita, agora que "a casa está arrumada". Como a mentira não vai render o que ela espera, o jeito será apelar para os ataques pessoais e preconceituosos contra os adversários, pois se fazer de vítima e apelar para homofobia não vai render mais.
TRÊS ANOS DE ATRASO
Bem que a prefeita deve estar se roendo por não ter feito como Cid Gomes. Com pouco menos que um ano sem ação concreta, o governador lançou o MAPP (o nome é estranho, mas é um programa de desenvolvimento nos moldes do PAC de Lula) com promessas de obras em diversas regiões do Ceará. O total de investimentos para 2007-2009 (ano eleitoral) é de R$ 5.271.558.633,97. Se um terço for realizado ele já terá discurso. Agora, a prefeita, em sua incompetência administrativa, quer lançar o pacote de obras faltando apenas um ano para concluir o mandato. É enganação pura. Vai ter de fazer a campanha de reeleição mostrando maquete e alguns poucos canteiros de obras, prometendo que fará tudo se for reeleita, agora que "a casa está arrumada". Como a mentira não vai render o que ela espera, o jeito será apelar para os ataques pessoais e preconceituosos contra os adversários, pois se fazer de vítima e apelar para homofobia não vai render mais.
O Triste Fim de Mário Mamede
Até agora escondido, envergonhado pela forma arranjada com que ganhou o cargo de superintendente da Escola de Saúde Pública (o governador Cid Gomes mudou a lei para poder nomeá-lo), o ex-deputado Mário Mamede resolve mostrar a cara envernizada em entrevista à TV Assembléia. E como macaco não olha o próprio rabo, quis prestar serviço ao grupo que serve atacando a oposição. Falou muito, mas só conseguiu mostrar a personalidade tacanha que escondeu por tanto tempo.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Entender as Pesquisas
A pesquisa do Datafolha mostrou um quadro que vem se consolidando junto ao eleitorado. É claro que são números sujeitos a uma dança, principalmente a depender da definição oficial das candidaturas. Os acontecimentos no tempo ainda a decorrer até o dia do pleito também aparecem como fatores determinantes da alternância possível. Uma pesquisa, faz parte da cartilha, é uma fotografia do momento em que ocorre a coleta. Igualmente, diz o abc, não se analisa oscilações de resultados de diferentes institutos. Maior erro é estabelecer análises com base em resultados, mesmo que seja do mesmo instituto, em diferentes eleições. Cada eleição tem condicionantes diferentes. Em política, a história nunca se repete. Podem até conter semelhanças nas diferenças, mas é só isso. Um jornalista, afeito ao trabalho de análise, não pode dizer –e muito menos escrever- sem atentar para lições tão elementares. De uma pessoa de partido, envolvida emocionalmente com os fatos, até é possível tolerar. Pois o jornalista Fábio campos fez a comparação (Edição de O Povo de 11/12/07) dos resultados da atual pesquisa com os resultados do mesmo Datafolha de 2003 para argumentar que a prefeita pode crescer. Claro que ela pode crescer, jornalista, mas não dá para comparar cenários tão diferentes. Êta “doping” miserável!
SÓ PARA LEMBRAR
Veja a seguir os dois cenários pesquisados pelo Datafolha, conforme foi publicado no domingo, dia 09.
Cenário 1 – com Patrícia Saboya / Cenário 2 – com Heitor Férrer
Moroni ....................29% / Moroni ......................30%
Luizianne................19% / Lúcio....……………….....19%
Lúcio….....……...……17% / Luizianne….…………...16%
Patrícia...................10% / Cambraia................... 8%
Cambraia................ 6% / Heitor Férrer.............. 6%
Marcos Cals............ 5% / Marcos Cals............... 5%
Renato Roseno....... 3% / Renato Roseno........... 3%
B/N/N.................... 7% / B/N/N........................ 8%
Não sabe................ 4% / Não sabe..................... 5%
PRÉ-PANORAMA GERAL PARA 2008
São Paulo-Capital – a eleição continua dependendo das decisões de Alckmin -PSDB e Marta -PT. Ambos estão no patamar de 25%, e Kassab -DEM- numa lista grande, no patamar de 15%.
Rio-Capital, Wagner Montes -PDT- Crivella -PRD- e Denise -PPS- estão no patamar dos 15%. No segundo patamar entre 9% e 6% (margem de erro de 4 pontos pois amostra foi de apenas 640
eleitores), estão Jandira -PCdoB- , Chico Alencar -PT- e Solange -DEM.
Belo Horizonte – a eleição depende da decisão do ministro Patrus Ananias. Com esse a disputa se torna intensa com o PSDB de Azeredo e João Leite. Sem ele, os dois candidatos do PSDB ficam bem na frente.
Porto Alegre – o prefeito Fogaça -PMDB- está no patamar dos 20% e os demais competitivos nos 15% e um pouco menos, todos empatados: Olivio Dutra -PT-, Onyx -DEM- Manuela -PCdoB- e Luciana Genro -PSOL.
Recife – Mendonça Filho do DEM e Cadoca -PSC- empatam no patamar dos 20% e Humberto Costa do PT no patamar dos 10%.
Florianópolis – Angela Amin -PP-, com uns 30%, Cesar Souza Jr -DEM- e Dario Bergher -PMDB- no patamar dos 15%.
Curitiba – o prefeito Beto Richa -PSDB- está disparado com 60%.
Salvador – Raimundo Varela -PRB- João Henrique -PMDB e prefeito- e ACM-Neto estão no mesmo patamar entre 15% e 20%. Mais atrás no entorno de 10%, os ex-prefeitos Inbassahy -PSDB- e Lidice da Mata - PSB.
SÓ PARA LEMBRAR
Veja a seguir os dois cenários pesquisados pelo Datafolha, conforme foi publicado no domingo, dia 09.
Cenário 1 – com Patrícia Saboya / Cenário 2 – com Heitor Férrer
Moroni ....................29% / Moroni ......................30%
Luizianne................19% / Lúcio....……………….....19%
Lúcio….....……...……17% / Luizianne….…………...16%
Patrícia...................10% / Cambraia................... 8%
Cambraia................ 6% / Heitor Férrer.............. 6%
Marcos Cals............ 5% / Marcos Cals............... 5%
Renato Roseno....... 3% / Renato Roseno........... 3%
B/N/N.................... 7% / B/N/N........................ 8%
Não sabe................ 4% / Não sabe..................... 5%
PRÉ-PANORAMA GERAL PARA 2008
São Paulo-Capital – a eleição continua dependendo das decisões de Alckmin -PSDB e Marta -PT. Ambos estão no patamar de 25%, e Kassab -DEM- numa lista grande, no patamar de 15%.
Rio-Capital, Wagner Montes -PDT- Crivella -PRD- e Denise -PPS- estão no patamar dos 15%. No segundo patamar entre 9% e 6% (margem de erro de 4 pontos pois amostra foi de apenas 640
eleitores), estão Jandira -PCdoB- , Chico Alencar -PT- e Solange -DEM.
Belo Horizonte – a eleição depende da decisão do ministro Patrus Ananias. Com esse a disputa se torna intensa com o PSDB de Azeredo e João Leite. Sem ele, os dois candidatos do PSDB ficam bem na frente.
Porto Alegre – o prefeito Fogaça -PMDB- está no patamar dos 20% e os demais competitivos nos 15% e um pouco menos, todos empatados: Olivio Dutra -PT-, Onyx -DEM- Manuela -PCdoB- e Luciana Genro -PSOL.
Recife – Mendonça Filho do DEM e Cadoca -PSC- empatam no patamar dos 20% e Humberto Costa do PT no patamar dos 10%.
Florianópolis – Angela Amin -PP-, com uns 30%, Cesar Souza Jr -DEM- e Dario Bergher -PMDB- no patamar dos 15%.
Curitiba – o prefeito Beto Richa -PSDB- está disparado com 60%.
Salvador – Raimundo Varela -PRB- João Henrique -PMDB e prefeito- e ACM-Neto estão no mesmo patamar entre 15% e 20%. Mais atrás no entorno de 10%, os ex-prefeitos Inbassahy -PSDB- e Lidice da Mata - PSB.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Raul Seixas
Mais uma de Lula. Desta vez, ele se inspirou em Raul Seixas para dizer que prefere ser uma “metamorfose ambulante”, justificando que vai mudando à medida que as coisas vão se transformando. Evidente que Lula fazia referência a votação da CPMF no Senado, mais que uma questão de honra, uma forma de manter a boa vida dele e dos ungidos. A CPMF seria para melhorar a ação da saúde. Piorou. O Barril de pólvora chamado Saúde está prestes a explodir de vez, no Nordeste, principalmente. Será que o Lula pensa que o ouvido do povo é penico.
É PRECISO ENTENDER A POLÍTICA
É preciso entender que na América Latina não há mais espaço para ditaduras, disfarçadas de esquerda ou não. Alguns espertos em política têm feitos análises equivocadas sobre os rumos políticos, principalmente depois que tomou posse a atual safra de mandatários latino-americanos. Lula, Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e mesmo Michelle Bachelet, Tabaré Vázquez e Daniel Ortega. Em 2002, após a primeira eleição de Lula as previsões eram de que a América latina daria uma guinada à esquerda, entendendo esquerda como os modelos políticos comprometidos com projetos sociais. Sinceramente, o que realmente ocorreu?
UMA SOCIEDADE EM MOVIMENTO
O giro à esquerda não se completou. Com exceção do Uruguai, por sua maior estabilidade, os demais esbarraram no assistencialismo travestido de justiça social. O Chile, também por seu maior avanço do sistema político, estancou numa democracia socialista vegetariana. Chávez pratica um modelo totalitário atrasado, apenas sustentado pelas “verdinhas” que brotam do petróleo. Lula sustenta um modelo menos atrasado, mas seu “doping” social não deixa perspectivas alentadoras quanto ao futuro. Não há unidade, nem liderança duradoura e prevalecente na AL. De tudo só fica uma certeza é a sociedade quem dá o tom dos movimentos, atravessada por toda classe de conflitos. De distribuição de renda, de origem étnica (Caso maior de Morales), de incorporação dos excluídos...
DUPLA HORIZONTALIDADE
Andando pelo sertão queimado pelo sol causticante despertei para o intenso brilho do chapéu das parabólicas, encimando barracos miseráveis. Depois, vi na cintura de transeuntes entorpecidos pela modorra um pequeno aparelho –o celular. É a horizontalidade tecnológica influindo diretamente na horizontalidade social. Essa consciência, que chega de longe e de perto que difunde inexoravelmente a injustiça das desigualdades, coloca em ebulição as tradições, o desenvolvimento de novos extratos sociais, nascidos da expansão do sistema educativo, produz o amálgama da resistência aos regimes políticos verticais.
É PRECISO ENTENDER A POLÍTICA
É preciso entender que na América Latina não há mais espaço para ditaduras, disfarçadas de esquerda ou não. Alguns espertos em política têm feitos análises equivocadas sobre os rumos políticos, principalmente depois que tomou posse a atual safra de mandatários latino-americanos. Lula, Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e mesmo Michelle Bachelet, Tabaré Vázquez e Daniel Ortega. Em 2002, após a primeira eleição de Lula as previsões eram de que a América latina daria uma guinada à esquerda, entendendo esquerda como os modelos políticos comprometidos com projetos sociais. Sinceramente, o que realmente ocorreu?
UMA SOCIEDADE EM MOVIMENTO
O giro à esquerda não se completou. Com exceção do Uruguai, por sua maior estabilidade, os demais esbarraram no assistencialismo travestido de justiça social. O Chile, também por seu maior avanço do sistema político, estancou numa democracia socialista vegetariana. Chávez pratica um modelo totalitário atrasado, apenas sustentado pelas “verdinhas” que brotam do petróleo. Lula sustenta um modelo menos atrasado, mas seu “doping” social não deixa perspectivas alentadoras quanto ao futuro. Não há unidade, nem liderança duradoura e prevalecente na AL. De tudo só fica uma certeza é a sociedade quem dá o tom dos movimentos, atravessada por toda classe de conflitos. De distribuição de renda, de origem étnica (Caso maior de Morales), de incorporação dos excluídos...
DUPLA HORIZONTALIDADE
Andando pelo sertão queimado pelo sol causticante despertei para o intenso brilho do chapéu das parabólicas, encimando barracos miseráveis. Depois, vi na cintura de transeuntes entorpecidos pela modorra um pequeno aparelho –o celular. É a horizontalidade tecnológica influindo diretamente na horizontalidade social. Essa consciência, que chega de longe e de perto que difunde inexoravelmente a injustiça das desigualdades, coloca em ebulição as tradições, o desenvolvimento de novos extratos sociais, nascidos da expansão do sistema educativo, produz o amálgama da resistência aos regimes políticos verticais.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Rei Morto, Rei Posto...
O senador Inácio Arruda e o ex-senador Sergio Machado, atual presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, estão tristes e com a barba de molho. Mesmo absolvido Renan Calheiros já não é o poderoso de plantão do Congresso. A jogada de renunciar foi necessária para que a brigada sem ética do Senado, servil ao Planalto, votasse favorável ao alagoano descarado. Não vale a pena dizer mais.
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS...
Seja sincero, dá para levar a sério um governo com tantos desmantelos? Como diz um amigo, o balacobaco foi a marca dessa turma do PT e subservientes. Preste atenção, em cinco anos de poder o que se viu foram escândalos pipocando de todos os lados. Já caíras dois presidentes da Câmara dos Deputados, um presidente do Senado, cinco presidentes dos maiores partidos e estão sendo julgados no STF ex-ministros de Lula e importantes dirigentes do PT. E Lula pregando moral e dando lições com um ufanismo adolescente, fingindo que está tudo bem e que ele não está nem aí!
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS...
Seja sincero, dá para levar a sério um governo com tantos desmantelos? Como diz um amigo, o balacobaco foi a marca dessa turma do PT e subservientes. Preste atenção, em cinco anos de poder o que se viu foram escândalos pipocando de todos os lados. Já caíras dois presidentes da Câmara dos Deputados, um presidente do Senado, cinco presidentes dos maiores partidos e estão sendo julgados no STF ex-ministros de Lula e importantes dirigentes do PT. E Lula pregando moral e dando lições com um ufanismo adolescente, fingindo que está tudo bem e que ele não está nem aí!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
A Maldição do Réveillon
Não bastasse a corrupção atestada na festa de 2006, que prefeita teima em negar (é claro), mas é uma verdade cristalina, o réveillon de 2008 já está sob suspeita. O edital convocatório da licitação não foi publicada no Diário Oficial do Município (o que é uma obrigação da lei). Quer dizer, é uma farra do dinheiro público só com os companheiros. Marxista esotérica dá nisso.
A FILA DA MORTE
Como quase todos os nossos jornais e TVs (e o rádio, também) de Fortaleza vivem do balcão de negócios públicos (para não dizer abertamente que são vendidos) não abordam as grandes questões que afetam o povo o jeito foi apelar para a Internet, pois esta ninguém domina. Os médicos do IJF criaram um blog que divulga o nome das pessoas que estão na fila da morte, ou seja, de doentes graves que aguardam vagas na UTI do IJF. Afora a questão ética e o interesse dos médicos em ganhar mais, óbvio, sobra principalmente a inaptidão da prefeita em administrar qualquer coisa. Esperta politicamente ela é. A prova é que até hoje não saiu do palanque, mas a política é um meio e não um fim. Mas, enquanto os doentes morrem na fila, a prefeita viaja pela Europa, compra carros blindados e faz discursos raivosos.
AGORA O VICE ASSUMIU
Na atual vilegiatura da prefeita Luizianne pela Europa, incluindo Paris, o vice Carlos Veneranda foi avisado e assumiu o posto de Prefeito (a Lei Orgânica de Fortaleza regula que é automática). Mas será que a prefeita lembrou de pedir autorização à Câmara Municipal para se ausentar do País? Na vez anterior que viajou (há menos de um mês), a prefeita não pediu permissão e nem passou o cargo ao vice. É motivo de cassação, diz o Decreto Lei 201, artigo 4°, que define e estabelece as sanções sobre as infrações de natureza administrativa. Quem se habilita a pedir? Evidente que como a CMF é em sua maioria vendida pode chegar um pedido com data atrasada e ser acatado. Mas que não houve notícia alguma de leitura de pedido da prefeita para se ausentar do País, com certeza, não houve.
TROPA DE ELITE
Você já assistiu a esse apologético filme? Eu não assisti e não vou, nem de navio, como costuma dizer um amigo. Pelo que li e pelo que me contaram fiquei ensimesmado. Não seria, como a maioria dos filmes sobre violência, mais um a fazer a apologia da violência ao invés de provocar uma reflexão? Minha preocupação é partilhada por algumas pessoas que estudam e a violência aqui e a alhures. Sobre o assunto veja o que disse o filósofo espanhol, professor da Universidade de New York, Eduardo Subirats, ao jornal Estado de S. Paulo:
Sobre esta classe de películas deve-se recordar que a diferença entre o culto à violência e a reflexão sobre a violência é tão tênue como uma brisa. Além do mais, o problema da violência urbana não se resolve com filmes, mas com uma vontade política de acabar com ela. Porém, hoje, assistimos mundialmente ao fenômeno oposto. Desde Bagdá até Tijuana, o crime organizado é um dos grandes negócios do século: o tráfico ilegal de drogas, armas e seres humanos que este crime ampara militar ou paramilitarmente é um dos grandes dilemas do nosso tempo.
OS VELHOS FASCISMOS
Como um dos intelectuais mais influentes da atualidade, Subirats também fala, como já abordamos aqui, sobre o momento antielitista/intelectual que vivemos:
Intelectual midiático não é elite, não é transformador!
O que distingue intelectualmente uma elite não é o poder político ou institucional da classe que seja. O poder institucional define a burocracia, o intelectual orgânico ou a estrela literária. O que distingue uma elite intelectual em um sentido estrito não é o poder político, mas a capacidade de desenvolver uma crítica, de criar uma forma de ver, de pensar e de ser, reside na força reformadora e transformadora das linguagens e a consciência de uma sociedade. Nesse sentido, hoje vivemos em uma era antielitista, um antielitismo que se crê democrático, mas na realidade recolhe o pior da herança antiintelectual dos velhos fascismos. Vivemos em uma era na qual o papel educador e orientador dessas elites intelectuais tem sido tomado e monopolizado pelo burocrata acadêmico, pela estrela da mídia, pelo agente editorial, pelo administrador político.
A FILA DA MORTE
Como quase todos os nossos jornais e TVs (e o rádio, também) de Fortaleza vivem do balcão de negócios públicos (para não dizer abertamente que são vendidos) não abordam as grandes questões que afetam o povo o jeito foi apelar para a Internet, pois esta ninguém domina. Os médicos do IJF criaram um blog que divulga o nome das pessoas que estão na fila da morte, ou seja, de doentes graves que aguardam vagas na UTI do IJF. Afora a questão ética e o interesse dos médicos em ganhar mais, óbvio, sobra principalmente a inaptidão da prefeita em administrar qualquer coisa. Esperta politicamente ela é. A prova é que até hoje não saiu do palanque, mas a política é um meio e não um fim. Mas, enquanto os doentes morrem na fila, a prefeita viaja pela Europa, compra carros blindados e faz discursos raivosos.
AGORA O VICE ASSUMIU
Na atual vilegiatura da prefeita Luizianne pela Europa, incluindo Paris, o vice Carlos Veneranda foi avisado e assumiu o posto de Prefeito (a Lei Orgânica de Fortaleza regula que é automática). Mas será que a prefeita lembrou de pedir autorização à Câmara Municipal para se ausentar do País? Na vez anterior que viajou (há menos de um mês), a prefeita não pediu permissão e nem passou o cargo ao vice. É motivo de cassação, diz o Decreto Lei 201, artigo 4°, que define e estabelece as sanções sobre as infrações de natureza administrativa. Quem se habilita a pedir? Evidente que como a CMF é em sua maioria vendida pode chegar um pedido com data atrasada e ser acatado. Mas que não houve notícia alguma de leitura de pedido da prefeita para se ausentar do País, com certeza, não houve.
TROPA DE ELITE
Você já assistiu a esse apologético filme? Eu não assisti e não vou, nem de navio, como costuma dizer um amigo. Pelo que li e pelo que me contaram fiquei ensimesmado. Não seria, como a maioria dos filmes sobre violência, mais um a fazer a apologia da violência ao invés de provocar uma reflexão? Minha preocupação é partilhada por algumas pessoas que estudam e a violência aqui e a alhures. Sobre o assunto veja o que disse o filósofo espanhol, professor da Universidade de New York, Eduardo Subirats, ao jornal Estado de S. Paulo:
Sobre esta classe de películas deve-se recordar que a diferença entre o culto à violência e a reflexão sobre a violência é tão tênue como uma brisa. Além do mais, o problema da violência urbana não se resolve com filmes, mas com uma vontade política de acabar com ela. Porém, hoje, assistimos mundialmente ao fenômeno oposto. Desde Bagdá até Tijuana, o crime organizado é um dos grandes negócios do século: o tráfico ilegal de drogas, armas e seres humanos que este crime ampara militar ou paramilitarmente é um dos grandes dilemas do nosso tempo.
OS VELHOS FASCISMOS
Como um dos intelectuais mais influentes da atualidade, Subirats também fala, como já abordamos aqui, sobre o momento antielitista/intelectual que vivemos:
Intelectual midiático não é elite, não é transformador!
O que distingue intelectualmente uma elite não é o poder político ou institucional da classe que seja. O poder institucional define a burocracia, o intelectual orgânico ou a estrela literária. O que distingue uma elite intelectual em um sentido estrito não é o poder político, mas a capacidade de desenvolver uma crítica, de criar uma forma de ver, de pensar e de ser, reside na força reformadora e transformadora das linguagens e a consciência de uma sociedade. Nesse sentido, hoje vivemos em uma era antielitista, um antielitismo que se crê democrático, mas na realidade recolhe o pior da herança antiintelectual dos velhos fascismos. Vivemos em uma era na qual o papel educador e orientador dessas elites intelectuais tem sido tomado e monopolizado pelo burocrata acadêmico, pela estrela da mídia, pelo agente editorial, pelo administrador político.
E no Brasil de Lula/FHC/Zé Dirceu
Os jornais estampam manchetes com a redução do índice de analfabetismo. E Lula comemora histrionicamente, afinal “minha mãe nasceu analfabeta, mas isso vai acabar, pois nunca na história deste país se fez tanto pela educação”. Pois é, mais uma vez o Brasil ficou em último lugar (41 participantes) no ranking de Pisa, dessa vez com ênfase para a matemática, embora não se restrinja ao tema. Em 2000, com 32 nações e ênfase para a leitura, o Brasil também ficou em último. Mesma qualificação de 2003. A verdade é que vivemos aquilo que a mídia costuma chamar de “apagão educacional”. É como um amigo, do Conselho de Educação costuma lembrar, aos 15 anos, os jovens, que freqüentaram regularmente o ensino básico, não aprenderam o essencial. São incapazes de ler e entender um texto, de resolver questões simples de matemática, de adquirir conhecimento científico. Pior: não se vislumbra luz no fim do túnel. Faltam quadros para levar avante um projeto sério de recuperação do tempo perdido.
LULA E O EFEITO CHÁVEZ
A maioria dos brasileiros respirou aliviada. Chávez e sua pretensão plena de ditadura disfarçada de socialismo foram derrotados. Ainda que novas investidas venham a ocorrer, o efeito da derrota do SIM na Venezuela já agrada bastante por sepultar a inconfessada vontade de Lula por um terceiro mandato. Já foi dito e sabemos que escondida no armário de todo “esquerdista” no poder está uma jaqueta de ditador. Desta vez concordo com o jornalista Clóvis Rossi (viu Fábio campos, espelhe-se) quando disse, em seu artigo na FSP, que “popularidade é como desodorante: tem prazo de validade. Esgotado o prazo, cheira mal”.
ELEITOR SABE O QUE QUER
Sem qualquer dúvida, Lula votaria pelo SIM a Chávez e torceu para que isso acontecesse tanto quanto torceu para que o Corinthians não caísse para segunda divisão. No mesmo dia do voto na Venezuela, a FSP publicava pesquisa (Datafolha) aconselhando que Lula se mantivesse dentro do prazo de validade, ou seja, 65% das pessoas ouvidas desaprovam a pretensão de Lula (e principalmente de sua turma, incluindo o Inácio Calheiros Arruda) de disputar um terceiro mandato. Só 31% aprovaram a idéia, número que representa exatamente o que tinham Lula e seu PT, patamar de onde nunca deviam ter saído. Lula e seu PT, que nasceram ganhando a simpatia da classe média e setores da intelectualidade, caíram para dominar (via bolsa-família) as regiões com mais numerosos bolsões de pobreza. É o que diz o Datafolha:
AVALIAÇÃO ÓTIMO+BOM DE LULA NAS CAPITAIS E ESTADOS)
Porto Alegre 26% - RS 37%; Florianópolis 33% - SC 41%; Rio 36% - RJ 43; São Paulo 37% - SP 43; Belo Horizonte 42% - MG 53; Curitiba 47% - PR 47; Salvador 43% - Bahia 54%; Distrito Federal 47%; Fortaleza 54% - Ceará 60; Recife 57% - PE 65%.
SAÚDE NO TOPO
Na mesma pesquisa, a SAÚDE aparece pela primeira vez como principal problema do Brasil. Desde mediados dos anos 90 a (in)segurança reinava absoluta no topo. Agora divide sua posição (21%) com a saúde (21%) e o desemprego (18%). A saúde também aparece como a área do governo petista que merece maior crítica. Então, vale perguntar: e para que serviu a CPMF recolhida durante todos esses anos? Zé Dirceu pode dar a resposta.
A VEZ DOS SENADORES
As duas derrotas de Lula (Chávez e o Corinthians) podem levar a terceira: a queda da CPMF. Os senadores devem estar estimulados, menos o Inácio Arruda, óbvio, depois da queda do SIM de Chávez, da descida corinthiana (milhares de torcedores já estão pedindo que Lula pare de azarar o time) e da subida Saúde ao primeiro lugar como prioridade social. Os argumentos estão montados. Se mais ninguém, afora a tropa de choque de Lula, se vender ao Planalto a CPMF está derrotada.
EXEMPLO DO EQUADOR
Já que o assunto remete ao Congresso Nacional, vamos continuar por lá. É preciso que os congressistas vejam com cuidado a proposta de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. A atual safra congressista não gera confiança de que uma iniciativa dessa natureza acabe bem. Vejam o exemplo que vem do Equador, conforme matéria no jornal El País: “La Constituyente de Ecuador asume el poder y disuelve el Congreso”. É assim mesmo, os partidários do presidente Rafael Correa assumiram o pleno controle das instituições do País até que a nova redação da Carta Magna equatoriana seja aprovada. A onda dos golpes brancos está crescendo na América Latina e já chegou a Rússia. Como Chávez queria, via reforma constitucional, Putin conseguiu através das urnas, embora com resultado duvidoso, e já planeja se perpetuar no poder passando para primeiro ministro, cargo hoje decorativo. Dá para dormir sem pesadelos?
LULA E O EFEITO CHÁVEZ
A maioria dos brasileiros respirou aliviada. Chávez e sua pretensão plena de ditadura disfarçada de socialismo foram derrotados. Ainda que novas investidas venham a ocorrer, o efeito da derrota do SIM na Venezuela já agrada bastante por sepultar a inconfessada vontade de Lula por um terceiro mandato. Já foi dito e sabemos que escondida no armário de todo “esquerdista” no poder está uma jaqueta de ditador. Desta vez concordo com o jornalista Clóvis Rossi (viu Fábio campos, espelhe-se) quando disse, em seu artigo na FSP, que “popularidade é como desodorante: tem prazo de validade. Esgotado o prazo, cheira mal”.
ELEITOR SABE O QUE QUER
Sem qualquer dúvida, Lula votaria pelo SIM a Chávez e torceu para que isso acontecesse tanto quanto torceu para que o Corinthians não caísse para segunda divisão. No mesmo dia do voto na Venezuela, a FSP publicava pesquisa (Datafolha) aconselhando que Lula se mantivesse dentro do prazo de validade, ou seja, 65% das pessoas ouvidas desaprovam a pretensão de Lula (e principalmente de sua turma, incluindo o Inácio Calheiros Arruda) de disputar um terceiro mandato. Só 31% aprovaram a idéia, número que representa exatamente o que tinham Lula e seu PT, patamar de onde nunca deviam ter saído. Lula e seu PT, que nasceram ganhando a simpatia da classe média e setores da intelectualidade, caíram para dominar (via bolsa-família) as regiões com mais numerosos bolsões de pobreza. É o que diz o Datafolha:
AVALIAÇÃO ÓTIMO+BOM DE LULA NAS CAPITAIS E ESTADOS)
Porto Alegre 26% - RS 37%; Florianópolis 33% - SC 41%; Rio 36% - RJ 43; São Paulo 37% - SP 43; Belo Horizonte 42% - MG 53; Curitiba 47% - PR 47; Salvador 43% - Bahia 54%; Distrito Federal 47%; Fortaleza 54% - Ceará 60; Recife 57% - PE 65%.
SAÚDE NO TOPO
Na mesma pesquisa, a SAÚDE aparece pela primeira vez como principal problema do Brasil. Desde mediados dos anos 90 a (in)segurança reinava absoluta no topo. Agora divide sua posição (21%) com a saúde (21%) e o desemprego (18%). A saúde também aparece como a área do governo petista que merece maior crítica. Então, vale perguntar: e para que serviu a CPMF recolhida durante todos esses anos? Zé Dirceu pode dar a resposta.
A VEZ DOS SENADORES
As duas derrotas de Lula (Chávez e o Corinthians) podem levar a terceira: a queda da CPMF. Os senadores devem estar estimulados, menos o Inácio Arruda, óbvio, depois da queda do SIM de Chávez, da descida corinthiana (milhares de torcedores já estão pedindo que Lula pare de azarar o time) e da subida Saúde ao primeiro lugar como prioridade social. Os argumentos estão montados. Se mais ninguém, afora a tropa de choque de Lula, se vender ao Planalto a CPMF está derrotada.
EXEMPLO DO EQUADOR
Já que o assunto remete ao Congresso Nacional, vamos continuar por lá. É preciso que os congressistas vejam com cuidado a proposta de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. A atual safra congressista não gera confiança de que uma iniciativa dessa natureza acabe bem. Vejam o exemplo que vem do Equador, conforme matéria no jornal El País: “La Constituyente de Ecuador asume el poder y disuelve el Congreso”. É assim mesmo, os partidários do presidente Rafael Correa assumiram o pleno controle das instituições do País até que a nova redação da Carta Magna equatoriana seja aprovada. A onda dos golpes brancos está crescendo na América Latina e já chegou a Rússia. Como Chávez queria, via reforma constitucional, Putin conseguiu através das urnas, embora com resultado duvidoso, e já planeja se perpetuar no poder passando para primeiro ministro, cargo hoje decorativo. Dá para dormir sem pesadelos?
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Chama o Ronda
A noite de ontem, quarta-feira, foi marcada pelo terror na Avenida Engenheiro Santana Júnior, entre Antônio Sales e a Rua Israel Bezerra, no Cocó. Marginais executaram um verdadeiro “arrastão”. Os motoristas presos no engarrafamento produzido por dois acidentes, envolvendo dois carros e um caminhão cegonha nas proximidades, o que impedia o trânsito já complicado naquela área. Mais de 20 bandidos saíram limpando os motoristas, que nada podiam fazer. O Pânico foi geral e só acabou quando algumas pessoas começaram a reagir, sob as vistas de dois policiais que estavam na cabine próxima. O que eles fizeram? Chamaram reforço, que chegou quando tudo já estava terminado.
O REINO DO JABÁ
Interessante a preocupação de alguns colunistas, como o Fábio Campos, do jornal O POVO, em defender o Ronda. Sei que o “doping” em alguns setores da imprensa está correndo fácil, mas não precisa dar tanta bandeira, jornalista. Pelo menos, disfarce, pois seu discurso está igual ao da prefeita de Fortaleza. No jantar do PC do B, a prefeita compareceu e não se controlou ao discursar aos presentes. Citou seu principal adversário, o ex-deputado Moroni Torgan, dizendo que ele precisava se convencer que segurança é dever do Estado, claro que se referindo ao Ronda. Hoje, o jornalista diz em sua parcial coluna que Moroni está perdendo o discurso com a implantação do programa.
E HAJA DINHEIRO
Todo cristão, jornalista, está torcendo para que o Ronda dê certo. Claro, que não vai dar para fazer tudo. Muitos atos de violência (como o da Engenheiro Santana Júnior) vão continuar acontecendo. Mas qualquer redução será uma benção. A prefeita querer desqualificar qualquer discurso sobre a violência, dá para entender, mas você é jornalista e deve analisar com isenção. Você deveria observar também o famoso jantar adesão (R$ 100,00 por cabeça) do PC do B. Será que Inácio Arruda, da tropa de choque de Renan Calheiros e de Lula/Zé Dirceu (doido para aprovar a CPMF) está com problemas de dinheiro? O que era uma prática no tempo das vacas magras agora vira fumaça, pois até sessão especial do circo Soleil o Inácio está patrocinando em parceria com a TAM.
E HAJA ENTREVISTAS
O presidente Lula passou a semana nas telas da TV. Só a rede Globo não quis passar recibo e se recusou a gravar a entrevista depois de SBT e Record. Tema principal das entrevistas: o PAC. O programa, segundo o presidente vai investir R$ 40 bi nos próximos anos, principalmente nas 13 cidades onde é mais grave a violência, seja nas ruas, seja na escola ou nos hospitais. Nada ainda começou. Está só em anúncio. Hoje, o presidente vai às favelas Pavão/Pavãozinho, no Rio de Janeiro (desde ontem fechadas por medida de segurança), lançar as primeiras obras.
O REINO DO JABÁ
Interessante a preocupação de alguns colunistas, como o Fábio Campos, do jornal O POVO, em defender o Ronda. Sei que o “doping” em alguns setores da imprensa está correndo fácil, mas não precisa dar tanta bandeira, jornalista. Pelo menos, disfarce, pois seu discurso está igual ao da prefeita de Fortaleza. No jantar do PC do B, a prefeita compareceu e não se controlou ao discursar aos presentes. Citou seu principal adversário, o ex-deputado Moroni Torgan, dizendo que ele precisava se convencer que segurança é dever do Estado, claro que se referindo ao Ronda. Hoje, o jornalista diz em sua parcial coluna que Moroni está perdendo o discurso com a implantação do programa.
E HAJA DINHEIRO
Todo cristão, jornalista, está torcendo para que o Ronda dê certo. Claro, que não vai dar para fazer tudo. Muitos atos de violência (como o da Engenheiro Santana Júnior) vão continuar acontecendo. Mas qualquer redução será uma benção. A prefeita querer desqualificar qualquer discurso sobre a violência, dá para entender, mas você é jornalista e deve analisar com isenção. Você deveria observar também o famoso jantar adesão (R$ 100,00 por cabeça) do PC do B. Será que Inácio Arruda, da tropa de choque de Renan Calheiros e de Lula/Zé Dirceu (doido para aprovar a CPMF) está com problemas de dinheiro? O que era uma prática no tempo das vacas magras agora vira fumaça, pois até sessão especial do circo Soleil o Inácio está patrocinando em parceria com a TAM.
E HAJA ENTREVISTAS
O presidente Lula passou a semana nas telas da TV. Só a rede Globo não quis passar recibo e se recusou a gravar a entrevista depois de SBT e Record. Tema principal das entrevistas: o PAC. O programa, segundo o presidente vai investir R$ 40 bi nos próximos anos, principalmente nas 13 cidades onde é mais grave a violência, seja nas ruas, seja na escola ou nos hospitais. Nada ainda começou. Está só em anúncio. Hoje, o presidente vai às favelas Pavão/Pavãozinho, no Rio de Janeiro (desde ontem fechadas por medida de segurança), lançar as primeiras obras.
A Marca do Triunfalismo
As entrevistas foram marcadas pelo triunfalismo, como se o Brasil estivesse nadando desenvoltamente as águas do desenvolvimento e não com o morro (ou as favelas) descendo. A respeito do tema, o jornal O ESTADO DE S. PAULO publica primoroso editorial, que reproduzo a seguir:
Se o presidente Lula não fosse o supra-sumo do triunfalismo e conservasse um mínimo de senso de proporção ao falar do seu governo, não chamaria a atenção a moderação que demonstrou diante do relatório da ONU, lançado anteontem em Brasília, com os mais recentes Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de 177 países, referentes a 2005. A discrição é significativa por evidenciar que nem mesmo o pendor presidencial para a fanfarronada fez o Planalto ir além das tamancas na comemoração da mudança da posição do Brasil no ranking do IDH. O País deixou de ser o 69º nessa classificação - o que o situava entre as nações de desenvolvimento humano apenas médio - para se tornar, no 70º posto do rol, a última das sociedades consideradas de alto IDH.
Não há de fato motivo para prosopopéias. Primeiro, porque no relatório de 1998, elaborado com números de 1995, já estávamos nesse bloco de países cujo índice precisa ser de pelo menos 0,800, numa escala de 0 a 1. Ocorre que, em 1999, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), responsável pelo levantamento, mudou a forma de calcular o PIB por habitante dos países estudados, um dos componentes do índice, ao lado da expectativa de vida ao nascer, das taxas de matrícula nos vários níveis de ensino e do porcentual de adultos alfabetizados. Com a alteração, o Brasil e outros países acabaram rebaixados para o bloco dos médios. A segunda razão a desaconselhar fanfarronadas são as limitações inerentes a modelos estatísticos do gênero.
O IDH discrimina com evidente fidedignidade os extremos - por exemplo, mede com precisão a distância abissal entre os 20 ou 30 países do topo e os outros tantos do rés-do-chão mundial. Mas as comparações se embolam tanto mais quanto mais perto se está do meio do campo. Assim, enquanto confere com os dados empíricos conhecidos o ordenamento que coloca Argentina, Uruguai, Costa Rica, Cuba e México à frente do Brasil em matéria de desenvolvimento humano, nos termos em que o Pnud o define, causa compreensível estranheza encontrar o Brasil abaixo de países como Romênia, Albânia e Macedônia - que despejam sem cessar legiões de emigrantes na Europa Ocidental -, para não falar de Líbia, Tonga, Maurício e assemelhados.
Pouca diferença faz, portanto, se nessa contabilidade o Brasil está melhor ou pior que Dominica, Santa Lúcia, Casaquistão... Mas o que melhor expõe a modéstia do ’avanço’ de agora é o fato de ele ter-se verificado quase que totalmente entre 1995 e 2000, quando o índice aumentou 4,78%, passando de 0,753 a 0,789, ou seja, 36 milésimos de 1 ponto. O aumento entre 2000 e 2005 foi de 1,39%, o que nos levou de 0,789 a 0,800 - aumento de 11 milésimos de 1 ponto. E isso se deve basicamente ao impacto do Bolsa-Família para a elevação do PIB per capita brasileiro. É uma constatação agridoce. De um lado, por demonstrar que o programa funciona. Isso porque ’foi implementado através de um sistema político descentralizado’, avalia a ONU, ’mas com forte apoio federal em termos de definição de regras’. Não é pouco. O drama é o outro lado.
Não está em curso nenhuma transformação qualitativa no desenvolvimento humano nacional - o que se revelaria caso o avanço no IDH se explicasse não por políticas assistenciais, mas por políticas de modernização da infra-estrutura que o Estado nacional não tem recursos para realizar, apesar do crescimento da economia. Teria se não jogasse dinheiro fora. Por isso, a universalização da educação básica e o crescimento da matrícula nos níveis médio e superior convivem com padrões indigentes de ensino. Nesse passo, o Brasil continuará por muito tempo a ser o país do futuro. Não menos importante é quão pouco ainda se aplica ao País a noção de alto desenvolvimento humano, na acepção de qualidade de vida, que lhe é indissociável.
Trata-se do subdesenvolvimento brasileiro em relação ao que o filósofo político Avishai Margalit, de Princeton, denominou ’sociedade decente’. É amarga a coincidência, nesse sentido, do noticiário sobre o IDH com os desdobramentos da tragédia da jovem L., largada às feras pela polícia paraense. O seu sobrenome, comentou o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, é Brasil. Por isso, sugeriu que se falasse em ’caso Brasil’.
Se o presidente Lula não fosse o supra-sumo do triunfalismo e conservasse um mínimo de senso de proporção ao falar do seu governo, não chamaria a atenção a moderação que demonstrou diante do relatório da ONU, lançado anteontem em Brasília, com os mais recentes Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de 177 países, referentes a 2005. A discrição é significativa por evidenciar que nem mesmo o pendor presidencial para a fanfarronada fez o Planalto ir além das tamancas na comemoração da mudança da posição do Brasil no ranking do IDH. O País deixou de ser o 69º nessa classificação - o que o situava entre as nações de desenvolvimento humano apenas médio - para se tornar, no 70º posto do rol, a última das sociedades consideradas de alto IDH.
Não há de fato motivo para prosopopéias. Primeiro, porque no relatório de 1998, elaborado com números de 1995, já estávamos nesse bloco de países cujo índice precisa ser de pelo menos 0,800, numa escala de 0 a 1. Ocorre que, em 1999, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), responsável pelo levantamento, mudou a forma de calcular o PIB por habitante dos países estudados, um dos componentes do índice, ao lado da expectativa de vida ao nascer, das taxas de matrícula nos vários níveis de ensino e do porcentual de adultos alfabetizados. Com a alteração, o Brasil e outros países acabaram rebaixados para o bloco dos médios. A segunda razão a desaconselhar fanfarronadas são as limitações inerentes a modelos estatísticos do gênero.
O IDH discrimina com evidente fidedignidade os extremos - por exemplo, mede com precisão a distância abissal entre os 20 ou 30 países do topo e os outros tantos do rés-do-chão mundial. Mas as comparações se embolam tanto mais quanto mais perto se está do meio do campo. Assim, enquanto confere com os dados empíricos conhecidos o ordenamento que coloca Argentina, Uruguai, Costa Rica, Cuba e México à frente do Brasil em matéria de desenvolvimento humano, nos termos em que o Pnud o define, causa compreensível estranheza encontrar o Brasil abaixo de países como Romênia, Albânia e Macedônia - que despejam sem cessar legiões de emigrantes na Europa Ocidental -, para não falar de Líbia, Tonga, Maurício e assemelhados.
Pouca diferença faz, portanto, se nessa contabilidade o Brasil está melhor ou pior que Dominica, Santa Lúcia, Casaquistão... Mas o que melhor expõe a modéstia do ’avanço’ de agora é o fato de ele ter-se verificado quase que totalmente entre 1995 e 2000, quando o índice aumentou 4,78%, passando de 0,753 a 0,789, ou seja, 36 milésimos de 1 ponto. O aumento entre 2000 e 2005 foi de 1,39%, o que nos levou de 0,789 a 0,800 - aumento de 11 milésimos de 1 ponto. E isso se deve basicamente ao impacto do Bolsa-Família para a elevação do PIB per capita brasileiro. É uma constatação agridoce. De um lado, por demonstrar que o programa funciona. Isso porque ’foi implementado através de um sistema político descentralizado’, avalia a ONU, ’mas com forte apoio federal em termos de definição de regras’. Não é pouco. O drama é o outro lado.
Não está em curso nenhuma transformação qualitativa no desenvolvimento humano nacional - o que se revelaria caso o avanço no IDH se explicasse não por políticas assistenciais, mas por políticas de modernização da infra-estrutura que o Estado nacional não tem recursos para realizar, apesar do crescimento da economia. Teria se não jogasse dinheiro fora. Por isso, a universalização da educação básica e o crescimento da matrícula nos níveis médio e superior convivem com padrões indigentes de ensino. Nesse passo, o Brasil continuará por muito tempo a ser o país do futuro. Não menos importante é quão pouco ainda se aplica ao País a noção de alto desenvolvimento humano, na acepção de qualidade de vida, que lhe é indissociável.
Trata-se do subdesenvolvimento brasileiro em relação ao que o filósofo político Avishai Margalit, de Princeton, denominou ’sociedade decente’. É amarga a coincidência, nesse sentido, do noticiário sobre o IDH com os desdobramentos da tragédia da jovem L., largada às feras pela polícia paraense. O seu sobrenome, comentou o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, é Brasil. Por isso, sugeriu que se falasse em ’caso Brasil’.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
A Ditadura da Venezuela
A Venezuela fará o plebiscito dia 2 de dezembro próximo. É o povo “livre” que vai decidir se o País escancara a ditadura ou permanece no disfarce. Para que você conheça um pouco mais, a reforma vai modificar 68 dos 350 artigos da Constituição. O tempo do mandato do presidente passa de 6 para 7 anos e o direito à reeleição é ilimitado. Entre outras alterações dominantes será criada a Milícia Popular Bolivariana que deverá ser incorporada ao conjunto das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). As mílicias serão formadas por reservistas. Parece ou não com a SS de Hitler?
MÉDICOS ATESTAM ESQUIZOFRENIA DE CHÁVEZ
Pelo menos dois psiquiatras venezuelanos (que tiveram seus nomes ocultos por temos a represálias violentas) afirmam que o caso do presidente Chávez, ídolo de Lula, é muito delicado, pois é um caso de esquizofrenia projetada ou algo assim. Chávez estaria convencido de ter incorporado a alma de Bolivar, e conversa com este sempre que quer. E que, como Bolivar encarnado, tem que dar sequência a obra do "libertador". Cada vez que ocorre um conflito com ele e um dirigente de outro país, Chávez -ou melhor Bolivar- faz uma transferência para o passado e encarna Bolivar no conflito. Vê o Rei Juan Carlos como se fosse o rei Fernando VII e reproduz frases de Bolivar. Vê o presidente Uribe da Colômbia, como se fosse o presidente Santander, e procura vingar-se do que esse teria feito com ele -Bolivar, digo Chávez. Olha o Brasil como o Império e assim se refere a ele. Um caso grave e perigoso de psicopata que, segundo os médicos. Por isso, se eu fosse legislador neste país incluiria um exame psicotécnico para quem pretendesse disputar um cargo eletivo para o executivo. Em Fortaleza, a prefeita disse ser "marxista esotérica".Não é caso, também?
A FORÇA DA EXPERIÊNCIA
A eleição norte-americana está abrindo a sua caixa de surpresas. Pesquisa do Instituto Zogby International divulgada pela agencia de notícias AFP mostra que a senadora Hillary Clinton perderia para qualquer republicano se fosse escolhida por seu partido. Segundo o survey a ex-primeira-dama, que liderava as pesquisas de opinião desde o início da campanha, vem perdendo terreno. Hoje ela já seria derrotada pelo senador republicano John McCain (38% a 42%), pelo ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani (40% a 43%) e pelo ex-governador de Massachusetts Mitt Romney (40% a 43%). Até os candidatos republicanos de menor expressão, como o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee ou o ex-senador e ator Fred Thompson, venceriam a ex-primeira-dama, respectivamente por 44% a 39% e 44% a 40%. Em junho passado, Hillary Clinton tinha 5% de vantagem sobre Giuliani e estava longe na frente dos demais candidatos republicanos.
MÉDICOS ATESTAM ESQUIZOFRENIA DE CHÁVEZ
Pelo menos dois psiquiatras venezuelanos (que tiveram seus nomes ocultos por temos a represálias violentas) afirmam que o caso do presidente Chávez, ídolo de Lula, é muito delicado, pois é um caso de esquizofrenia projetada ou algo assim. Chávez estaria convencido de ter incorporado a alma de Bolivar, e conversa com este sempre que quer. E que, como Bolivar encarnado, tem que dar sequência a obra do "libertador". Cada vez que ocorre um conflito com ele e um dirigente de outro país, Chávez -ou melhor Bolivar- faz uma transferência para o passado e encarna Bolivar no conflito. Vê o Rei Juan Carlos como se fosse o rei Fernando VII e reproduz frases de Bolivar. Vê o presidente Uribe da Colômbia, como se fosse o presidente Santander, e procura vingar-se do que esse teria feito com ele -Bolivar, digo Chávez. Olha o Brasil como o Império e assim se refere a ele. Um caso grave e perigoso de psicopata que, segundo os médicos. Por isso, se eu fosse legislador neste país incluiria um exame psicotécnico para quem pretendesse disputar um cargo eletivo para o executivo. Em Fortaleza, a prefeita disse ser "marxista esotérica".Não é caso, também?
A FORÇA DA EXPERIÊNCIA
A eleição norte-americana está abrindo a sua caixa de surpresas. Pesquisa do Instituto Zogby International divulgada pela agencia de notícias AFP mostra que a senadora Hillary Clinton perderia para qualquer republicano se fosse escolhida por seu partido. Segundo o survey a ex-primeira-dama, que liderava as pesquisas de opinião desde o início da campanha, vem perdendo terreno. Hoje ela já seria derrotada pelo senador republicano John McCain (38% a 42%), pelo ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani (40% a 43%) e pelo ex-governador de Massachusetts Mitt Romney (40% a 43%). Até os candidatos republicanos de menor expressão, como o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee ou o ex-senador e ator Fred Thompson, venceriam a ex-primeira-dama, respectivamente por 44% a 39% e 44% a 40%. Em junho passado, Hillary Clinton tinha 5% de vantagem sobre Giuliani e estava longe na frente dos demais candidatos republicanos.
Curtinhas
- Sempre que se chega às vésperas de uma eleição aparecem aqueles que não têm qualquer chance, blefando para ver que vantagens levam. Melhor dizendo, colocam-se na prateleira para ver a melhor oferta. Vendem nem que seja o tempo de TV e rádio.
- Há muito tempo não se via tanta mentira na TV e no rádio. Só alguns exemplos:
- Governador expulsa capitão PM que matou irmãos em Iguatu. Sem entrar no mérito, qualquer rábula sabe que o capitão não pode ser expulso, antes de ser julgado. Sua expulsão seria uma pena acessória.
- Prefeita lança 21 obras em Fortaleza. Ela passou três anos para lançar as obras e nem para fazer as licitações vai dar tempo.
- Lula e Cid assinam protocolo de intenções para construir siderúrgica (movida a carvão) até 2010. Um dia depois do ato mentiroso, na maior cara de pau, Lula diz que apóia maior rigor para licença ambiental.
- Mais uma de Lula (melhor que FHC): aprovem a CPMF que vou desonerar impostos. Se é assim, por que ele não começa acabando com a CPMF.
- A Caixa Econômica Federal vai se recuperar de um trimestre ruim no próximo. Dá para entender a CEF com prejuízo quando o Brasil é o paraíso dos bancos. Todos com lucros fantásticos no mundo. A gangue está agindo na maior impunidade.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Curtinhas
- Há 14 anos, com Juraci Magalhães, Fortaleza estava acostumada a ver obras só de dois em dois anos. Agora, a prefeita reduziu o prazo. Está anunciando tudo no ano final de sua gestão, na tentativa de salvar sua recandidatura. Não dava pelo menos para fingir que estava trabalhando? Ou será que enganar o povo é uma questão de convicção?
- Já vi muita sandice neste mundo, mas autodenominar-se Paco é demais. Ridículo!
- Outra que não dá mais para suportar é esse negócio de é o novo! O autor deve ser do tempo do a que ele tanto se refere.
- Agora, o deputado José Sarto está ameaçando recorrer ao Conselho de Ética da Assembléia do Ceará contra o seu desafeto, deputado Carlomano Marques. Foi a única vez em que eles falaram sério em Plenário. O que eles fizeram? Cada um disse a verdade sobre o outro.
- Não precisa ser especialista. Siderúrgica com energia gerada a partir do carvão é poluição sobrando. De quanto em quanto tempo será necessário trocar os filtros. Desculpe minha ignorância, mas qual será o preço da energia? Estou MAPPeando.
- O Governo do honesto Lula gasta com os cartões de crédito dele e de dona Marisa, dos ministros e assessores mais qualificados, em média, R$ 29 milhões por mês. Sim, já que a moda pegou, quanto gasta o governo do Cid Gomes e a administração da Prefeita Luizianne com o dito cartão corporativo?
- O infausto Mangabeira Unger está desmontando o IPEA. Todos os bons pesquisadores que lá estavam estão sendo demitidos. Mas um grande serviço do governo do honesto Lula ao Brasil.
Merece Elogio
Claro que merece elogios o esforço do governador Cid Gomes para colocar o Ronda nas ruas de Fortaleza e de Maracanaú. Ele fez do programa uma questão de honra e o Ronda está aí, ainda que com diversas limitações, que compreendemos. Os policiais não têm o preparo adequado e o contingente e as viaturas não são suficientes para cobrir todos os bairros de Fortaleza e o restante dos municípios do Estado, incluindo Sobral, que talvez não precise porque lá existe uma Guarda Municipal eficiente, criada por ele. De qualquer modo, foi dado o primeiro passo da grande caminhada. O fato é que se falou tanto do Ronda e das Luxuosas viaturas que os carros viraram atração. Os bandidos podem até não temer, mas crianças adoraram. Todos nós rezamos – viu Fábio Campos – para que o resultado seja satisfatório.
Uma no Cravo, Outra na Ferradura!
Como é mesmo? Quer dizer que o governador Cid Gomes acha que o sistema de malha viária xadrez do centro inviabiliza a ida do Pavilhão de Feiras? Para ficar na área do Centro de Convenções (de quem são os terrenos por ali, hein Arialdo?) seria mais fácil para o trânsito, bastando construir uns viadutos, diz o governador. Está certo. Governador, o que fez Lisboa na Praça do Rocio? Não conheço um centro no mundo em que a malha não seja xadrez. É fato que conheço poucos, mas os que vi encontraram solução para manter vivo o coração da cidade. Aqui, querem manter a vida do centro apenas com promoções idiotas de uma pessoa (Pio Rodrigues) que pensa ser a dona do centro só porque compra um prédio atrás de outro para instalar suas lojas. Que jogo, hein?
QUEM MENTE. ROUBA!
Veja se você consegue entender, porque eu não entendo. O presidente Lula afirma que vai promover a desoneração (baixar o total de imposto que o brasileiro paga) de impostos de forma a compensar a prorrogação da CPMF de 0,38% até 2011. O encantador de pobres devia ser lógico, ou seja, se ele quer baixar imposto, então por que não começa logo com a CPMF? Desde que foi criado (março de 1993), o IPMF e depois a CPMF já arrecadou mais de R$ 300 bi e essa dinheirama toda não resolveu o problema da saúde, objetivo de sua criação. Só serviu aos mensaleiros de Lula/Zé Dirceu. Sim, e para onde tem ido o dinheiro dos constantes excedentes de caixa de que tanto o presidente se gaba? Sabe o que custa para cada brasileiro a famigerada CPMF? Sete dias, em média, de trabalho por ano.
QUEM MENTE. ROUBA!
Veja se você consegue entender, porque eu não entendo. O presidente Lula afirma que vai promover a desoneração (baixar o total de imposto que o brasileiro paga) de impostos de forma a compensar a prorrogação da CPMF de 0,38% até 2011. O encantador de pobres devia ser lógico, ou seja, se ele quer baixar imposto, então por que não começa logo com a CPMF? Desde que foi criado (março de 1993), o IPMF e depois a CPMF já arrecadou mais de R$ 300 bi e essa dinheirama toda não resolveu o problema da saúde, objetivo de sua criação. Só serviu aos mensaleiros de Lula/Zé Dirceu. Sim, e para onde tem ido o dinheiro dos constantes excedentes de caixa de que tanto o presidente se gaba? Sabe o que custa para cada brasileiro a famigerada CPMF? Sete dias, em média, de trabalho por ano.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Aos Amigos Tudos...
Se você tem interesse pelo que acontece no Brasil não pode deixar de ler a reportagem e o editorial feito pelo Estadão, publicadas a partir do último domingo. É primoroso o trabalho realizado por Fábio Gambiagi, antes de ser demitido do IPEA, sob o título “Dezessete anos de política fiscal no Brasil: 1991-2007”. Ele mostra que nesse período, especialmente a contar de 2003 (era do honesto Lula), o gasto primário do Governo vem crescendo mais do que a economia nacional. O esbanjamento cresce 5,9% ao ano, em média, enquanto o aumento médio do PIB não foi além de 2,9%. Na seqüência, uma matéria do jornalista Fernando Dantas mostra em que o PT e seu alinhado antecessor, Fernando Henrique, Transformou Brasília: a campeã da má distribuição de renda.
DINHEIRO, MORDOMIA E IMPUNIDADE.
A Capital federal é o retrato do que será o restante do Brasil em curto prazo, a persistir este perverso modelo neoliberal assistencialista, que começou com FHC e Lula aperfeiçoou. Preste atenção como se desenha o desastre que se avizinha com o Lula e o honesto PT e aliados. Brasília está dividida em duas realidades. De um lado, o chamado Arquipélago da Fantasia (como diz o editorial do Estadão), formado pelos Três Poderes, é a prosperidade da sua classe média alta, integrada principalmente pela nata do funcionalismo, cujos salários passam em média de R$ 10 mil, no Executivo, Congresso e no Judiciário, afora a mordomia exacerbada. Do outro, a pobreza das áreas metropolitanas liderando a iniqüidade social.
AOS POBRES A ESMOLA.
No governo da ditadura (dados de O Globo) o ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, tinha 28 servidores à disposição. Hoje, 21 “servidores” cuidam da residência oficial do presidente da Câmara, enquanto Lula tem 149 “assessores particulares”. Veja como conclui o editorial do Estadão, um dos jornais mais conservadores deste país: “E isso ainda é vida monacal perto do extenso rol de privilégios que os titulares dos Poderes federais se autoconcedem e aos seus próximos - um festival de requintadas extravagâncias inadmissíveis mesmo se o povo brasileiro fosse o mais próspero do mundo. Há como que uma competição entre o Executivo, o Judiciário e o Legislativo para emular o fausto dos potentados árabes do petróleo. Mas o presidente Lula está com a consciência tranqüila. Afinal, 11 milhões das famílias mais pobres do Brasil recebem o Bolsa-Família”. Agora, você sabe porque o governo faz tanta força para prorrogar o CPMF. E você continua achando que não se trata de uma corja.
DINHEIRO, MORDOMIA E IMPUNIDADE.
A Capital federal é o retrato do que será o restante do Brasil em curto prazo, a persistir este perverso modelo neoliberal assistencialista, que começou com FHC e Lula aperfeiçoou. Preste atenção como se desenha o desastre que se avizinha com o Lula e o honesto PT e aliados. Brasília está dividida em duas realidades. De um lado, o chamado Arquipélago da Fantasia (como diz o editorial do Estadão), formado pelos Três Poderes, é a prosperidade da sua classe média alta, integrada principalmente pela nata do funcionalismo, cujos salários passam em média de R$ 10 mil, no Executivo, Congresso e no Judiciário, afora a mordomia exacerbada. Do outro, a pobreza das áreas metropolitanas liderando a iniqüidade social.
AOS POBRES A ESMOLA.
No governo da ditadura (dados de O Globo) o ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, tinha 28 servidores à disposição. Hoje, 21 “servidores” cuidam da residência oficial do presidente da Câmara, enquanto Lula tem 149 “assessores particulares”. Veja como conclui o editorial do Estadão, um dos jornais mais conservadores deste país: “E isso ainda é vida monacal perto do extenso rol de privilégios que os titulares dos Poderes federais se autoconcedem e aos seus próximos - um festival de requintadas extravagâncias inadmissíveis mesmo se o povo brasileiro fosse o mais próspero do mundo. Há como que uma competição entre o Executivo, o Judiciário e o Legislativo para emular o fausto dos potentados árabes do petróleo. Mas o presidente Lula está com a consciência tranqüila. Afinal, 11 milhões das famílias mais pobres do Brasil recebem o Bolsa-Família”. Agora, você sabe porque o governo faz tanta força para prorrogar o CPMF. E você continua achando que não se trata de uma corja.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Deus é Brasileiro
O presidente Lula continua castigando o País com o seu festival de besteira. Depois de “confessar” que a mãe dele nasceu analfabeta (a do Saramago também), agora ele afirmou que “Deus é brasileiro”. É mesmo, senão como explicar tanta tolerância? Bem, a declaração foi feita no momento em que ele presidia a solenidade de assinatura do protocolo de intenções entre a Companhia Vale do Rio Doce (doada à iniciativa privada por Fernando Henrique Cardoso e validada por Lula) e a empresa coreana Donhkuk Steel Mill para construção até 2010 da siderúrgica de Pecém no Ceará.
A SANTÍSSIMA TRINDADE
Os cearenses já perderam a conta dos anos que esperam por essa tal siderúrgica. Vem desde os anos Jereissati. Já houve até assinatura de protocolo de intenções. Basta falar com Raimundo Viana, que foi secretário de Desenvolvimento Industrial por muito tempo, que ele atesta e diz até a data. Mas como este novo ato, a promessa é que a siderúrgica virá em 2010, ano em que presidente e governadores renovam mandatos (quem pode, se não mudarem a lei, como o Chávez quer fazer na Venezuela). Pois é, como “Deus é brasileiro” e já estamos acostumados a acreditar no dogma Pai, Filho e Espírito Santo não custa muito acreditar que a siderúrgica agora vem.
A SANTÍSSIMA TRINDADE
Os cearenses já perderam a conta dos anos que esperam por essa tal siderúrgica. Vem desde os anos Jereissati. Já houve até assinatura de protocolo de intenções. Basta falar com Raimundo Viana, que foi secretário de Desenvolvimento Industrial por muito tempo, que ele atesta e diz até a data. Mas como este novo ato, a promessa é que a siderúrgica virá em 2010, ano em que presidente e governadores renovam mandatos (quem pode, se não mudarem a lei, como o Chávez quer fazer na Venezuela). Pois é, como “Deus é brasileiro” e já estamos acostumados a acreditar no dogma Pai, Filho e Espírito Santo não custa muito acreditar que a siderúrgica agora vem.
Incentivo à Leitura
A Câmara Municipal de Fortaleza realiza hoje, dia 20, o I Seminário de Incentivo à Leitura. Legal, o exemplo para ser realmente deve começar em casa. Então, que tal os vereadores começarem por ler o livro “A volta do idiota”, que foi lançado pelos autores do “Manual do perfeito idiota latino-americano”, Álvaro Vargas Llosa, Plinio Apuleyo Mendoza e Carlos Alberto Montaner, pela Odisséia Editorial? Os autores criticam, como quase todo mundo, a volta do populismo de esquerda na América Latina, que tem em Lula, Hugo Chávez e Evo Morales os mais lídimos representantes. Depois, eles podem exercitar uma comparação com os políticos do Ceará.
OS LUSTOSAS E FORTE
A Funasa vive sob investigação nos últimos cinco anos. É por isso que sobra mosquito da dengue em quase todos os recantos do Brasil. No Ceará, o mosquito voa solto, como a criminalidade. Mas há também focos de doenças que já se pensava extirpada. Em Itaitinga, numa olaria (não lembro o nome) foram detectados três casos de lepra (hanseníase), que a Secretaria de Saúde (?) do Estado teima em desconhecer. Enquanto isso, Paulo Lustosa (primeiro) e Danilo Forte (atual) respondem a denúncias de superfaturamento. Soube até que em um ato público Paulo Lustosa soltou o verbo e nem ficou vermelho ao afirmar que tinha orgulho de ser político. O problema não é esse, mas sim saber se o povo tem orgulho de ter Lustosa (o Paulo) como um político. Por falar no clã Lustosa, por que será que o Lustosa (o da Costa) elogia tanto o presidente Lula em sua coluna?
OS LUSTOSAS E FORTE
A Funasa vive sob investigação nos últimos cinco anos. É por isso que sobra mosquito da dengue em quase todos os recantos do Brasil. No Ceará, o mosquito voa solto, como a criminalidade. Mas há também focos de doenças que já se pensava extirpada. Em Itaitinga, numa olaria (não lembro o nome) foram detectados três casos de lepra (hanseníase), que a Secretaria de Saúde (?) do Estado teima em desconhecer. Enquanto isso, Paulo Lustosa (primeiro) e Danilo Forte (atual) respondem a denúncias de superfaturamento. Soube até que em um ato público Paulo Lustosa soltou o verbo e nem ficou vermelho ao afirmar que tinha orgulho de ser político. O problema não é esse, mas sim saber se o povo tem orgulho de ter Lustosa (o Paulo) como um político. Por falar no clã Lustosa, por que será que o Lustosa (o da Costa) elogia tanto o presidente Lula em sua coluna?
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Taboca Rachada
Quem viu o programa nacional do PSB? Se você assistiu o programa do partido que agora conta com os irmãos Gomes (começou com a ARENA, depois o PMDB, veio o PSDB, o PPS e agora o PSB) viu o “voz de taboca rachada” – era assim que o ex-comunista e hoje secretário de Cultura, Chico Auto Filho, rotulava o cantor cearense Raimundo Fagner – ao lado do escritor Ariano Suassuna abrindo o programa que foi veiculado na noite da última quinta-feira, 15, em rede nacional de rádio e televisão. Nenhuma surpresa, as estrelas foram os atuais donos do partido. Primeiro, veio o governador Cid Gomes e depois o irmão Ciro Gomes, deputado federal e candidato a presidente da República.
OS SONHOS
Os dois falaram de sonhos. Cid Gomes falou do seu sonho de concluir o Eixão, que levará água a todo o Ceará. Em seguida, dos sonhos de todos os cearenses de ver mais recursos aplicados na saúde, na educação, na segurança e principalmente no Metrofor, que, se nascer, já nascerá velho e obsoleto, e terminou com o blá-blá-blá da siderúrgica. Ciro Gomes contou os seus sonhos com ar angelical – nem parecia aquele que desancou (fdp) os adversários na campanha passada num palanque em Horizonte e depois pediu desculpas - e falou do trabalho dele (qual?) para tornar os sonhos em realidade. A cada dia os programas políticos na TV parecem mais ficção.
A NOVIDADE
As eleições municipais do próximo ano se prenunciam animadas (toda eleição os entendidos em política dizem isso) e com um número recorde de candidatos. Até cientista político ocupa as páginas de jornal para falar sobre o pleito, cometendo comentários sobre cada um dos pretensos candidatos. Falam sobre a mesmice dos nomes e chegam mesmo a afirmar que Marcos Cals é a grande novidade da eleição vindoura. Está certo, papel cabe tudo. Mas é preciso lembrar que Marcos Cals já foi candidato a prefeito em uma eleição passada, num cenário que se desenhou muito parecido como o que agora se desenha. Quem estava na Prefeitura? Uma mulher. Maria Luíza Fontenelle. O Partido? O PT, como agora. Quantos candidatos? Nove. À época não havia o direito à recandidatura.
Veja como foi:
ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 15 de novembro de 1988
MUNICÍPIO DE FORTALEZA/CE
/ CANDIDATO A PREFEITO(VICE) / PARTIDO / VOTOS /
01. / Ciro Gomes (Vice: Juraci Magalhães) / PMDB / 179.274 /
02. / Edson Silva (vice: Mariano de Freitas) / PDT – PC do B / 173.957 /
03. / Gidel Dantas (vice: Osmar Diógenes) / PFL – PDC / 95.162
04. / Torres de Melo (vice: Eliseu Becco) / PDS – PMN / 62.425 /
05. / Mário Mamede (vice: José Maria Pontes) / PT-PSB-PCB-PV / 33.768 /
06. / Pedro Gurjão (vice: Cláudio Marinho) / PL / 16.615 /
07. / Dalton Rosado (vice: Cristina Baldini) / PH / 13.442 /
08. / Marcos Cals (vice: Cyro Régis) / PSD / 6.171 /
09. / Aguiar Júnior (vice: Lalinha Pimentel) / PJ / 5.994 /
BRANCOS / 62.888 /
NULOS / 45.558/
OS SONHOS
Os dois falaram de sonhos. Cid Gomes falou do seu sonho de concluir o Eixão, que levará água a todo o Ceará. Em seguida, dos sonhos de todos os cearenses de ver mais recursos aplicados na saúde, na educação, na segurança e principalmente no Metrofor, que, se nascer, já nascerá velho e obsoleto, e terminou com o blá-blá-blá da siderúrgica. Ciro Gomes contou os seus sonhos com ar angelical – nem parecia aquele que desancou (fdp) os adversários na campanha passada num palanque em Horizonte e depois pediu desculpas - e falou do trabalho dele (qual?) para tornar os sonhos em realidade. A cada dia os programas políticos na TV parecem mais ficção.
A NOVIDADE
As eleições municipais do próximo ano se prenunciam animadas (toda eleição os entendidos em política dizem isso) e com um número recorde de candidatos. Até cientista político ocupa as páginas de jornal para falar sobre o pleito, cometendo comentários sobre cada um dos pretensos candidatos. Falam sobre a mesmice dos nomes e chegam mesmo a afirmar que Marcos Cals é a grande novidade da eleição vindoura. Está certo, papel cabe tudo. Mas é preciso lembrar que Marcos Cals já foi candidato a prefeito em uma eleição passada, num cenário que se desenhou muito parecido como o que agora se desenha. Quem estava na Prefeitura? Uma mulher. Maria Luíza Fontenelle. O Partido? O PT, como agora. Quantos candidatos? Nove. À época não havia o direito à recandidatura.
Veja como foi:
ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 15 de novembro de 1988
MUNICÍPIO DE FORTALEZA/CE
/ CANDIDATO A PREFEITO(VICE) / PARTIDO / VOTOS /
01. / Ciro Gomes (Vice: Juraci Magalhães) / PMDB / 179.274 /
02. / Edson Silva (vice: Mariano de Freitas) / PDT – PC do B / 173.957 /
03. / Gidel Dantas (vice: Osmar Diógenes) / PFL – PDC / 95.162
04. / Torres de Melo (vice: Eliseu Becco) / PDS – PMN / 62.425 /
05. / Mário Mamede (vice: José Maria Pontes) / PT-PSB-PCB-PV / 33.768 /
06. / Pedro Gurjão (vice: Cláudio Marinho) / PL / 16.615 /
07. / Dalton Rosado (vice: Cristina Baldini) / PH / 13.442 /
08. / Marcos Cals (vice: Cyro Régis) / PSD / 6.171 /
09. / Aguiar Júnior (vice: Lalinha Pimentel) / PJ / 5.994 /
BRANCOS / 62.888 /
NULOS / 45.558/
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Come e Dorme
Não foi no Ceará, claro. Foi na imprensa sudeste que Tasso Jereissati, com pouco mais de três anos de mandato, disse estar largando a política partidária. Vai se dedicar exclusivamente a uma fundação. Falou também que sai da presidência do PSDB e dos negócios, que são muitos, para que as filhas passem a administrá-los. Significa que vai sobrar uma vaga de senador nas próximas eleições.
SONHO IRREALIZADO
Jereissati, se deixar a política como anunciou, fará falta. Entendo que ele tinha um objetivo – chegar a presidente da República. Foi atropelado pelos fatos e pelo amigo Ciro Gomes. Ficar só repetindo mandatos não faz o estilo dele. Sai ainda como um líder ativo e forte e creio que, no seu íntimo (como Jânio Quadros), espera ser chamado como salvação. Não será.
PERDA DE QUALIDADE
Jereissati tem alguns defeitos coronelistas, mas perderemos qualidade. O que sobra é muito ruim, com exceções, é claro. Já pensou termos de ficar com Maluf, Eunício, Patrícia, Inácio, Luiz Pontes, Oman Carneiro, Sérgio Novaes, Luizianne, João Jaime...
IRASCIBILIDADE
A prefeita de Fortaleza (Luizianne Lins-PT) retornou da sua vilegiatura pela Europa irritada. Não contou até dez para soltar os cachorros sobre o seu vice-prefeito (Veneranda-PSB). Pediu que ele ficasse atento para saber das coisas. Parece que o temperamento irascível da Prefeita está expulsando algumas pessoas. Sérgio Novaes foi para a Companhia Docas, cargo de Ciro Gomes, deixando pronta para golpear a espada da traição. Venerando agora foi expurgado e entra de mala e cuia no time da conspiração.
MEDIOCRIDADE – A MARCA DO TEMPO
Nunca na história da América Latina (parece até o Lula falando) vivemos tanta mediocridade. As publicações são ruins, as músicas são péssimas. A moda é um volta ao passado. A televisão vive a era das Ana Maria, dos Luciano Huck, da TV Diário e dos Paulo Oliveira, dos Edson Silva. O presidente Lula faz a apologia do inculto. Até o programa do Jô, outrora medianamente inteligente, apesar de cópia americana, agora leva quatro mulheres que programam as TVs pornôs para fazer graça.
EM TERRA DE CEGO
Queria o quê? O jeito é enfrentar o imortal Sarney e ver o Pinheiro Landim comprando e pedindo a Sarney para autografar o novo livro dele. De quebra tinha a matéria do caderno de artes do Jornal Diário do Nordeste sendo distribuída, enquanto o seu autor (Carlos Augusto) andava de um lado para outro com ares de gênio. O ato solene foi o ponto alto. O poeta-anestesista (Zé Teles) soltou a verborragia, sendo seguido pelo ministro Ubiratan Aguiar. Sarney fechou, ou melhor, quase não fecha, tantas foram as sandices na obrigação de mostrar inteligência. O marechal (Castelo Branco) não merecia a menção.
A VOLTA DOS IDIOTAS
Assim, vale mesmo o livro “A volta do idiota”, que foi lançado pelos autores do “Manual do perfeito idiota latino-americano”, Álvaro Vargas Llosa, Plinio Apuleyo Mendoza e Carlos Alberto Montaner, pela Odisséia Editorial. Eles criticam, como quase todo mundo, a volta do populismo de esquerda na América Latina, que tem em Lula, Hugo Chávez e Evo Morales os mais lídimos representantes.
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
Ora, se no passado século este tipo de política fracassou, como vai agora dar certo, hein dona Luizianne, hein doutor Chico Auto? E há ainda uma raça pior querendo emergir. São aqueles de “profunda convicção partidária”, que mudam de partido a cada eleição como forma de garantir a candidatura. O deputado federal Ciro Gomes tem doutorado neste tipo de política. Seu último lance foi tirar a Patrícia (agora Sabóia) do PSB (foi eleita pelo PPS) para colocar no PDT como forma de garantir a candidatura dela a Prefeitura de Fortaleza.
O QUE DIZEM OS IDIOTAS
É fácil identificar um idiota, principalmente um idiota oportunista. Eles querem um partido só deles (mais o oportunista). Eles escolhem um diabo para combater (geralmente um diabo poderoso), falam de Marxismo (que sequer entendem), pregam o nacionalismo tardio e dizem que praticam a justiça social com a distribuição de dinheiro aos pobres (denominados de programas sociais, como o bolsa família). Para identificar melhor esses idiotas leiam o livro.
SONHO IRREALIZADO
Jereissati, se deixar a política como anunciou, fará falta. Entendo que ele tinha um objetivo – chegar a presidente da República. Foi atropelado pelos fatos e pelo amigo Ciro Gomes. Ficar só repetindo mandatos não faz o estilo dele. Sai ainda como um líder ativo e forte e creio que, no seu íntimo (como Jânio Quadros), espera ser chamado como salvação. Não será.
PERDA DE QUALIDADE
Jereissati tem alguns defeitos coronelistas, mas perderemos qualidade. O que sobra é muito ruim, com exceções, é claro. Já pensou termos de ficar com Maluf, Eunício, Patrícia, Inácio, Luiz Pontes, Oman Carneiro, Sérgio Novaes, Luizianne, João Jaime...
IRASCIBILIDADE
A prefeita de Fortaleza (Luizianne Lins-PT) retornou da sua vilegiatura pela Europa irritada. Não contou até dez para soltar os cachorros sobre o seu vice-prefeito (Veneranda-PSB). Pediu que ele ficasse atento para saber das coisas. Parece que o temperamento irascível da Prefeita está expulsando algumas pessoas. Sérgio Novaes foi para a Companhia Docas, cargo de Ciro Gomes, deixando pronta para golpear a espada da traição. Venerando agora foi expurgado e entra de mala e cuia no time da conspiração.
MEDIOCRIDADE – A MARCA DO TEMPO
Nunca na história da América Latina (parece até o Lula falando) vivemos tanta mediocridade. As publicações são ruins, as músicas são péssimas. A moda é um volta ao passado. A televisão vive a era das Ana Maria, dos Luciano Huck, da TV Diário e dos Paulo Oliveira, dos Edson Silva. O presidente Lula faz a apologia do inculto. Até o programa do Jô, outrora medianamente inteligente, apesar de cópia americana, agora leva quatro mulheres que programam as TVs pornôs para fazer graça.
EM TERRA DE CEGO
Queria o quê? O jeito é enfrentar o imortal Sarney e ver o Pinheiro Landim comprando e pedindo a Sarney para autografar o novo livro dele. De quebra tinha a matéria do caderno de artes do Jornal Diário do Nordeste sendo distribuída, enquanto o seu autor (Carlos Augusto) andava de um lado para outro com ares de gênio. O ato solene foi o ponto alto. O poeta-anestesista (Zé Teles) soltou a verborragia, sendo seguido pelo ministro Ubiratan Aguiar. Sarney fechou, ou melhor, quase não fecha, tantas foram as sandices na obrigação de mostrar inteligência. O marechal (Castelo Branco) não merecia a menção.
A VOLTA DOS IDIOTAS
Assim, vale mesmo o livro “A volta do idiota”, que foi lançado pelos autores do “Manual do perfeito idiota latino-americano”, Álvaro Vargas Llosa, Plinio Apuleyo Mendoza e Carlos Alberto Montaner, pela Odisséia Editorial. Eles criticam, como quase todo mundo, a volta do populismo de esquerda na América Latina, que tem em Lula, Hugo Chávez e Evo Morales os mais lídimos representantes.
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
Ora, se no passado século este tipo de política fracassou, como vai agora dar certo, hein dona Luizianne, hein doutor Chico Auto? E há ainda uma raça pior querendo emergir. São aqueles de “profunda convicção partidária”, que mudam de partido a cada eleição como forma de garantir a candidatura. O deputado federal Ciro Gomes tem doutorado neste tipo de política. Seu último lance foi tirar a Patrícia (agora Sabóia) do PSB (foi eleita pelo PPS) para colocar no PDT como forma de garantir a candidatura dela a Prefeitura de Fortaleza.
O QUE DIZEM OS IDIOTAS
É fácil identificar um idiota, principalmente um idiota oportunista. Eles querem um partido só deles (mais o oportunista). Eles escolhem um diabo para combater (geralmente um diabo poderoso), falam de Marxismo (que sequer entendem), pregam o nacionalismo tardio e dizem que praticam a justiça social com a distribuição de dinheiro aos pobres (denominados de programas sociais, como o bolsa família). Para identificar melhor esses idiotas leiam o livro.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Fortaleza - Capital do PT
Levas de petistas em campanha para a sucessão do partido em nível nacional e local estão chegando em Fortaleza para cabalar votos das diversas tendências. O honesto PT está fazendo o que reaalmente sabe: reuniões. O momento é propício e estão com plena desenvoltura, sem ter o que temer, afinal a polícia está em greve por tempo indeterminado.
O HOMEM DA LACRAIA
Ir ao plenário da Assembléia Legislativa em qualquer Estado é sempre um exercício que desafia a cidadania. A AL do Ceará torna esse desafio muito maior, quando a gente vê a pose dos "grandes" deputados, como o homem da lacraia (tem uma lacraia tatuada acima do polegar da mão direita). Imagine se esse dito deputado da lacraia, chamado João Jaime, tivesse qualquer conteúdo intelectual, além da simples alfabetização. Com certeza nem pisaria no chão.
QUEM SENTIU FALTA?
A Polícia Civil está em greve desde quinta-feira da semana passada. Quem sentiu falta? O pior é que quando a Polícia Civil entra em greve a Militar fica em greve branca, porque não há cartório (polícia judiciária) para fazer o processo de quem é preso, pois a PM só prende, conduz e entrega a Civil para que seja estabelecido o inquérito. Significa que os bandidos estão livres e soltos e mais do que nunca impunes. Lembrei agora frase do bêbado que viu o incêndio na boate do centro antigo (não sei se a Hollywood, Fascinação ou Guarany) e não teve outra atitude que não gritar "queima raparigal".
É MUITA AUTORIDADE
Como neste Ceará desafortunado autoridade é o que não falta, o síndico do condomínio Aquaville, que mais parece um cortiço (lembram de Aluizio de Azevedo), resolver privatizar a praia, cercando-a para que os felizes condôminos possam levar suas cadeiras para tomar banho de sol. Aquele praia, dos lados do Beach Park, agora com um trecho cercado, também é um risco para quem a frequenta, pois há cerca, que cercea o direito de ir vir, os carros e as motos que transitam abusivamente. Deus salve este Ceará dos Gomes e Jereissati.
O HOMEM DA LACRAIA
Ir ao plenário da Assembléia Legislativa em qualquer Estado é sempre um exercício que desafia a cidadania. A AL do Ceará torna esse desafio muito maior, quando a gente vê a pose dos "grandes" deputados, como o homem da lacraia (tem uma lacraia tatuada acima do polegar da mão direita). Imagine se esse dito deputado da lacraia, chamado João Jaime, tivesse qualquer conteúdo intelectual, além da simples alfabetização. Com certeza nem pisaria no chão.
QUEM SENTIU FALTA?
A Polícia Civil está em greve desde quinta-feira da semana passada. Quem sentiu falta? O pior é que quando a Polícia Civil entra em greve a Militar fica em greve branca, porque não há cartório (polícia judiciária) para fazer o processo de quem é preso, pois a PM só prende, conduz e entrega a Civil para que seja estabelecido o inquérito. Significa que os bandidos estão livres e soltos e mais do que nunca impunes. Lembrei agora frase do bêbado que viu o incêndio na boate do centro antigo (não sei se a Hollywood, Fascinação ou Guarany) e não teve outra atitude que não gritar "queima raparigal".
É MUITA AUTORIDADE
Como neste Ceará desafortunado autoridade é o que não falta, o síndico do condomínio Aquaville, que mais parece um cortiço (lembram de Aluizio de Azevedo), resolver privatizar a praia, cercando-a para que os felizes condôminos possam levar suas cadeiras para tomar banho de sol. Aquele praia, dos lados do Beach Park, agora com um trecho cercado, também é um risco para quem a frequenta, pois há cerca, que cercea o direito de ir vir, os carros e as motos que transitam abusivamente. Deus salve este Ceará dos Gomes e Jereissati.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Em Fortaleza Tem Disso Sim!
Preste bem atenção como a Câmara Municipal de Fortaleza cumpre o seu papel. O dinâmico presidente Tim Gomes (que sempre foi um Ferreira Gomes rejeitado e ruim de voto) deu corpo ao famigerado Instituto de Pesquisas Américo Barreira (o homem deve estar estrebuchando em sua outra vida) para que esse órgão da Câmara cumpra a sua "missão precípua (parece até as coisas do Sérgio Machado, que é doido por uma missão precípua) de estreitar os laços de relacionamento entre a Câmara Municipal e as demais instituições da sociedade organizada local" (e as desorganizadas, como ficam?).
NOMES DE PESO (para os cofres)
Pois é assim que o presidente selecionou cuidadosamente, ouvindo todos os segmentos do poder municipal organizado (e desorganizado também) o nome do coordenador(a) geral do Instituto e equipe técnica. Sabem quem foi selecionado(a) para a coordenação geral? Não? Foi a mãe da Prefeita, a senhora Luiza Lins (que, como Sérgio Machado, deve ser fã incondicional de uma missão precípua). O coordenador de pesquisas do famigerado Instituto é o professor Francílio Dourado e a quipe técnica é composta por Leonardp Vasconcelos (sociólogo), Moacir Costa (historiador), Clivaneide Bezerra (socióloga), Valéria Fontenele (jornalista, ex-esposa de outro jornalista) e jacinta Pinheiro (pedagoga). Já sinto o peso do enorme cabide no erário.
NOMES DE PESO (para os cofres)
Pois é assim que o presidente selecionou cuidadosamente, ouvindo todos os segmentos do poder municipal organizado (e desorganizado também) o nome do coordenador(a) geral do Instituto e equipe técnica. Sabem quem foi selecionado(a) para a coordenação geral? Não? Foi a mãe da Prefeita, a senhora Luiza Lins (que, como Sérgio Machado, deve ser fã incondicional de uma missão precípua). O coordenador de pesquisas do famigerado Instituto é o professor Francílio Dourado e a quipe técnica é composta por Leonardp Vasconcelos (sociólogo), Moacir Costa (historiador), Clivaneide Bezerra (socióloga), Valéria Fontenele (jornalista, ex-esposa de outro jornalista) e jacinta Pinheiro (pedagoga). Já sinto o peso do enorme cabide no erário.
Mãe dos Bancos
Não pense que é só o Brasil que atua como uma mãe para o sistema bancário. O Bradesco está aí rindo à toa. E depois ainda dizem os honestos petistas que neoliberal é o Fernando Henrique. Agora se entende porque FHC trabalhou tanto por Lula. Ele sabia. Os dois são seguidores da mesma linha política, ou seja, aos ricos mais dinheiro, aos pobres a esmola do bolsa escola, hoje bolsa família. O pessoal que está meio tem o direito do cachimbo.
GUATEMALA
Pois é, mas o Brasil está bem na frente de muitos países. Por exemplo, na Guatemala, todo o sistema bancário de El Salvador foi vendido a grandes bancos dos EUA. É que os americanos, com seu largo espírito de justiça, estavam preocupados com o problema das lavanderias. A polícia americana, assim, espera poder atuar de forma mais eficaz na lavagem de dinheiro. Vejam os casos preocupantes: um ex-presidente da Guatemala (Rios Montt), acusado de associação ao tráfico de drogas, e um nicaraguense (Aleman), este condenado a 20 anos por lavagem de dinheiro, tornaram-se "líderes" evangélicos. Os traficantes na Guatemala criam templos evangélicos para encobrir o tráfico de drogas.
CLANDESTINO E ADOÇÕES
Não fica só nisso. Lá, ha organizações que transladam pessoas de forma clandestina e garantida para os EUA, ao preço de 8 mil dólares por cabeça. Essas organizações, que dão lucro fantásticos, semelhante ao Bradesco, ganham -em média- 2 milhões de dólares ao dia ou mais de 720 milhões de dólares ao ano. Depois, vem a subsidiária “rede de adoção de crianças” da Guatemala para translado aos EUA. Essa corporação paga um mil dólares para engravidar. Depois, pagam de 10 a 20 mil dólares por bebê para legalizar a doação. Hoje,a mega empresa já conta com 1000 advogados. É um "Mercado" de 200 milhões de dólares ao ano. Alguns hotéis têm corredores de quartos permanentemente alugados para esta operação.
O EXEMPLO CHAVES – A SEGUIR
Ganhou manchetes no mundo a tramóia que Hugo Chaves quer executar na Venezuela. Lá, como ocorre aqui, o presidente controla as massas desvalidades a partir de programas “sociais” como o bolsa família. Lembram o que o presidente Lula falou em uma das vaias (pode ter sido a vaia do Maracanã) que recebeu? Ele disse que a vaia vinha dos filhinhos de papai que estudavam no exterior às custas de bolsas do governo. Pois é, chaves disse a mesma coisa ao ver uma maniesfatação contrária ao pacote ditatorial que ele obriga o povo a aprovar em consulta popular.
MERCOSUL
E este mesmo Chavez força a entrada da Venezuela no MERCOSUL, tendo como principal padrinho o presidente Lula. O problema é que nos estatutos do MERCOSUL está prevista a participação no bloco apenas de países democráticos. É o Congresso Nacional quem deve votar o caso. Espera-se que o CN cumpra o Estatuto e que sua decisão sirva de exemplo também para os apaixonados, que já andam fazendo emendas para permitir outra eleição de Lula. Com certeza, nem o Brasil, nem o seu povo merecem isso.
Você já leu em algum lugar o pacote de medidas que compõe a tramoia ditatorial de Chavez na Venezuela? Não? Então confira os 14 (seriam apenas 13, conforme sugestão do Zé Dirceu, principal consultor do presidente bolivariano) pontos principais:
1) O mandato será de 7 anos com reeleição ilimitada;
2) O presidente promoverá os militares em graus e hierarquias por ato seu;
3) O presidente administrará as reservas monetárias e decidirá sobre a política monetária;
4) Designará e removerá os vice-presidentes e governadores estaduais;
5) Muda a divisão territorial do país;
6) O direito à informação pode ser suprimido nos estados de exceção;
7) Os estados de exceção não terão mais limite de tempo;
8) Cria um poder popular através dos conselhos de comunidades, operários, estudantes e camponeses;
9) Elimina a autonomia do Banco Central;
10) Dá as Forças Armadas o caráter de corpo bolivariano e antiimperialista;
11) As constituições estaduais passam a ser apenas estatutos;
12) O conselho do Estado passa a mão do presidente;
13) Perdem suas autonomias, as controladorias estaduais que ficam integradas ao sistema nacional de controle fiscal;
14) A criação ou extinção de territórios federais passa a ser feita por decreto presidencial.
GUATEMALA
Pois é, mas o Brasil está bem na frente de muitos países. Por exemplo, na Guatemala, todo o sistema bancário de El Salvador foi vendido a grandes bancos dos EUA. É que os americanos, com seu largo espírito de justiça, estavam preocupados com o problema das lavanderias. A polícia americana, assim, espera poder atuar de forma mais eficaz na lavagem de dinheiro. Vejam os casos preocupantes: um ex-presidente da Guatemala (Rios Montt), acusado de associação ao tráfico de drogas, e um nicaraguense (Aleman), este condenado a 20 anos por lavagem de dinheiro, tornaram-se "líderes" evangélicos. Os traficantes na Guatemala criam templos evangélicos para encobrir o tráfico de drogas.
CLANDESTINO E ADOÇÕES
Não fica só nisso. Lá, ha organizações que transladam pessoas de forma clandestina e garantida para os EUA, ao preço de 8 mil dólares por cabeça. Essas organizações, que dão lucro fantásticos, semelhante ao Bradesco, ganham -em média- 2 milhões de dólares ao dia ou mais de 720 milhões de dólares ao ano. Depois, vem a subsidiária “rede de adoção de crianças” da Guatemala para translado aos EUA. Essa corporação paga um mil dólares para engravidar. Depois, pagam de 10 a 20 mil dólares por bebê para legalizar a doação. Hoje,a mega empresa já conta com 1000 advogados. É um "Mercado" de 200 milhões de dólares ao ano. Alguns hotéis têm corredores de quartos permanentemente alugados para esta operação.
O EXEMPLO CHAVES – A SEGUIR
Ganhou manchetes no mundo a tramóia que Hugo Chaves quer executar na Venezuela. Lá, como ocorre aqui, o presidente controla as massas desvalidades a partir de programas “sociais” como o bolsa família. Lembram o que o presidente Lula falou em uma das vaias (pode ter sido a vaia do Maracanã) que recebeu? Ele disse que a vaia vinha dos filhinhos de papai que estudavam no exterior às custas de bolsas do governo. Pois é, chaves disse a mesma coisa ao ver uma maniesfatação contrária ao pacote ditatorial que ele obriga o povo a aprovar em consulta popular.
MERCOSUL
E este mesmo Chavez força a entrada da Venezuela no MERCOSUL, tendo como principal padrinho o presidente Lula. O problema é que nos estatutos do MERCOSUL está prevista a participação no bloco apenas de países democráticos. É o Congresso Nacional quem deve votar o caso. Espera-se que o CN cumpra o Estatuto e que sua decisão sirva de exemplo também para os apaixonados, que já andam fazendo emendas para permitir outra eleição de Lula. Com certeza, nem o Brasil, nem o seu povo merecem isso.
Você já leu em algum lugar o pacote de medidas que compõe a tramoia ditatorial de Chavez na Venezuela? Não? Então confira os 14 (seriam apenas 13, conforme sugestão do Zé Dirceu, principal consultor do presidente bolivariano) pontos principais:
1) O mandato será de 7 anos com reeleição ilimitada;
2) O presidente promoverá os militares em graus e hierarquias por ato seu;
3) O presidente administrará as reservas monetárias e decidirá sobre a política monetária;
4) Designará e removerá os vice-presidentes e governadores estaduais;
5) Muda a divisão territorial do país;
6) O direito à informação pode ser suprimido nos estados de exceção;
7) Os estados de exceção não terão mais limite de tempo;
8) Cria um poder popular através dos conselhos de comunidades, operários, estudantes e camponeses;
9) Elimina a autonomia do Banco Central;
10) Dá as Forças Armadas o caráter de corpo bolivariano e antiimperialista;
11) As constituições estaduais passam a ser apenas estatutos;
12) O conselho do Estado passa a mão do presidente;
13) Perdem suas autonomias, as controladorias estaduais que ficam integradas ao sistema nacional de controle fiscal;
14) A criação ou extinção de territórios federais passa a ser feita por decreto presidencial.
É Muito Trabalho
A Prefeita está gastando com propaganda o que não gastou na obra de reforma das praças (Passeio Público e Barra do Ceará). Está tentanto mostrar muito trabalho para ver se faz cair o muito que é sua rejeição junto ao frustrado eleitorado, que queria obras como o Hospital da Criança, 40 mil casas populares, Postos de Saúde funcionando em três turnos e mais uma proção de outras obras que compunham as suas promessas de campanha. Nada. Só o que aumentou muito foi a folha de pagamento, para contemplar os companheiros. O perigo de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal já ronda o Gabinete da Prefeita.
REUNIÃO DE BANCADA
O governador do Ceará e a Prefeita de Fortaleza fizeram reunião com a bancada federal (incluindo os senadores, no caso da prefeita, só o senador Inácio (TAM) Arruda) para solicitar empenho da bancada na condução dos projetos federais de interesse do Ceará. O que é fato é que a sociedade e muito menos o povo, não sabem que projetos são esses. Mas deve existir. Bem, mas no caso da Prefeitura, era bom saber também a quantas anda o projeto do BID que previa a reconstrução de alguns trechos da malha viária fortalezense. É um projeto já aprovado desde a administração de Juracy Magalhães. Companheiros, é hora de mostrar trabalho e de deixar a maquiagem de lado.
REUNIÃO DE BANCADA
O governador do Ceará e a Prefeita de Fortaleza fizeram reunião com a bancada federal (incluindo os senadores, no caso da prefeita, só o senador Inácio (TAM) Arruda) para solicitar empenho da bancada na condução dos projetos federais de interesse do Ceará. O que é fato é que a sociedade e muito menos o povo, não sabem que projetos são esses. Mas deve existir. Bem, mas no caso da Prefeitura, era bom saber também a quantas anda o projeto do BID que previa a reconstrução de alguns trechos da malha viária fortalezense. É um projeto já aprovado desde a administração de Juracy Magalhães. Companheiros, é hora de mostrar trabalho e de deixar a maquiagem de lado.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Quem Comprou e Quem se Vendeu?
Pense um pouco. Foi o deputado federal Ciro Gomes quem comprou o vereador Sérgio Novaes ou foi o Novaes quem se vendeu? O fato é que a sucessão de Fortaleza passou pelo lance da nomeação de Novaes para as Docas. Se você ainda tem dúvidas, espere para ver a quem Novaes vai apoiar na eleição. A loura ou a morena?
DESCULPE A NOSSA FALHA
Este blog mal começou e já teve uma parada de mais de 30 dias. Como este é um espaço de pouca gente (fazendo), uma viagem é suficiente para atrapalhar tudo. Tivemos que viajar ao Canadá, Estados Unidos e Espanha para concluir um trabalho de pesquisa e a nossa ausência não foi coberta. Não há problema, estamos retomando e agora não haverá mais interrupções. Vamos continuar escrevendo aqui por um largo período de tempo. Vamos retomar as nossas "novelas" e observar o mundo, principalmente o político e o da literatura. Se você quiser, leia, critique, dê sugestões. Se não, permaneça assistindo o programa da Ana Maria Braga ou a programação da TV Diário.
SEGURANÇA É POLÍCIA NAS RUAS
Já que falamos em viagem, vimos em Nova Iorque como funciona o sistema de policiamento. Daquela metrópole insegura e violenta dos anos 80 não há mais nem sinais. NY é segura até no Central Park. E qual foi o milagre? Simples, polícia preparada nas ruas. Em qualquer uma das avenidas da ilha, há dois policiais por quadra, transitando entre as centenas de pessoas. A cada 15 minutos passa uma viatura (automóvel e não Hilux) com dois policiais e sempre acionam a sirene. Você não anda cem metros sem esbarrar numa dupla.
A MESMA MALANDRAGEM
E você pode pensar que NY é diferente. Não. A malandragem é a mesma. Você entra numa loja elegante e compra, por exemplo, uma bolsa. Logo na calçada da esquina seguinte tem alguém como uma enorme caixa vendendo a mesma bolsa por um terço do preço que você pagou. Vi isso na quinta, na Brodway, na oitava, na 48, na 44, de frente ao Central Park e em muitos outros locais. Até parecia a 25 de março ou o Saara. Conversa em contrário é coisa de deslumbrada(o). E não falei dos relógios de 5 e 10 dólares. Viva o México e viva o Brasil, apesar de Lula!
DESCULPE A NOSSA FALHA
Este blog mal começou e já teve uma parada de mais de 30 dias. Como este é um espaço de pouca gente (fazendo), uma viagem é suficiente para atrapalhar tudo. Tivemos que viajar ao Canadá, Estados Unidos e Espanha para concluir um trabalho de pesquisa e a nossa ausência não foi coberta. Não há problema, estamos retomando e agora não haverá mais interrupções. Vamos continuar escrevendo aqui por um largo período de tempo. Vamos retomar as nossas "novelas" e observar o mundo, principalmente o político e o da literatura. Se você quiser, leia, critique, dê sugestões. Se não, permaneça assistindo o programa da Ana Maria Braga ou a programação da TV Diário.
SEGURANÇA É POLÍCIA NAS RUAS
Já que falamos em viagem, vimos em Nova Iorque como funciona o sistema de policiamento. Daquela metrópole insegura e violenta dos anos 80 não há mais nem sinais. NY é segura até no Central Park. E qual foi o milagre? Simples, polícia preparada nas ruas. Em qualquer uma das avenidas da ilha, há dois policiais por quadra, transitando entre as centenas de pessoas. A cada 15 minutos passa uma viatura (automóvel e não Hilux) com dois policiais e sempre acionam a sirene. Você não anda cem metros sem esbarrar numa dupla.
A MESMA MALANDRAGEM
E você pode pensar que NY é diferente. Não. A malandragem é a mesma. Você entra numa loja elegante e compra, por exemplo, uma bolsa. Logo na calçada da esquina seguinte tem alguém como uma enorme caixa vendendo a mesma bolsa por um terço do preço que você pagou. Vi isso na quinta, na Brodway, na oitava, na 48, na 44, de frente ao Central Park e em muitos outros locais. Até parecia a 25 de março ou o Saara. Conversa em contrário é coisa de deslumbrada(o). E não falei dos relógios de 5 e 10 dólares. Viva o México e viva o Brasil, apesar de Lula!
A Nova Safra de Governadores
E a nova safra de governadores, você está otimista quanto aos resultados? No Rio, Sérgio Cabral está tentando um combate eficiente ao crime organizado e mesmo ao desorganizado. Em São Paulo, o abusado Serra começa dar a sua cara ao Governo. Começou mal com acidente do metro (afundamento da rua, que causou a morte de sete pessoas). Depois, o acidente da TAM, que abalou o Brasil. Em Minas, não há novidades. Continua tudo como dantes, com Aécio Neves cumprindo o segundo mandato e já de olho na presidencia da República, tal qual Serra, o homem que não cumpre mandato. Como prefeito, prometeu ficar 4 anos, mas só ficou 2. Foi eleito governador e só pensa na presidencia. Quase um ano já se passou e pouco se viu de efetivo.
Na Bahia, César Wagner ainda não mostrou uma grande mudança, como tenta fazer José Roberto Arruda no Distrito Federal. A mesmice passa ainda por Pernambuco, Alagoas, Maranhão e chega ao Piauí, este em segundo mandato. O Ceará não foge a regra. Se o governo de Lúcio era morno, quase ao léo e ao deusdará, o de Cid Gomes navega ao excesso de inteligência e à truculencia administrativa. Ao pessoal da inteligência não sobra tempo. Eles têm que fazer uma frase inteligente por dia (e eles riem à larga da própria frase). O que resulta de concreto é muito pouco, mas pode ser visto nas ruas, dentro de Hilux.
Na Bahia, César Wagner ainda não mostrou uma grande mudança, como tenta fazer José Roberto Arruda no Distrito Federal. A mesmice passa ainda por Pernambuco, Alagoas, Maranhão e chega ao Piauí, este em segundo mandato. O Ceará não foge a regra. Se o governo de Lúcio era morno, quase ao léo e ao deusdará, o de Cid Gomes navega ao excesso de inteligência e à truculencia administrativa. Ao pessoal da inteligência não sobra tempo. Eles têm que fazer uma frase inteligente por dia (e eles riem à larga da própria frase). O que resulta de concreto é muito pouco, mas pode ser visto nas ruas, dentro de Hilux.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
O Desespero Não é só da Polícia
O episódio com o carro metralhado por policiais representa uma lição que deve ser decorada pelos que fazem o governo do Estado e a Policia, claro. O caso não significa só despreparo da PM, traz embutido no ato o despreparo também dos governantes, que não conhecem profundamente (melhor, cientificamente) o fazer segurança e policiar. Segurança (ensina Houaiss) é um substantivo feminino que significa:
1. ação ou efeito de tornar seguro; estabilidade, firmeza, seguração;
2. ação ou efeito de assegurar e garantir alguma coisa; garantia, fiança, caução;
3. estado, qualidade ou condição de uma pessoa ou coisa que está livre de perigos, de incertezas, assegurada de danos e riscos eventuais, afastada de todo mal;
4. estado, condição ou caráter daquilo que é firme, seguro, inabalável, ou daquele com quem se pode contar ou em quem se pode confiar inteiramente;
5. situação em que não há nada a temer; a tranqüilidade que dela resulta;
6. conjunto de processos, de dispositivos, de medidas de precaução que asseguram o sucesso de um empreendimento, do funcionamento preciso de um objeto, do cumprimento de algum plano etc.;
7. certeza, infalibilidade; convicção; evidência;
8. força ou firmeza nos movimentos; firmeza de ânimo, resolução, afoiteza, autoconfiança;
8. atitude de confiança nos próprios recursos, presença de espírito, autodomínio, geralmente aliada à certeza de pertencer a um grupo social valorizado ou de ser respeitado em seu grupo social;
9. estado em que a satisfação de necessidades e desejos se encontra garantida.
Claro que existem outros significados (Segurança nacional, do trabalho, por exemplo) e quando ao termo segurança se agrega a palvra pública (dever do Estado de criar condições para que o indivíduo possa viver em comunidade, livre de ameaças, em liberdade e bem-estar) a compreensão deve se alargar, o que nem sempre ocorre. Para se chegar a um estado de segurança é necessário policiar e aí o que acontece é pior ainda. Policiar é um verbo transitivo direto que significa vigiar ou fiscalizar, manter em ordem, por meio do trabalho da polícia ou de acordo com os regulamentos policiais. Por exemplo, policiar a cidade para assegurar a paz de seus moradores. Pode ser também vigiar com atenção, com aplicação; zelar ou tornar civilizado; civilizar e, ainda, não permitir que (algo) se produza ou se manifeste (fora de si ou em si mesmo); reprimir(-se), conter(-se).
O problema é que a questão da segurança foi tratada nos últimos meses sempre com muita jactância e pouca realização. Não se transforma uma realidade apenas com discurso ou com perfumaria. Vestir os policiais com farda de grife (houve até desfile de moda no Centro Dragão do Mal, digo do Mar para a escolha do estilista) e dotar o aparato policial de Hilux SW4 automática com equipamentos de última geração só criaram na cabeça dos policiais a falsa idéia de que eles estavam literalmente donos da situação. O excesso de confiança e a cobrança por resultados para apresentar à mídia deram a corda que faltava. O resultado foi a tragédia que se viu. E só agora o governador, deputados e o Fábio Campos entenderam que a polícia é desprerada. Adianta dar um jato moderno para um piloto de teco-teco. Não se arruma uma casa pintando a fachada para aparecer bem na fotografia.
Todos nós torcemos, como o Fábio Campos (colunista de política do O Povo) para que o programa Ronda de Quarteirão dê certo. Deixando lado a excessiva propaganda, é uma iniciativa louvável, mas deve começar com o aprimoramento do homem, com o pagamento de melhores salários e com o aumento do efetivo, pelo menos, em seis mil homens. O Ronda deve ser um programa de quatro anos e não um programa emergencial. O pior é que quando os governantes erram são os cidadãos que pagam a conta.
1. ação ou efeito de tornar seguro; estabilidade, firmeza, seguração;
2. ação ou efeito de assegurar e garantir alguma coisa; garantia, fiança, caução;
3. estado, qualidade ou condição de uma pessoa ou coisa que está livre de perigos, de incertezas, assegurada de danos e riscos eventuais, afastada de todo mal;
4. estado, condição ou caráter daquilo que é firme, seguro, inabalável, ou daquele com quem se pode contar ou em quem se pode confiar inteiramente;
5. situação em que não há nada a temer; a tranqüilidade que dela resulta;
6. conjunto de processos, de dispositivos, de medidas de precaução que asseguram o sucesso de um empreendimento, do funcionamento preciso de um objeto, do cumprimento de algum plano etc.;
7. certeza, infalibilidade; convicção; evidência;
8. força ou firmeza nos movimentos; firmeza de ânimo, resolução, afoiteza, autoconfiança;
8. atitude de confiança nos próprios recursos, presença de espírito, autodomínio, geralmente aliada à certeza de pertencer a um grupo social valorizado ou de ser respeitado em seu grupo social;
9. estado em que a satisfação de necessidades e desejos se encontra garantida.
Claro que existem outros significados (Segurança nacional, do trabalho, por exemplo) e quando ao termo segurança se agrega a palvra pública (dever do Estado de criar condições para que o indivíduo possa viver em comunidade, livre de ameaças, em liberdade e bem-estar) a compreensão deve se alargar, o que nem sempre ocorre. Para se chegar a um estado de segurança é necessário policiar e aí o que acontece é pior ainda. Policiar é um verbo transitivo direto que significa vigiar ou fiscalizar, manter em ordem, por meio do trabalho da polícia ou de acordo com os regulamentos policiais. Por exemplo, policiar a cidade para assegurar a paz de seus moradores. Pode ser também vigiar com atenção, com aplicação; zelar ou tornar civilizado; civilizar e, ainda, não permitir que (algo) se produza ou se manifeste (fora de si ou em si mesmo); reprimir(-se), conter(-se).
O problema é que a questão da segurança foi tratada nos últimos meses sempre com muita jactância e pouca realização. Não se transforma uma realidade apenas com discurso ou com perfumaria. Vestir os policiais com farda de grife (houve até desfile de moda no Centro Dragão do Mal, digo do Mar para a escolha do estilista) e dotar o aparato policial de Hilux SW4 automática com equipamentos de última geração só criaram na cabeça dos policiais a falsa idéia de que eles estavam literalmente donos da situação. O excesso de confiança e a cobrança por resultados para apresentar à mídia deram a corda que faltava. O resultado foi a tragédia que se viu. E só agora o governador, deputados e o Fábio Campos entenderam que a polícia é desprerada. Adianta dar um jato moderno para um piloto de teco-teco. Não se arruma uma casa pintando a fachada para aparecer bem na fotografia.
Todos nós torcemos, como o Fábio Campos (colunista de política do O Povo) para que o programa Ronda de Quarteirão dê certo. Deixando lado a excessiva propaganda, é uma iniciativa louvável, mas deve começar com o aprimoramento do homem, com o pagamento de melhores salários e com o aumento do efetivo, pelo menos, em seis mil homens. O Ronda deve ser um programa de quatro anos e não um programa emergencial. O pior é que quando os governantes erram são os cidadãos que pagam a conta.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Pesquisas Sobre Sucessão de Fortaleza
Duas pesquisas sobre intenção de voto para a Prefeitura de Fortaleza estão circulando clandestinamente entre os líderes partidários. O objetivo é apresentar o cacife de cada um que deseja ou que está recebendo corda para ser candidato. Uma foi realizada IPESP e teria sido contratada pelo senador Tasso Jereissati. A outra foi realizada pelo Instituto GPP, do Rio de Janeiro, e teria sido contratada pelo DEMOCRATAS.
Na pesquisa do IPESP, pelo pouco que conseguimos apurar, Moroni aparece com 34% das intenções de voto (na outra, do mesmo IPESP, ele obteve 36%, o que significa uma variação amostral e não queda), enquanto Luizianne ficou com 18% (na anterior, ela ficou com 22%, o que já ultrapassa o erro amostral de 3%, caracterizando um declínio). Patrícia Gomes, agora Sabóia, entra pela primeira vez no rol de candidatos e aparece na pesquisa com 13%.
Na pesquisa do GPP, que foi realizada com um leque maior de candidatos, Moroni aparece com 33.6, Luizianne com 18.1, Patrícia com 10.7, Heitor Férrer com 7.1, Edson Silva com 6.9, Chico Lopes com 5.1, João Alfredo com 2.8, Alexandre Pereira com 0.5 e Gastão Bittencourt também com 0.5. 8.8% são ninguém, brancos e nulos e 5.9% não sabem ou não responderam.
O GPP faz uma pergunta diferente ao eleitor de Fortaleza, que não é vista com freqüência nos questionários de outros institutos: “na sua opinião, Luizianne Lins merece ser reeleita para um novo mandato de mais 4 anos, ou ela já teve sua chance e agora é hora de dar vez a outro, como Prefeito?”. Resposta do eleitor, conforme o GPP:
Já teve sua chance............................. 67,2
Merece ser reeleita............................ 28,8
Não sabe/Não respondeu.................. 4,0
Na pesquisa do IPESP, pelo pouco que conseguimos apurar, Moroni aparece com 34% das intenções de voto (na outra, do mesmo IPESP, ele obteve 36%, o que significa uma variação amostral e não queda), enquanto Luizianne ficou com 18% (na anterior, ela ficou com 22%, o que já ultrapassa o erro amostral de 3%, caracterizando um declínio). Patrícia Gomes, agora Sabóia, entra pela primeira vez no rol de candidatos e aparece na pesquisa com 13%.
Na pesquisa do GPP, que foi realizada com um leque maior de candidatos, Moroni aparece com 33.6, Luizianne com 18.1, Patrícia com 10.7, Heitor Férrer com 7.1, Edson Silva com 6.9, Chico Lopes com 5.1, João Alfredo com 2.8, Alexandre Pereira com 0.5 e Gastão Bittencourt também com 0.5. 8.8% são ninguém, brancos e nulos e 5.9% não sabem ou não responderam.
O GPP faz uma pergunta diferente ao eleitor de Fortaleza, que não é vista com freqüência nos questionários de outros institutos: “na sua opinião, Luizianne Lins merece ser reeleita para um novo mandato de mais 4 anos, ou ela já teve sua chance e agora é hora de dar vez a outro, como Prefeito?”. Resposta do eleitor, conforme o GPP:
Já teve sua chance............................. 67,2
Merece ser reeleita............................ 28,8
Não sabe/Não respondeu.................. 4,0
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
A História Política de Uma Família - P.4.a
No capítulo que foi publicado na última segunda-feira neste blog mostramos a família Ferreira Gomes e agregados conquistando o poder político. No capítulo de hoje vamos mostrar as campanhas presidenciais de Ciro Ferreira Gomes e a volta ao Ceará. Veja, a seguir, o quarto capítulo.
A História Política de uma família - capítulo IV
A MORTE PELA BOCA
(primeiro ato)
As duas eleições do período pós-ditadura (1989 e 1994) ocorrem em clima de ambiente midiático[1]. Chega a terceira eleição (1998) e este terceiro experimento eleitoral acontece em ambiente semelhante, mas com algumas diferenças marcantes. Seria, como apontam alguns pesquisadores, o momento em que a transição parecia ter se completado. A primeira eleição pós-democratização foi marcada pela inovação e a estratégia de mídia, pelo entusiasmo, pela motivação depois de 25 anos sem votar em presidente. O pleito foi “diluído” em mais de vinte candidatos. Um dado importante é que todos se colocavam em oposição ao governo que se encerrava, de José Sarney (PMDB). Nada chega a ser surpreendente: o fracasso econômico do Plano Cruzado, com altas taxas de inflação e pífios índices de crescimento econômico, fazia com que 68% da população considerassem o governo Sarney como ruim ou péssimo (Pesquisa Datafolha de setembro de 89).
Só para marcar aquele momento importante do nosso processo de redemocratização, utilizamos a clivagem ideológica adotada por Singer[2] para agrupar os candidatos mais relevantes: esquerda: Lula, do PT; Leonel Brizola, do Partido Democrático Trabalhista; e Roberto Freire, do Partido Comunista Brasileiro. Centro: Mário Covas, do Partido da Social Democracia Brasileira (fundado a partir de uma cisão do PMDB em 1988); Ulysses Guimarães, do PMDB; e Guilherme Afif Domingos, do Partido Liberal. Direita: Paulo Maluf, do PDS; Aureliano Chaves, do Partido da Frente Liberal (fundado a partir de uma cisão do PDS em 1985); Ronaldo Caiado, da União Democrática Ruralista; e Fernando Collor de Mello, do Partido da Reconstrução Nacional. Os outros candidatos somados obtiveram menos de 3% dos votos válidos. O resultado final do primeiro turno consagrou Collor em primeiro lugar, com 30,4% dos votos válidos (mais de vinte milhões e meio de votos), e Lula em segundo, com 17,1% dos votos válidos (mais de onze milhões e meio de votos). Vale lembrar que Lula superou Brizola (o terceiro colocado) por apenas 0,6 ponto percentual (menos de quinhentos mil votos). Comparto a opinião de Singer de que a impopularidade de Sarney e de seu partido influenciaram negativamente os candidatos centristas, fazendo com que o desempenho eleitoral destes fosse sofrível (somados, os centristas tiveram apenas 20% dos votos). Assim, a eleição caminharia para o segundo turno polarizado entre esquerda (que conseguira 32,7% dos votos, com todos os candidatos somados) e direita (38% dos votos somados). Seria, portanto, o centro o fiel da balança do segundo turno, polarizado entre direita (Collor) e esquerda (Lula). Deu a direita.
A mesma direita que tanto atraiu o grupo dissidente do PMDB do Ceará, que acabou por ingressar no PSDB (centro). Àquela época, sei que nem todos lembram, Ciro, Tasso e Sérgio Machado (secretário de Governo de Tasso) eram os mais entusiastas para uma adesão ao PRN de Collor. Dezenas de reuniões foram feitas por Sérgio (no auditório da Secretaria de Planejamento, no Cambeba) com as ditas bases políticas para debater o apoio ao candidato alagoano. Uma delas (e a mais importante) foi realizada no hotel Esplanada (hoje fechado), reunindo lideranças de todo o Estado do Ceará e foi lá que Ciro e Tasso fizeram os discursos mais inflamados pró-Collor. Ciro extrapolou sua pomposa retórica para concluir fazendo uma convocação: “...agora é hora de collorir”. Choveram aplausos. A adesão só não deu certo por causa de um estranho (e até hoje não explicado) episódio ocorrido em Brasília, momentos antes da reunião em que o grupo do Ceará assinaria a ficha de ingresso no PRN (ou melhor, formalizaria a adesão à candidatura Collor de Mello). Alguns dizem que Collor não aceitou as exigências do grupo. Outros dizem que tudo ocorreu porque Collor, para evitar exigências pesadas, teria deixado vazar à imprensa o local, a hora e o nome das pessoas que iriam ingressar no partido. O encontro seria o momento da adesão e também o momento em que combinariam a versão à imprensa. Já havia, no bolso do paletó de Tasso, uma carta, com aprovo de todos, com os termos da adesão e a versão que dariam à imprensa. O vazamento irritou o grupo, que recuou e não concretizou a adesão oportunista. O silêncio caiu sobre o episódio e dias depois o grupo assinou ficha no PSDB e apoiou a candidatura de Mário Covas.
(Veja na sexta-feira a seqüência da história política da família Ferreira Gomes: Capítulo V – A MORTE PELA BOCA – segundo ato).
_______________________________________
[1] As eleições de 89 foram “laboratório” e marco inaugural do fenômeno do marketing político em eleições presidenciais no Brasil (o que não contestado por nenhum estudioso de comunicação ou de Ciência Política), seguindo o modelo norte-americano, ainda que com as diferenças da legislação eleitoral. Por isso, é importante destacar o papel que os meios de comunicação de massa – particularmente a televisão – passaram a ter em uma campanha eleitoral presidencial. Em um país de dimensões continentais, em muitas cidades e regiões, o horário eleitoral gratuito ainda é a única forma de contato entre o candidato e a população.
[2] André Singer, em seu trabalho “Ideologia e Economia na Decisão de 1994”, apresentado no XXII Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais – ANPOCS, Caxambu-MG, 27 a 31 de Outubro de 1998.
A História Política de uma família - capítulo IV
A MORTE PELA BOCA
(primeiro ato)
As duas eleições do período pós-ditadura (1989 e 1994) ocorrem em clima de ambiente midiático[1]. Chega a terceira eleição (1998) e este terceiro experimento eleitoral acontece em ambiente semelhante, mas com algumas diferenças marcantes. Seria, como apontam alguns pesquisadores, o momento em que a transição parecia ter se completado. A primeira eleição pós-democratização foi marcada pela inovação e a estratégia de mídia, pelo entusiasmo, pela motivação depois de 25 anos sem votar em presidente. O pleito foi “diluído” em mais de vinte candidatos. Um dado importante é que todos se colocavam em oposição ao governo que se encerrava, de José Sarney (PMDB). Nada chega a ser surpreendente: o fracasso econômico do Plano Cruzado, com altas taxas de inflação e pífios índices de crescimento econômico, fazia com que 68% da população considerassem o governo Sarney como ruim ou péssimo (Pesquisa Datafolha de setembro de 89).
Só para marcar aquele momento importante do nosso processo de redemocratização, utilizamos a clivagem ideológica adotada por Singer[2] para agrupar os candidatos mais relevantes: esquerda: Lula, do PT; Leonel Brizola, do Partido Democrático Trabalhista; e Roberto Freire, do Partido Comunista Brasileiro. Centro: Mário Covas, do Partido da Social Democracia Brasileira (fundado a partir de uma cisão do PMDB em 1988); Ulysses Guimarães, do PMDB; e Guilherme Afif Domingos, do Partido Liberal. Direita: Paulo Maluf, do PDS; Aureliano Chaves, do Partido da Frente Liberal (fundado a partir de uma cisão do PDS em 1985); Ronaldo Caiado, da União Democrática Ruralista; e Fernando Collor de Mello, do Partido da Reconstrução Nacional. Os outros candidatos somados obtiveram menos de 3% dos votos válidos. O resultado final do primeiro turno consagrou Collor em primeiro lugar, com 30,4% dos votos válidos (mais de vinte milhões e meio de votos), e Lula em segundo, com 17,1% dos votos válidos (mais de onze milhões e meio de votos). Vale lembrar que Lula superou Brizola (o terceiro colocado) por apenas 0,6 ponto percentual (menos de quinhentos mil votos). Comparto a opinião de Singer de que a impopularidade de Sarney e de seu partido influenciaram negativamente os candidatos centristas, fazendo com que o desempenho eleitoral destes fosse sofrível (somados, os centristas tiveram apenas 20% dos votos). Assim, a eleição caminharia para o segundo turno polarizado entre esquerda (que conseguira 32,7% dos votos, com todos os candidatos somados) e direita (38% dos votos somados). Seria, portanto, o centro o fiel da balança do segundo turno, polarizado entre direita (Collor) e esquerda (Lula). Deu a direita.
A mesma direita que tanto atraiu o grupo dissidente do PMDB do Ceará, que acabou por ingressar no PSDB (centro). Àquela época, sei que nem todos lembram, Ciro, Tasso e Sérgio Machado (secretário de Governo de Tasso) eram os mais entusiastas para uma adesão ao PRN de Collor. Dezenas de reuniões foram feitas por Sérgio (no auditório da Secretaria de Planejamento, no Cambeba) com as ditas bases políticas para debater o apoio ao candidato alagoano. Uma delas (e a mais importante) foi realizada no hotel Esplanada (hoje fechado), reunindo lideranças de todo o Estado do Ceará e foi lá que Ciro e Tasso fizeram os discursos mais inflamados pró-Collor. Ciro extrapolou sua pomposa retórica para concluir fazendo uma convocação: “...agora é hora de collorir”. Choveram aplausos. A adesão só não deu certo por causa de um estranho (e até hoje não explicado) episódio ocorrido em Brasília, momentos antes da reunião em que o grupo do Ceará assinaria a ficha de ingresso no PRN (ou melhor, formalizaria a adesão à candidatura Collor de Mello). Alguns dizem que Collor não aceitou as exigências do grupo. Outros dizem que tudo ocorreu porque Collor, para evitar exigências pesadas, teria deixado vazar à imprensa o local, a hora e o nome das pessoas que iriam ingressar no partido. O encontro seria o momento da adesão e também o momento em que combinariam a versão à imprensa. Já havia, no bolso do paletó de Tasso, uma carta, com aprovo de todos, com os termos da adesão e a versão que dariam à imprensa. O vazamento irritou o grupo, que recuou e não concretizou a adesão oportunista. O silêncio caiu sobre o episódio e dias depois o grupo assinou ficha no PSDB e apoiou a candidatura de Mário Covas.
(Veja na sexta-feira a seqüência da história política da família Ferreira Gomes: Capítulo V – A MORTE PELA BOCA – segundo ato).
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[1] As eleições de 89 foram “laboratório” e marco inaugural do fenômeno do marketing político em eleições presidenciais no Brasil (o que não contestado por nenhum estudioso de comunicação ou de Ciência Política), seguindo o modelo norte-americano, ainda que com as diferenças da legislação eleitoral. Por isso, é importante destacar o papel que os meios de comunicação de massa – particularmente a televisão – passaram a ter em uma campanha eleitoral presidencial. Em um país de dimensões continentais, em muitas cidades e regiões, o horário eleitoral gratuito ainda é a única forma de contato entre o candidato e a população.
[2] André Singer, em seu trabalho “Ideologia e Economia na Decisão de 1994”, apresentado no XXII Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais – ANPOCS, Caxambu-MG, 27 a 31 de Outubro de 1998.
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